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Secretaria de Educação entrega livros afro-brasileiros para as 2.492 escolas estaduais

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Nesta sexta-feira (30), a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) deu mais um importante passo na valorização da cultura negra como temática crucial para a educação, com a entrega simbólica dos livros “Oralidades Afro-paranaenses: fragmentos da presença negra na história do Paraná” e “Sankofa: a história dos afro-curitibanos”. 

As obras foram entregues a quatro estudantes convidados da rede estadual, que na ocasião representaram os cerca de 1 milhão de alunos matriculados na rede em todo o Estado. Os livros passarão a integrar o acervo das escolas do Paraná a partir das próximas semanas. A ação aconteceu no Gabinete da Secretaria e contou com a presença do secretário de Educação, Roni Miranda, além de professores e estudantes dos colégios estaduais São Braz e Paula Gomes, de Curitiba. 

O evento marca o início da distribuição de 11.032 exemplares para as 2.492 escolas estaduais do Paraná – incluindo 2.091 escolas regulares e 401 de educação especial.

“A iniciativa visa destacar e reconhecer o papel significativo dos negros na formação da identidade cultural, econômica e no desenvolvimento do Estado. A escola é fundamental para esse processo, funcionando como um vetor essencial para a disseminação de boas políticas e promoção da tolerância. Acreditamos que a educação deve ser um instrumento para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva”, afirmou Miranda.

Para o aluno Arthur Oliveira de Andrade, de 13 anos, que representou o Colégio Estadual São Brás, a distribuição do material antirracismo nas escolas simboliza a formação de cidadãos mais conscientes e críticos em relação às injustiças sociais. “A iniciativa é importante porque muitas vezes não há representação e cuidado com as questões de racismo. Então acaba sendo uma oportunidade de dar voz aos colegas que enfrentam discriminação e bullying nas escolas, ressaltando a importância de não ignorar essas questões”, disse.

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DIRETRIZES PEDAGÓGICAS – Com as novas entregas, a prática pedagógica nas escolas será enriquecida com metodologias ativas de ensino, como debates e rodas de conversa, possibilitando uma participação mais dinâmica dos alunos. Além disso, as obras servirão como base para projetos de pesquisa interdisciplinares envolvendo história, literatura, artes e ciências sociais. Para apoiar os professores, a Secretaria da Educação planeja realizar formações específicas para capacitá-los a tratar essas temáticas de forma crítica e contextualizada.

O impacto dos livros também deve ser ampliado por eventos culturais promovidos nas escolas, como feiras literárias e exposições artísticas, que celebraram a cultura afro-brasileira e afro-paranaense. A valorização da diversidade e a criação de espaços de diálogo são essenciais para construir um ambiente escolar mais inclusivo e respeitoso, contribuindo para a autoestima de estudantes negros e para a luta contra o racismo.

“Esses livros complementam o trabalho da secretaria, que já investe há tempos em material didático e paradidático focado na população negra e nos povos indígenas. Eles destacam a contribuição da população negra no Paraná, oferecendo exemplos de paranaenses notáveis e ajudando a promover o combate ao racismo e a valorização da diversidade nas escolas”, afirmou Galindo Pedro Ramos, técnico pedagógico na Coordenação de Diversidade e Direitos Humanos da Seed.

Para fortalecer as práticas educacionais voltadas para a diversidade e a equidade racial, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná lançou o edital do Selo ERER (Enedina Alves Marques). O selo tem como objetivo reconhecer, mapear, divulgar e disseminar práticas pedagógicas e de gestão escolar realizadas entre junho de 2023 e agosto de 2024, que promovam o protagonismo estudantil e abordem a Educação para as Relações Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena nas instituições da rede pública estadual.

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Serão premiadas as escolas que obtiverem uma pontuação mínima de 60% nos eixos de Currículo e Projeto Político-Pedagógico, Recursos de mídias e materiais didático-pedagógicos, e Gestão e espaço físico. As inscrições estão abertas até 7 de outubro e podem ser realizadas através do link.

ORALIDADES AFROPARANAENSES – A Coleção Oralidades Afroparanaenses foi criada pelo Centro Cultural Humaitá com o objetivo de compartilhar saberes sobre a presença negra e a herança cultural afro no Paraná.

A obra “Oralidades Afro-paranaenses: fragmentos da presença negra na história do Paraná”, de autoria de Mel e Kandiero (do Centro Cultural Humaita), narra em linguagem poética e acessível diversos fragmentos da presença negra na história do Paraná, apresentando as comunidades negras e personalidades afro paranaenses marcantes de Curitiba, Paranaguá, Castro, Quatro Barras, Palmas, Turvo e Lapa sob o ponto de vista afrodescendente, a partir de seus valores e modos de viver.

