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Pesquisadores e professores universitários debatem perspectivas raciais na ciência

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Valorizar a contribuição da população negra e debater políticas afirmativas e de promoção da equidade no contexto do desenvolvimento científico e tecnológico foram algumas das pautas discutidas durante a Conferência Livre. O evento, com tema Perspectivas Raciais, foi realizado nesta sexta-feira (22). Ele teve apoio do Governo do Estado do Paraná.

A iniciativa compõe a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI) e envolveu pesquisadores de diferentes áreas em quatro painéis. Entre os assuntos abordados pelos palestrantes esteve a reflexão sobre os conhecimentos trazidos pelos povos escravizados, como técnicas especializadas e experiências desenvolvidas no continente africano.

Além de enriquecer a programação do evento nacional, o debate proporcionou a disseminação do conhecimento e ampliou os pontos de vista convencionais da discussão da ciência e tecnologia.

O tema subvalorização da ciência produzida por grupos de pessoas negras ou de outros estratos historicamente marginalizados também foi uma das abordagens. Os painéis foram apresentados, respectivamente, pelo professor Ivo Queiroz, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), e pela professora Claudemira Vieira Gusmão Lopes, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

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O professor Delton Aparecido Felipe, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), falou sobre as políticas de cotas raciais e a importância de inserir pessoas com realidades distintas para o aprimoramento do conhecimento científico. O pesquisador ressaltou, ainda, a atuação das iniciativas de permanência e como uma produção acadêmica mais diversa pode contribuir com a sociedade.

O último painel do evento, ministrado pela doutora em Educação pela UFPR, Dalzira Maria Aparecida, tratou da territorialidade e a importância dos terreiros de candomblé para a preservação da cultura e dos conhecimentos advindos e construídos pelos povos africanos. Trata-se de uma abordagem inovadora no contexto da ciência e tecnologia por envolver temáticas como espiritualidade, medicina, meio ambiente e agricultura em um mesmo estudo.

A pesquisadora ressaltou a importância de construir ferramentas como as conferências para apresentar discussões e temas com o objetivo de conquistar melhorias na qualidade de vida de maneira autônoma. “Tenho a expectativa que nós consigamos implementar as nossas ideias, construídas com toda uma bagagem de luta no decorrer dos anos, de maneira independente e, assim, conseguir ampliar o alcance da tecnologia e da ciência para todos”, destacou.

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O evento reuniu em torno de 200 pessoas durante a transmissão ao vivo realizada pelo canal do YouTube da Universidade Virtual do Paraná (UVPR). O conteúdo foi gravado e permanecerá disponível para acesso.

PARCERIAS – A 5ª Conferência Estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná será realizada nos dias 3 e 4 de abril, em Curitiba. O evento será coordenado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e terá a parceria da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), da Fundação Araucária de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná e da UTFPR.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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