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Coamo inaugura fábrica de ração e inicia investimento de R$ 1,7 bilhão para produzir etanol

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta sexta-feira (16) da inauguração da nova fábrica de rações da cooperativa Coamo, em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná. O investimento na nova planta, que vai produzir nutrição animal para gado de corte e leiteiro, equinos, suínos, aves, peixes, cães e gatos, foi de R$ 178 milhões. O parque industrial da cooperativa também vai ganhar uma indústria de etanol de milho, com capacidade para produzir 258 milhões de litros de biocombustível por ano e investimento de R$ 1,7 bilhão.

Com os dois empreendimentos, que juntos devem gerar 500 empregos diretos, a Coamo passa a industrializar a produção de milho de seus cooperados, como já faz com a soja, café, trigo e algodão. Maior cooperativa da América Latina e uma das primeiras instaladas no Estado, conta com cerca de 31 mil associados e está presente no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Ratinho Junior destacou que investimentos como o da Coamo consolidam o Paraná como um dos grandes produtores agropecuários do Brasil e ajudam na geração de empregos do Estado. “Chegamos ao maior número de carteiras assinadas da história do Paraná. E as cooperativas paranaenses têm grande participação nesse processo ao investir fortemente no processamento da produção do campo, o que gera empregos e agrega valor ao produto”, disse.

“Mais uma indústria que inauguramos no Interior do Estado, que ajuda a desenvolver toda a região, e já lançando uma indústria gigantesca, que terá investimento bilionário e vai ser uma das maiores plantas de etanol de milho do Brasil”, salientou o governador.

De acordo com ele, são investimentos que representam a consolidação do Paraná como o supermercado do mundo. “Não queremos só vender soja e milho em grão, mas industrializar essa produção, vender tudo embaladinho, porque isso gera emprego e renda para o paranaense e faz o Estado crescer”, acrescentou Ratinho Junior.

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PARQUE INDUSTRIAL – O parque industrial da Coamo em Campo Mourão é um dos maiores do mundo e conta com três indústrias de esmagamento de soja, duas refinarias de óleo de soja, dois moinhos de trigo, uma fábrica de gorduras e margarinas, uma fiação de algodão e uma torrefação de café. Com as duas novas indústrias, deve chegar a 1,7 mil pessoas trabalhando no local. A cooperativa conta ainda com 12 plantas industriais no Paraná e Mato Grosso do Sul.

A indústria de ração tem 6 mil metros quadrados de área construída e capacidade produtiva de 200 mil toneladas de rações por ano. Para fabricar os produtos de qualidade, são utilizados os equipamentos mais modernos existentes no mercado. As máquinas principais, que transformam os grãos em ração, são desenvolvidas por um fornecedor suíço e importadas pela Coamo.

“Estamos inaugurando a fábrica de ração e iniciando a de etanol, dentro de um planejamento nosso de industrialização do milho, que era o último produto dos nossos cooperados que ainda não era processado”, explicou o presidente do Conselho de Administração da Coamo e da Credicoamo, Aroldo Gallassini.

Atualmente, quase um terço do faturamento da Coamo provém de processos industriais. A cooperativa industrializa cerca de 47% de tudo o que recebe, retornando esses benefícios diretamente aos cooperados. “Fundamos a Coamo em 1970, com 79 cooperados, e hoje somos mais de 30 mil. Já iniciamos o processo de industrialização cinco anos depois, dentro de um objetivo de agregar valor ao que é produzido pelos cooperados”, ressaltou Gallassini.

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A unidade já opera com 100% da capacidade produtiva, mas o plano de expansão dessa produção já está em andamento. A construção da fábrica levou 27 meses, desde a terraplenagem até a edificação completa.

ETANOL – Prevista para ser inaugurada no segundo semestre de 2026, a planta de etanol será a primeira do Estado a utilizar o milho como matéria-prima. Até recentemente, a cooperativa não tinha um processo completo de industrialização do grão, que passou a ser mais consumido dentro da nova indústria de rações, utilizando 2% daquilo que ela recebe. Com a usina de etanol, esse percentual deve saltar para 20%, impactando positivamente a agregação de valor aos produtos dos cooperados.

A nova planta terá capacidade para produzir 765 metros cúbicos de etanol hidratado por dia, 510 toneladas de DDGS (farelo de milho) e cerca de 37,4 toneladas de óleo diariamente. A unidade vai contar ainda com uma usina termelétrica, com capacidade para produzir 30 MW de energia elétrica, suficiente para abastecer todo o parque industrial da Coamo em Campo Mourão.

“Temos um dos únicos parques industriais do mundo com tamanha diversidade de verticalização de produtos agrícolas. A indústria de etanol de milho está com o processo bastante adiantado de aquisição de equipamentos e será um marco, que vai mexer com esse mercado”, afirmou o presidente da Coamo, Airton Galinari.

“Parte do milho que era ofertado como grão vai passar a ser processada, o que impacta na cadeia de preços, valorizando o produto, transformando em um novo negócio, chegando ao mercado de biocombustível”, destacou.

COAMO CAMPO MOURÃO

O parque industrial da Coamo em Campo Mourão é um dos maiores do mundo. Foto: Roberto Dzira Jr/AEN

PRESENÇAS — Participaram da solenidade o vice-governador Darci Piana; os secretários estaduais da Fazenda, Norberto Ortigara; da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza; do Turismo, Marcio Nunes; o chefe da Casa Militar, tenente-coronel Marcos Tordoro; os presidentes da Invest Paraná, Eduardo Bekin; e da Ocepar, José Roberto Ricken; e o deputado estadual Douglas Fabrício.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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