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Estados do Sul discutem melhorias na malha ferroviária e apresentarão demandas à União

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O vice-governador Darci Piana recebeu nesta quinta-feira (04), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, e o secretário da Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, Beto Martins, para discutir formas de melhorar o transporte ferroviário para a logística dos estados. Elas passam pela Nova Ferroeste e a renovação da Malha Sul.

O grupo, que compõe o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), discutiu a atual situação da Malha Sul, que corta os três estados do Sul e parte de São Paulo. Eles decidiram elaborar um termo de referência para a contratação de um estudo de demanda que indicará as cargas e volumes que poderiam ser transportados pela atual malha ferroviária para requerer melhorias na prestação do serviço.

Também vão apresentar uma proposta para o processo da nova concessão ao Ministério dos Transportes. O atual contrato da iniciativa privada com o governo federal, com 7.223 quilômetros de extensão, se encerra em fevereiro de 2027. Uma consultoria técnica vai apontar as melhores soluções para o futuro.

Os três estados do Sul são grandes produtores de grãos, principalmente soja, e lideram a produção de suínos e frangos no País. Boa parte do volume do campo e da indústria é exportada por trilhos. Quando comparado com o transporte rodoviário, o frete ferroviário costuma ser, em média, 30% mais barato.

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“Vamos analisar em conjunto uma proposta a ser apresentada para o governo federal”, destacou Darci Piana. “Uma boa malha ferroviária é boa inclusive para imprevistos. Com o volume de chuvas que tivemos recentemente, por exemplo, o setor produtivo acabou prejudicado. Se tivéssemos um sistema ferroviário mais eficiente teríamos sofrido muito menos”.

Gabriel Souza destacou a necessidade urgente de novos investimentos nesse modal. “Queremos melhorar a eficiência da Malha Sul”, afirmou. “Teremos uma reunião no Ministério dos Transportes no dia 14 de maio e iremos juntos a Brasília para apresentar essas demandas para o governo federal”.

NOVA LICITAÇÃO – A linha férrea que conecta o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná é uma concessão federal operada pela iniciativa privada. Entre os temas em debate está o fim do atual contrato de 30 anos, que passará por uma nova licitação ou renovação com a atual operadora.

Dados disponíveis no Anuário Ferroviário da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) indicam trechos com tráfego interrompido, sem atividade por razões diversas. Somados, chegam ao total de 2.280 quilômetros, o que corresponde a 31,6% da extensão total. Entre 2006 e 2023 o transporte de carga em toda a Malha Sul sofreu uma redução em 26%.

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“Está claro que estamos abaixo de 50% de utilização e isso está causando grandes problemas para a nossa economia”, disse Beto Martins. “Contribuímos muito para o Brasil, com indústrias fortes, logística de peso nos aeroportos e portos e estamos com uma trava na área ferroviária que precisa ser resolvida”.

NOVA FERROSTE – Tornar o modal ferroviário mais eficiente é uma meta comum aos governos dos três estados, que investem em outro projeto de ampliação da malha. A Nova Ferroeste, liderada pelo governo paranaense, vai ligar o Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, com 1.567 km de trilhos. O projeto está na fase final de licenciamento ambiental. 

No Rio Grande do Sul, a Prefeitura de Nonoai, encomendou um estudo para avaliar a instalação de um ramal entre Passo Fundo e Chapecó, distantes 180 quilômetros, aumentando as possibilidades de conexão com a Nova Ferroeste.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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