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Estado e MPPR vão capacitar 700 universitários em transparência e controle social

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O Governo do Estado e o Ministério Público do Paraná (MPPR) firmaram nesta terça-feira (19) um termo de cooperação para capacitar estudantes de graduação das universidades estaduais em análise de portais de transparência de instituições públicas. A parceria foi articulada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), no âmbito do Programa de Fomento à Cidadania, Transparência Pública e Controle Social, que prevê um curso de aperfeiçoamento para os universitários ministrado pela Escola Superior do Ministério Público do Paraná. 

A parceria será desenvolvida por meio de projetos de extensão universitária propostos pelas sete instituições estaduais de ensino superior. O programa terá duração de cinco anos, com previsão de participação de até 700 estudantes, sendo 140 a cada ano, de cursos das ciências sociais aplicadas, como administração, ciências contábeis, ciências econômicas, direito, gestão pública, jornalismo, secretariado executivo, serviço social, turismo, entre outros.

Toda a parte de operacional do curso de capacitação será definida em regulamento a ser elaborado pelos parceiros. O conteúdo programático abrangerá transparência, técnicas para auditoria de gastos no setor público, análise de dados para verificação de investimentos de recursos, prestação de contas municipais e Lei de Acesso à Informação (LAI).

O MPPR vai disponibilizar ferramentas e técnicas que utiliza para analisar e avaliar dados e informações nos portais de transparência. A expectativa é que os universitários produzam artigos científicos, que posteriormente poderão ser publicados em um e-book.

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Para o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, as ações de extensão universitária contribuem com a formação dos novos profissionais e com a sociedade. “Essa é mais uma parceria que o Estado articula com as estruturas do poder público do Paraná, colocando as universidades estaduais a serviço da população e, ao mesmo tempo, possibilitando aos estudantes uma formação mais abrangente com conteúdos extracurriculares”, explicou.

O reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Miguel Sanches Neto, que preside a Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp), destacou que a prestação de serviço como prática universitária valoriza a atividade do ensino superior. “Cada vez mais os projetos de extensão estão ligados aos problemas reais da sociedade. A participação dos estudantes permite que eles façam parte de uma transformação da sociedade, por meio das análises e avaliações dos portais de transparência”, salientou.

O promotor de Justiça e chefe do Centro de Apoio Técnico à Execução, Joelson Luis Pereira, responsável pela área da transparência no MPPR, reforçou a importância de compreender os dados publicados nos portais. “A transparência é fundamental para que uma democracia subsista e as informações devem estar nos portais para que a população tenha acesso. Muitas vezes é feita apenas a análise formal da existência do dado no portal e não sobre como está disponibilizado o conteúdo”, complementou.

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EXTENSÃO – A extensão universitária ou extensão acadêmica é uma forma de articulação e interação entre as universidades e a sociedade envolvendo a prestação de serviços, atividades culturais, cursos e eventos em diferentes áreas do conhecimento. Na prática, a extensão é o processo educativo, cultural e científico, que articula o ensino e a pesquisa em benefício da sociedade.

Em 2022, o governo lançou a Política de Extensão Universitária para as instituições estaduais de ensino superior, com foco na transformação social e no desenvolvimento regional sustentável. Essa normativa orienta as diferentes ações extensionistas e possibilita a atuação estratégica e multidisciplinar das sete universidades estaduais, inseridas nos cenários regional, nacional e internacional.

O Governo do Estado tem ampliado as parcerias por meio de iniciativas de extensão. Um exemplo que está em andamento é o termo de cooperação técnica assinado entre o Estado e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) para apoio às atividades de fiscalização das gestões públicas municipais paranaenses.

PROGRAMA O Programa de Fomento à Cidadania, Transparência Pública e Controle Social é desenvolvido pelo MPPR desde 2016, em parceria com outras instituições de ensino superior paranaenses. Inicialmente voltado a acadêmicos de direito da Universidade Positivo, o treinamento contribuiu com o projeto estratégico Transparência nos Municípios, do MPPR.

