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Dia do Artesanato: Paraná tem 1.299 artesãos com carteira profissional

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A Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi) confecciona e emite gratuitamente a Carteira Nacional do Artesão, uma política pública que facilita o dia a dia de centenas de pessoas que trabalham com artesanato. O Paraná possui hoje 1.299 carteiras válidas, sendo 124 para os povos ou comunidades tradicionais. Este 19 de março é marcado pelo Dia do Artesanato.

Para ter direito, é necessário apresentar alguns documentos. Entre os benefícios estão validade em todo o território nacional por seis anos, a identificação profissional do artesão, a permissão para participar de feiras regionais e nacionais (mediante chamamento público), emissão de notas dos produtos, isenção fiscal do ICMS na comercialização das peças dentro e fora do estado e auxílio no trânsito das peças, principalmente nas rodovias estaduais e federais.

Para realizar o cadastro é necessário acessar a página do Artesanato no site da Semipi. Após realizar o pré-cadastro, o artesão pode entrar em contato por mensagem no telefone 41-98778-4408 ou por telefone no 41-4009-3629. A coordenação vai verificar o produto do artesão, tornando-o apto ou não para avaliação. Além dos cadastrados, no banco de dados 61 processos estão pendente de finalizar o cadastro e 353 estão com status de pré-aprovado. Outras 1.356 carteiras foram suspensas/canceladas por falta de informações.

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Uma das mulheres que dedicam a vida a essa profissão é Leonilda Zita Stoicovitch, 72 anos. Ela trabalha no ramo há mais de 50 anos e possui Carteira Nacional do Artesão atualizada. Leonilda começou a trabalhar com artesanato nos anos 1970, quando vendia seus produtos na Praça Zacarias, em Curitiba. Mãe de dois filhos, William e Janaína, a artesã diz que o artesanato financiou o ensino superior do filho, que se formou em medicina veterinária.

O trabalho, realizado nos fundos da casa no bairro Boqueirão, em Curitiba, conta com duas auxiliares. Leonilda produz caixas personalizadas, ovos de madeira, pratos, entre outros a partir da técnica marchetaria em palha de trigo. Os produtos são vendidos em feiras e locais turísticos do Paraná.

“Cada dia a gente cria alguma coisa diferente. Não é de um dia para o outro que a gente cria alguma coisa e vende. Esse é o trabalho do artesão, ser persistente”, afirma. “Quando as pessoas dão de presente um artesanato, elas não dão um objeto, elas dão um desejo, geralmente atrelado à felicidade”.

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A artesã iniciou os trabalhos no artesanato por influência do marido, ainda na antiga Iugoslávia, que depois se dividiu em Croácia, Sérvia, Bósnia, Macedônia, Montenegro e Eslovênia. “Quando meu marido veio de lá, ele trouxe esse conhecimento. E daí, quando ele me ensinou, eu comecei a fazer vasos de barro, vasos de planta”, explica. “O artesão é um lutador, um criador. Ele pega uma coisa, que nem a palha, que é uma coisa jogada fora, que não é utilizada para outra coisa, e transforma em arte”.

Para a secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), Leandre Dal Ponte, histórias como da Leonilda demonstram a importância e a força do artesanato paranaense. “Muitas vezes são mulheres que dedicaram uma vida ao artesanato, tiraram seu sustento por anos e conseguiram dar uma vida melhor para seus filhos”, defende. “Por isso, é necessário que outros artesãos façam o recadastramento realizado pela Coordenação do Programa do Artesanato Brasileiro”.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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