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Clima ajuda na recuperação de pastagens e influencia mercado

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Em um período do ano tradicionalmente marcado por uma desaceleração no consumo de carne bovina, o mercado interno de boi gordo está testemunhando uma dinâmica interessante. Graças às condições climáticas favoráveis e a uma postura assertiva dos pecuaristas, o setor está conseguindo manter uma certa estabilidade nos preços, desafiando as expectativas do mercado.

Recentemente, o Brasil tem presenciado um aumento na frequência de chuvas em diversas regiões, um fator que tem contribuído significativamente para a recuperação das pastagens. Este fenômeno natural está permitindo aos pecuaristas uma maior flexibilidade no manejo do gado, já que não estão sob pressão para vender devido à falta de pasto. Essa melhoria nas condições das pastagens vem em um momento crucial, oferecendo aos criadores de gado uma vantagem tática na hora de negociar os preços.

Contrariando as tendências sazonais, os preços dos animais destinados ao mercado doméstico estão mostrando uma resiliência notável. Mesmo com o consumo de carne bovina tipicamente mais baixo neste período, não se observou uma queda significativa nos preços. Essa estabilidade é atribuída, em parte, à resistência dos pecuaristas em ceder às pressões dos frigoríficos para baixar os preços. Muitos estão optando por vender apenas o necessário para atender às suas necessidades imediatas de caixa, ao invés de liquidar seu gado a valores que consideram injustos.

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Essa abordagem cautelosa dos pecuaristas é uma resposta estratégica às condições de mercado. Ao segurar as vendas, eles estão não apenas garantindo melhores preços para o seu gado, mas também estão influenciando o mercado como um todo, contribuindo para a manutenção da estabilidade dos preços em um período que, historicamente, vê uma baixa.

Fonte: Pensar Agro

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Algodão volta a crescer no Paraná e reforça liderança do Brasil no mercado mundial

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Depois de anos praticamente fora do mapa da cotonicultura, o Paraná está voltando a produzir algodão em pluma e reacendendo um ciclo que já foi símbolo de força agrícola no Estado. Quem se lembra das décadas de 1980 e 1990 sabe: o Paraná já foi o líder nacional na produção da fibra. Mas com o passar do tempo, a infestação do bicudo-do-algodoeiro, o avanço da soja e dificuldades econômicas acabaram derrubando a cultura.

Agora, o cenário é de esperança e retomada. A Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) lançou um projeto para incentivar o plantio de algodão e recuperar a importância da pluma na região. Para a safra 2024/25, a área plantada no Estado deve chegar a 1,8 mil hectares, segundo estimativas da Conab. Pode parecer pouco, mas o plano é ambicioso: a meta da Acopar é atingir 60 mil hectares nos próximos anos.

Entre os fatores que tornam essa retomada promissora está o menor custo de produção no Paraná, quando comparado a outras regiões produtoras. O clima mais ameno em certas áreas, o uso mais eficiente de insumos e a proximidade com portos e centros industriais ajudam a melhorar a competitividade da pluma paranaense.

Outro ponto a favor é o avanço tecnológico. Com sementes mais resistentes, maquinário moderno e práticas de manejo mais sustentáveis, os produtores têm hoje condições muito melhores do que nas décadas passadas para lidar com pragas como o bicudo e obter bons rendimentos.

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Brasil na liderança mundial – O momento não poderia ser mais favorável. O Brasil é, desde 2024, o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. O setor cresceu nos últimos anos com base em três pilares: tecnologia, qualidade e rentabilidade. A produção brasileira de pluma aumentou pelo terceiro ano seguido em 2023 e segue firme em 2024.

Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,9 milhão de hectares de algodão, com uma produção estimada em 3,7 milhões de toneladas de pluma. A produtividade média ficou em 1,8 tonelada por hectare, e o principal destino da exportação foi a China, um mercado exigente que reconhece a qualidade da fibra brasileira.

Os principais estados produtores continuam sendo Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul, mas o avanço do Paraná mostra que o mapa do algodão pode voltar a se expandir.

Um pouco da história – O ciclo do algodão no Brasil começou no século 18, especialmente no Nordeste. Durante os séculos XVIII e XIX, o país chegou a ser um dos maiores fornecedores do mundo. Mas nas décadas de 1980 e 1990, a cultura foi gravemente afetada pelo bicudo-do-algodoeiro, uma praga devastadora que levou muitos produtores a abandonarem o cultivo.

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Com o tempo, o setor se reorganizou, investiu pesado em pesquisa, controle biológico e práticas sustentáveis, e reconquistou espaço no mercado internacional.

A iniciativa da Acopar é vista com entusiasmo por técnicos, agrônomos e produtores. A retomada do algodão no Paraná representa não só diversificação da produção agrícola, mas também mais opções de renda para o campo, geração de empregos e incremento para a indústria têxtil regional.

Além disso, a cotonicultura permite o uso racional da área agrícola, com sistemas de rotação de culturas que ajudam a preservar o solo e controlar pragas de forma natural.

Para o produtor rural, o momento é de olhar com atenção para o algodão. Com planejamento, tecnologia e apoio técnico, a pluma pode voltar a brilhar nas lavouras do Paraná — e com ela, toda uma cadeia produtiva pode se fortalecer.

Fonte: Pensar Agro

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