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Ratos causam prejuízo de 30% em lavouras de milho

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Os agricultores de Mato Grosso estão enfrentando uma invasão de ratos em suas plantações de milho, resultando em danos significativos e aumentando as dificuldades financeiras. Na área de Nova Mutum (240km da capital, Cuiabá) um fazendeiro relata uma redução de cerca de 30% na produção de seu milharal, atribuída ao ataque desses roedores. Na propriedade específica, 350 dos 4 mil hectares destinados à segunda safra de milho foram afetados.

O fazendeiro Renan Leal Favretto descreveu ao Canal Rural o problema como inédito e desafiador, destacando a dificuldade em localizar e controlar a praga devido à sua natureza noturna e à tendência dos animais de escavar o solo para acessar as sementes. Este comportamento não só resulta na perda direta das sementes mas também danifica as plantas jovens, que acabam morrendo ao serem desenraizadas.

Imagem: Pedro Silvestre/ Canal Rural MT

A situação não se limita ao milho; relatos semelhantes foram observados nas lavouras de soja da região, com prejuízos em áreas significativas. Segundo o consultor Cledson Guimarães Dias Pereira, a escassez de chuvas pode ter favorecido a proliferação dos ratos, que encontraram nas plantações um habitat ideal para sua expansão rápida.

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O engenheiro agrônomo Naildo Lopes aponta que as consequências vão além das perdas imediatas de produção. Em um contexto de preços baixos e custos de produção elevados, as reduções de até 50% nos estandes de plantas comprometem gravemente a rentabilidade dos agricultores.

Lopes também menciona que, apesar da ausência de soluções imediatas, estratégias de médio a longo prazo, baseadas em tecnologia e manejo, serão necessárias para mitigar os impactos e controlar a população de ratos.

Um dos principais vetores para a atração e proliferação desses roedores são os resíduos de colheita deixados no campo. Especialistas, como Adeney de Freitas Bueno da Embrapa Soja, recomendam práticas rigorosas de limpeza após a colheita para minimizar o atrativo para os ratos e, por consequência, reduzir sua população nas áreas agrícolas.

Essa abordagem de manejo é considerada essencial tanto para o milho quanto para a soja, visando prevenir não apenas infestações de roedores, mas também outros tipos de pragas e doenças.

Com informações do Canal Rural

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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