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Workshop aborda tributos como aliados da sociedade para a justiça e a cidadania

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Minimizar a regressividade da carga tributária no Brasil deve ser uma das prioridades da reforma tributária. Este foi um dos temas discutidos no workshop conduzido nesta quarta-feira (17) pelo grupo da Escola Fazendária do Paraná (Efaz-PR), responsável pelo Programa Estadual de Educação Fiscal. O evento, parte do 8º Congresso Pacto pelo Brasil, organizado pelo Observatório Social do Brasil, reuniu especialistas que abordaram os tributos como aliados da população, a partir da perspectiva de personagens que simulavam perfis da sociedade brasileira.

“Atualmente, tanto as pessoas de menor quanto as maior poder aquisitivo pagam a mesma carga tributária sobre produtos básicos, como o arroz, que é um alimento essencial na nossa cultura alimentar. A reforma pretende minimizar essa injustiça social”, afirmou Rosa Fátima dos Santos, auditora fiscal da Receita Estadual e mestra em Economia, que foi uma das palestrantes da oficina online.

A regressividade tributária é um conceito que se refere a um sistema em que a carga tributária é proporcionalmente maior para indivíduos de menor renda. Isso ocorre porque impostos indiretos, como aqueles que incidem sobre o consumo, acabam representando uma parcela maior do orçamento das famílias de baixa renda, em comparação com as de alta renda.

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O analista tributário da Receita Federal, Antônio Jordão, apontou um levantamento do Instituto Fiscal Independente que mostra que quase 45% da receita tributária no Brasil advém de imposto sobre o consumo, ao passo que países desenvolvidos buscam tributar mais a renda e a propriedade.

Jordão destacou também que os tributos podem ser aliados do cidadão, partindo dos objetivos elencados pela Constituição Brasileira para a república federativa. “Em momentos como a pandemia ou as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, os tributos permitem ao Estado prover recursos suficientes para a subsistência dos cidadãos desamparados”, frisou.

CIDADANA E TRANSPARÊNCIA – O workshop, com o tema “Cidadania Fiscal e Transparência: Desafios e Decisões Coletivas”, foi mediado por Victor Cayres, consultor da Efaz-PR para o desenvolvimento de estratégias gamificadas para a Educação Fical. Ele envolveu discussões sobre os tributos a partir da perspectiva de personagens fictícios como Márcia, uma empresária de 35 anos do ramo de produtos hospitalares que quer expandir seu negócio através de plataformas digitais, e Enzo, um estudante de odontologia que deseja fazer um intercâmbio.

Simone Leticia Raimundini Sanches, professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e doutora em Administração, trouxe uma perspectiva ESG  (sigla em inglês para environmental, social, and governance, que se refere ao conjunto de critérios ambientais, sociais e de governança utilizados para medir a sustentabilidade e o impacto social) acerca dos impostos, no sentido em que eles fomentam a cidadania ativa, passando pelo controle social e transparência.

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“O tributo que a Márcia, nossa personagem, recolhe na operação com o cliente faz parte dos retornos à sociedade. Ao emitir uma nota fiscal, Márcia contribui para práticas que evitam a corrupção, aumentam a transparência fiscal e promovem a gestão de riscos, ao não gerar passivos tributários.”

Rosa Fátima dos Santos, auditora fiscal da Receita Estadual do Paraná e tutora em cursos de Educação Fiscal, também discorreu sobre a importância da emissão de notas fiscais para a sociedade, destacando-as como um instrumento de controle social e combate à sonegação. “A nota fiscal é um documento que dá transparência às ações comerciais das empresas e garante os direitos do consumidor,” afirmou ela.

“Esse foi um momento importante para refletir sobre estas questões atuais. A Sefa, por meio da Efaz e Grupos de Educação Fiscal, desenvolve esforços contínuos na busca da disseminação de informações para o desenvolvimento da educação fiscal e da transparência no nosso Estado”, destacou Mário Brito, diretor da Escola Fazendária.