“Sankofa: a história dos afro-curitibanos” é o primeiro livro da quadrinista Raphaela Corsi. A HQ retrata personagens reais da história, entre o passado e o presente: uma mulher negra livre no fim do século XIX, um soldado que não foi “voluntário” da pátria e participantes da lavação das escadarias da antiga Igreja do Rosário dos Pretos de São Benedito. 

Fonte: Governo PR

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Mais de um terço dos finalistas da 1ª Olimpíada Brasileira de Inteligência Artificial são do Paraná

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Resultado Dos 85 estudantes de todo o Brasil classificados para a etapa final da 1ª Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial (ONIA), 29 são do Paraná, o equivalente a 34% dos finalistas. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (17) pela comissão organizadora da ONIA e aponta a liderança folgada do Estado em relação às demais unidades da federação.

Depois do Paraná, quem aparece na vice-liderança em número de classificados é São Paulo, com 17 alunos, ou 20% do total. Ceará, com 13 estudantes (15%) e Piauí, com 11 (13%) completam a lista dos melhores estados na competição de IA. Entre os concorrentes, estão alunos regularmente dos 8º e 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio.

Com participação voluntária e gratuita, a ONIA visa promover o conhecimento e a inovação em inteligência artificial, incentivando estudantes de todo o Brasil a explorar e desenvolver suas habilidades nesta área. A competição aconteceu ao longo de várias etapas, com provas online e práticas para definir os 4 vencedores brasileiros ainda em abril, que seguirão para a competição internacional.

Nas etapas anteriores, o Paraná já tinha se destacado também pelo alto número de alunos selecionados. Dos 60.317 participantes de todo o país que passaram da 1ª fase, focada no letramento digital, mais de metade era do Estado, totalizando 30.911. Na fase seguinte, de aprofundamento técnico, 1.378 estudantes dos 3.332 estudantes eram paranaenses.

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Após um ciclo preparatório, os estudantes precisaram realizar tarefas práticas utilizando programação, considerada a 3ª fase. Nela, eles precisaram lidar com um conjunto de dados técnicos e aprender a utilizar metodologia apropriada para obter os resultados esperados com o uso da IA.

“A presença de 34% de paranaenses na etapa final da Olimpíada Nacional de IA já representa um resultado muito positivo para o Paraná, demonstrando que os nossos alunos têm um ensino de excelência nessa área. Isso nos deixa animados para que o Estado tenha representantes na Olimpíada Internacional, que acontecerá em Pequim, na China”, afirmou o secretário estadual da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani.

INCENTIVO ESTADUAL – Como forma de premiar e estimular a participação na competição, o Governo do Estado, por meio das secretarias da Inovação e Inteligência Artificial (Seia) e da Educação (Seed), garantiu a entrega de notebooks e tablets para os 50 alunos que obtiveram as melhores notas na prova da 3ª fase da ONIA.Ao todo, foram 70 prêmios, que somam R$ 380 mil em investimentos estaduais.

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“O Paraná tem a melhor educação pública do Brasil e é protagonista também no uso de tecnologias aliadas à educação, como mostra esse resultado expressivo dos estudantes paranaenses na Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial. Nossos parabéns a todos os estudantes que participaram da competição, aos professores, agentes educacionais e funcionários das escolas estaduais, que trabalham diariamente pela educação do Paraná”, declarou o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.

ETAPA INTERNACIONAL – Entre a terceira e a última fase da Olimpíada, os estudantes passaram por um treinamento específico para a fase final, focada na preparação para a Olimpíada Internacional de IA (IOAI). Neste período, os participantes tiveram aulas com especialistas de ensino em IA e ciências da computação.

Ao final, os 4 melhores participantes serão premiados com medalhas de ouro e, além de participaram de uma cerimônia de premiação, seguirão em treinamento para participar da IOAI 2025, que aconteceráentre os dias 2 e 9 de agosto em Pequim, na China.

Confira a lista dos 85 estudantes classificados para a etapa final da ONIA por estado:

Paraná: 29

São Paulo: 17

Ceará: 13

Piauí: 11

Tocantins: 3

Rio de Janeiro: 3

Rio Grande do Sul: 3

Pernambuco: 2

Minas Gerais: 1

Distrito Federal: 1

Mato Grosso do Sul: 1

Pará: 1

Fonte: Governo PR

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