Fonte: Governo PR

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Escola Mais Bonita: unidades indígenas estaduais receberam mais de R$ 3 milhões neste ano

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Neste 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) celebra a marca de R$ 3 milhões destinados à infraestrutura das escolas indígenas desde o início do ano. Os recursos foram repassados por meio do programa Escola Mais Bonita, viabilizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar).

Desenvolvido pela Seed-PR, o Escola Mais Bonita atende às demandas de escolas estaduais do Paraná por serviços e reformas emergenciais, assim como para adequação de ambientes físicos à legislação vigente. A iniciativa também contempla instituições que necessitam de pequenos reparos ou manutenções. Ao todo, R$ 3,185 milhões já foram destinados às escolas indígenas em 2025.

“O modelo do projeto Escola Mais Bonita permite aos diretores definirem prioridades de acordo com as necessidades específicas das escolas, o que torna a gestão dos recursos mais eficiente”, destaca a diretora-presidente do Fundepar, Eliane Teruel Carmona.

A rede estadual de educação do Paraná conta com 40 escolas indígenas que atendem cerca de 5,5 mil estudantes das etnias Kaingang, Guarani, Xokleng e Xetá. As instituições estão vinculadas à Seed-PR e cabe ao Fundepar a coordenação das obras de construção, reforma e ampliação.

Conforme o secretário de Estado da Educação do Paraná, Roni Miranda, os investimentos em infraestrutura beneficiam diretamente o processo de ensino-aprendizagem.

“Mais do que ações de reforma e melhoria, o programa Escola Mais Bonita é uma iniciativa de apoio à educação e à aprendizagem dos estudantes, especialmente no contexto particular das escolas indígenas. Se hoje temos, de acordo com o Ideb, a melhor educação do Brasil, é porque investimos para garantir uma estrutura de ponta nas escolas estaduais do Paraná”, afirma.

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MELHORIAS – O Governo do Estado ainda investiu outros R$ 8,6 milhões em obras de melhorias em oito escolas indígenas desde 2023.

Em março, por exemplo, foi concluída a instalação de 12 novas salas na Escola Estadual Indígena Mbyja Porã, em Guaíra, Oeste do Estado. As novas salas foram construídas no modelo de Ecoconstrução em wood frame, e substituíram as antigas salas de madeira. O investimento do Fundepar na modernização foi de R$ 2,7 milhões.

Sustentáveis e de execução mais eficiente, as construções em wood frame utilizam peças de madeira pré-fabricadas que, por serem leves, permitem montagem ágil mesmo em condições climáticas adversas.

ESCOLAS INDÍGENAS – As escolas indígenas da rede estadual de ensino têm normas, pedagogia e funcionamento próprios, que respeitam a especificidade étnico-cultural de cada comunidade. Os estudantes têm direito a ensino intercultural e bilíngue – com aulas da língua indígena e de língua portuguesa – desde o início da jornada escolar.

O Novo Ensino Médio no Paraná, estabelecido em 2022, também prevê componentes curriculares específicos para a matriz curricular dos colégios indígenas. Além dos componentes curriculares previstos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os estudantes indígenas cursam Projeto de Vida e Bem Viver, Informática Básica e Robótica e Laboratório de Escrita e Produção Audiovisual. Ainda foram incluídos à grade curricular componentes como filosofia indígena e cultura corporal indígena.

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A Seed-PR também promove a inserção de conteúdos e práticas pedagógicas que celebram a valorização da cultura destes povos em todas as escolas da rede estadual. Por meio do trabalho de equipes multidisciplinares, a secretaria implementou a Lei 11.645, de 10 de março de 2018, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura indígenas em todos os níveis de ensino.

DIA DOS POVOS INDÍGENAS – No Brasil, o Dia dos Povos Indígenas foi criado em 1943, durante o governo Getúlio Vargas. Originalmente, a data chamava-se Dia do Índio e a denominação só foi alterada para Dia dos Povos Indígenas em 2022.

A data foi escolhida por conta da realização do Congresso Indigenista Interamericano, em 19 de abril de 1940, no México. A celebração visa reconhecer a diversidade das culturas dos povos originários, explicitar o valor dos povos indígenas para a sociedade brasileira, e defender o direito dos povos indígenas de manter e fortalecer suas identidades, línguas e religiões.

Fonte: Governo PR

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