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Presidente da Feagro e Sub-secretário de Estado discutem fortalecimento de Mato Grosso no mercado internacional

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O Presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Mato Grosso (Feagro-MT), Isan Rezende, teve uma reunião importante para o futuro do agronegócio no Estado, com o Sub-secretário de Agronegócios e Investimentos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Anderson Lombardi.

O objetivo da reunião foi estabelecer uma agenda para fortalecer a presença do estado no mercado internacional. Durante o encontro, Lombardi destacou os resultados positivos de uma viagem de trabalho recente do governo mato-grossense, que incluiu empresários e representantes de classe dos produtores agropecuários. A viagem teve como foco o estreitamento das relações comerciais com a Índia e a China.

Lombardi expressou satisfação em ter a colaboração de Isan Rezende, agora membro do Conselho Estadual de Comércio Exterior de Mato Grosso (Cecomex/MT). A intenção é construir oportunidades de negócios e promover relações comerciais, além de divulgar as atividades empreendedoras e as oportunidades no estado.

Isan Rezende, por sua vez, reconheceu os esforços da Sedec. Ele destacou o trabalho realizado pela secretaria em alinhamento com as diretrizes do Governador Mauro Mendes.

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“A Sedec vem fazendo um excelente trabalho alinhado com as diretrizes do Governador Mauro Mendes nas atividades junto ao desenvolvimento da indústria e comércio, agronegócio e turismo, buscando atrair novos investidores para o Estado, e, abertura de novos mercados para a comercialização das commodities, insumos, energia e alimentos in natura e industrializados no estado de Mato Grosso”, comentou Rezende.

Segundo o presidente da Feagro, o foco é o desenvolvimento de um trabalho conjunto da indústria e comércio, agronegócio e turismo, atraindo novos investidores e abrindo mercados para a comercialização de commodities, insumos, energia e alimentos, tanto in natura quanto industrializados.

O Cecomex/MT, órgão consultivo vinculado à Sedec, tem o papel de aconselhar sobre políticas de comércio exterior. O conselho avalia a eficácia e repercussão econômica dessas políticas e serve como um canal de diálogo e articulação entre órgãos e instituições dos setores público e privado. Seu objetivo é fortalecer a governança local e estimular a participação de pequenas e médias empresas mato-grossenses no mercado internacional.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Na semana da Páscoa, indústria de chocolate enfrenta crise histórica

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A Páscoa de 2025 chega em meio à maior crise já registrada no mercado global de cacau. Com a cotação da amêndoa batendo recordes históricos, a indústria do chocolate enfrenta um cenário crítico: falta de matéria-prima, custo em alta e risco de desabastecimento. O preço do cacau acumula uma disparada de 189% só neste início de ano, somado a picos que chegaram a 282% no mercado internacional ano passado, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (Abia).

O impacto dessa escalada já se reflete diretamente no setor produtivo brasileiro. No primeiro trimestre de 2025, a indústria processadora nacional recebeu apenas 17.758 toneladas de cacau, volume 67,4% menor em relação ao trimestre anterior, de acordo com a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). É um dos piores desempenhos dos últimos anos.

Sem matéria-prima suficiente no mercado interno, o Brasil aumentou as importações para tentar garantir o abastecimento, trazendo 19.491 toneladas de cacau de fora — alta de quase 30% em relação ao mesmo período de 2024. Mesmo assim, a conta não fecha. A indústria terminou o trimestre com um déficit de 14.886 toneladas, o que acende o sinal de alerta sobre a sustentabilidade do setor.

Embora os chocolates da Páscoa já estejam nas lojas desde fevereiro — resultado de compras antecipadas feitas pela indústria — os reflexos da crise serão sentidos ao longo do ano. A defasagem entre a produção nacional e o volume processado mostra que o Brasil voltou a depender fortemente do mercado externo, num momento em que a oferta mundial também está em colapso.

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Gana e Costa do Marfim, que concentram mais de 60% da produção global, enfrentam quebras de safra causadas por pragas, mudanças climáticas e envelhecimento das lavouras. A menor oferta mundial reduziu os estoques ao menor nível em décadas, pressionando ainda mais os preços e criando um efeito cascata sobre todos os elos da cadeia.

No Brasil, a situação também é crítica. A Bahia, que responde por dois terços do cacau nacional, entregou apenas 11.671 toneladas às indústrias no primeiro trimestre — retração de 73% frente aos últimos três meses de 2024. Técnicos apontam que o clima instável prejudicou o florescimento e agravou a incidência de doenças como a vassoura-de-bruxa, exigindo mais investimento em manejo e controle.

Apesar da queda drástica na produção, o produtor baiano tem sido parcialmente compensado pelo preço elevado da amêndoa, que supera R$ 23 mil a tonelada. O custo dos insumos, por outro lado, já não sobe no mesmo ritmo, o que ajuda a preservar a renda do campo. Ainda assim, a insegurança climática e o risco sanitário mantêm o setor em alerta.

Na tentativa de segurar os preços ao consumidor, a indústria brasileira está buscando alternativas, como mudanças nas formulações, cortes de gramatura e reformulação de produtos. Chocolates com maior teor de cacau — que dependem mais diretamente da amêndoa — devem ser os mais afetados. Já produtos de linha popular podem manter preços mais estáveis, ainda que com porções menores.

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Mesmo assim, o consumidor já percebe reajustes nas gôndolas. O ovo de Páscoa, símbolo do período, está até 20% mais caro em relação ao ano passado, e a tendência é de novos aumentos caso a crise se prolongue.

O atual desequilíbrio entre oferta e demanda reforça a urgência de investimentos em produtividade no Brasil. O país, que já foi o segundo maior produtor de cacau do mundo, hoje precisa importar amêndoa para manter sua indústria funcionando. Com lavouras envelhecidas, baixa produtividade média e forte dependência de condições climáticas, a cadeia brasileira está vulnerável.

Segundo a AIPC, é necessário acelerar a renovação de pomares, incentivar o uso de clones mais produtivos e resistentes, e ampliar o acesso a crédito para pequenos e médios produtores. Também cresce a demanda por políticas públicas que favoreçam a expansão da cacauicultura na Amazônia, no Espírito Santo e em novas fronteiras agrícolas.

Enquanto isso, o chocolate — produto culturalmente associado à celebração e ao prazer — pode se tornar um item mais raro e caro na mesa dos brasileiros. A crise do cacau já não é um problema futuro. Ela está acontecendo agora, e a Páscoa de 2025 é a prova mais amarga disso.

Fonte: Pensar Agro

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