É possível acessar a íntegra do workshop no YouTube, através deste link 

Fonte: Governo PR

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Paraná pode ter maior área de cevada da história e aumentar liderança nacional de produção

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A cultura da cevada, que está em início de plantio, volta a ganhar espaço no Paraná com previsão de se ter a maior área já semeada no Estado. Maior produtor desse cereal de inverno, o Paraná pode ter 94,6 mil hectares plantados e uma produção 40% superior à registrada no ano passado, chegando a 413,8 mil toneladas.

Esse é um dos assuntos detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 11 a 16 de abril. O documento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), também fala sobre as consequências climáticas em outras culturas e analisa o desempenho paranaense em proteínas animais.

Em 2024 o Paraná colheu 296,1 mil toneladas de cevada em 80,5 mil hectares. O aumento de 18% de áreas paranaenses a receber a cultura na safra que se inicia é reflexo principalmente do retorno de intenção de plantio na região de Guarapuava. A previsão é que sejam semeados 36,9 mil hectares, ou 25% superior aos 29,6 mil hectares colhidos ano passado.

Mesmo com esse aumento em Guarapuava, a região dos Campos Gerais ainda tem previsão de ter maior área plantada, com 38 mil hectares. “O ganho acontece especialmente na região de Guarapuava em função do ânimo com as melhores cotações e os resultados satisfatórios a campo experimentados no Centro-Sul paranaense em 2024”, afirmou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral.

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As maltarias instaladas no Paraná precisam de malte, o que levou a recorde na compra. No primeiro trimestre foram adquiridas cerca de 200 mil toneladas para manter o Paraná como maior produtor de malte brasileiro. “A confirmação de uma produção maior e de boa qualidade é essencial para a diminuição da necessidade de importação de cevada”, disse Godinho.

SOJA E MILHO – O boletim fala ainda sobre perda de 5,3% no campo na primeira safra de soja. A região Sul até apresentou ganho de produtividade de 4,7%, no entanto as demais regiões, sobretudo o Noroeste, foram bastante impactadas pela estiagem e por ondas de calor atípicas.

As lavouras de milho estão com bom desempenho, principalmente nas regiões Sul e Sudoeste, que concentram a maior parte da área plantada. Mas, da mesma forma que na soja, as demais regiões sentem os efeitos de chuvas escassas e calor intenso.

PECUÁRIA – No setor pecuário, o documento do Deral salienta que as exportações de bovinos pelo Brasil geraram US$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Em média, cada quilo de carne enviado ao Exterior custou US$ 4,78. No mesmo período de 2024 custava US$ 4,40.

No atacado, o traseiro e o dianteiro bovinos seguem com o preço em alta. Em média, são comercializados no Paraná por R$ 25,01 e R$ 18,54, respectivamente.

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SUINOS – O Paraná manteve, pelo quarto ano seguido, a liderança na produção de carne suína em frigoríficos sob inspeção estadual, que permite comercialização exclusiva no mercado interno. O Estado produziu 155,9 mil toneladas, respondendo por 20% da produção nacional nesse regime de inspeção.

Quanto ao número de animais abatidos em estabelecimentos com inspeção estadual, o Paraná é o terceiro, com 1,66 milhão de suínos. Por terem maior peso médio eles produzem mais quilos de carne. Quando se leva em conta a produção nas três instâncias de inspeção – federal, estadual e municipal – o Estado é o segundo colocado, com 12,4 milhões de suínos abatidos e produção de 1,14 milhão de toneladas de carne.

FRANGO – O Agrostat/Mapa, ferramenta que monitora o comércio exterior no segmento agropecuário, mostra que o Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas de frango no primeiro trimestre de 2025, com faturamento de US$ 2,534 bilhões. No mesmo período do ano passado tinham sido 1,1 milhão de toneladas a US$ 2,101 bilhões.

O Paraná foi responsável por 559.108 toneladas no primeiro trimestre deste ano, volume 12,3% superior às 497.727 toneladas de 2024. Em receita, entraram no Estado US$ 1,041 bilhão, aumento de 12,7% sobre os US$ 847 milhões do ano anterior.

Fonte: Governo PR

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