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Com volta do calor, Bombeiros reforçam alerta de combate a incêndios florestais

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O Paraná registrou até o último domingo (22) o total de 11.927 incêndios florestais no ano de 2024. Isso significa que, em cerca de 20 dias, esse número aumentou 17%. Até o dia 1º de setembro, o Estado havia acumulado 10.187 casos desta natureza. O problema só não foi maior por causa das chuvas durante o mês, que ajudaram a reduzir a média de ocorrências diárias.

Diante desse quadro, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) realizou nesta terça-feira (24), com a participação de entidades civis, a quinta reunião periódica da Operação de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Operação Quati João 2024). Durante o encontro, foram apresentados os dados mais recentes das queimadas no estado, a previsão meteorológica para as próximas semanas na região e a importância do decreto 7.258/2024, que trata da situação de emergência em decorrência da estiagem, nesse contexto.

O objetivo é preparar as unidades da corporação para que a resposta permaneça célere em caso de novas ocorrências. Como foi no combate a um incêndio florestal em Palmeira nesta terça, em que a Defesa Civil acionou pela primeira vez uma das aeronaves contratadas pelo Estado para o combate a incêndios no apoio do trabalho do CBMPR.

Entre 1º de setembro e 13 de setembro, foram apontados uma média de 129 novos incêndios por dia no Paraná. Com o clima chuvoso a partir do dia 14, essa proporção caiu drasticamente, para cerca de 17 focos/dia. Se o ritmo inicial do mês fosse mantido, teriam sido registrados quase 2,2 mil casos a mais.

Mesmo assim, o Corpo de Bombeiros teve muito trabalho para debelar incêndios de grandes proporções, como os que ocorreram em Cianorte, Umuarama e Tuneiras do Oeste. Nestas três localidades a estimativa de área total queimada chegou a 2,8 milhões de metros quadrados – o equivalente a quase 700 campos de futebol (utilizando no cálculo o padrão mínimo exigido pela Fifa).

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“A gente tem percebido que, em decorrência dessas reuniões periódicas, a ação em conjunto com os outros órgãos, a resposta aos incêndios tem sido muito mais rápida”, explicou a capitã Luisiana Guimarães Cavalca, integrante da Câmara Técnica de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do CBMPR.

As estatísticas de janeiro a setembro mostram ainda que, mesmo faltando pelo menos três meses para o fim do ano, o estado vive situação semelhante à de 2019, 2020 e 2021, quando a presença da La Niña manteve o número de incêndios florestais acima dos 12 mil anuais durante três temporadas seguidas. A expectativa, assim, é de superar os 12.717 de 2019, a pior marca desse retrospecto recente.

CHUVAS NO HORIZONTE – Pelo menos em parte do território paranaense, as chuvas devem seguir auxiliando na prevenção e no combate aos incêndios florestais, segundo previsão apresentada pelo meteorologista Reinaldo Kneid, do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). Na última semana de setembro, por exemplo, estão previstas chuvas de curta duração e baixa intensidade apenas na metade Sul do estado.

Na sequência, as chuvas devem se acentuar em todas as regiões do Paraná, até 6 de outubro. Após uma breve pausa, elas voltam na segunda quinzena daquele mês, que deve marcar a chegada da La Niña – fenômeno climático que tende a deixar o clima mais seco no país. Sua intensidade, porém, deve ficar entre fraca e moderada, de acordo com as projeções. A La Niña deve seguir afetando a região até os primeiros meses de 2025.

DEFESA CIVIL – A participação da Defesa Civil na reunião virtual destacou o decreto 7.258, de 4 de setembro, do Governo do Estado do Paraná, que atesta situação de emergência nos municípios atingidos pela estiagem. O documento facilita e agiliza a atuação na prevenção e no combate a incêndios florestais.

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Entre as medidas adotadas pela Defesa Civil estão a capacitação de 500 brigadistas em 100 cidades do Paraná – todos indicados pelas prefeituras. O curso terá 16 horas/aula e será ministrado por bombeiros militares.

Também estão sendo adquiridos materiais para a atuação nessas áreas – kits de combate a incêndio florestal e os chamados kit pick-up, espécie de bombas de água para serem adaptadas em veículos, além de equipamentos de proteção individual – e celebrados acordos para a locação de aeronaves de combate a incêndios, uma de Ponta Grossa e outra do Mato Grosso do Sul. Essas aeronaves, quando acionadas, terão 24 horas para chegar ao local da ocorrência. O custo será contabilizado por hora de trabalho, a partir do momento em que ela passar a atuar, de fato, na operação em questão.

“A locação das aeronaves para auxiliar no combate a incêndios é uma grande evolução para o Corpo de Bombeiros, em especial nesse momento em que estamos enfrentando grandes incêndios florestais no Paraná”, disse a capitã Luisiana. O decreto 7.258 ficará em vigor por 180 dias.

PRESENÇAS – Também participaram do evento o tenente-coronel Ivan Fernandes, Coordenador Executivo da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil (CEDEC), e o capitão Anderson Gomes das Neves, chefe do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CEGERD), da CEDEC; Yury Vashchenko, da gerência de Áreas Protegidas do Instituto Água e Terra (IAT); Letícia Koproski, médica veterinária e integrante da gerência de Biodiversidade, do IAT; Alexandre Tetto, professor e engenheiro florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR); Wilson Onório Batista, da Federação Paranaense de Montanhismo (FEPAM); e Rafael Gava, da Brigada Caratuva Rede Nacional de Brigadas Voluntárias.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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