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Comerciantes de Matinhos celebram aumento nas vendas com a revitalização da orla

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Não são apenas os turistas que estão aproveitando a nova praia de Matinhos. O comércio local também vem se beneficiando da engorda da faixa de areia e da revitalização da orla, obras que tiveram investimento de R$ 314,9 milhões do Governo do Paraná e que estão 92,3% concluídas.

A Associação Comercial e Empresarial de Matinhos (Acima) calcula que o aumento nas vendas do comércio chegue a 40% nesta que é a primeira temporada de verão com a nova orla.

Segundo o presidente da Acima, Felipe Nascimento, o impacto é sentido principalmente em estabelecimentos que têm contato direto com os veranistas, como bares, restaurantes, lojas e pousadas. “O pessoal está muito feliz com o que vem acontecendo, principalmente com os investimentos do Governo do Estado. O turista que veio ano passado e voltou esse ano viu muita coisa mudando, muita coisa acontecendo, fruto do investimento do Governo”, aponta.

Com o atrativo adicional, o presidente da Acima espera que o comércio de Matinhos não sobreviva mais apenas da temporada. Ou seja, que consiga ter boas vendas o ano todo. “Nossa expectativa é de que Matinhos vire referência para o turismo não só na temporada. Antigamente se falava em viver de temporada. Agora não. O comércio já consegue ter resultado o ano todo”, complementa.

Circulando por Matinhos, é fácil ver o ânimo dos comerciantes. No Restaurante Mariscão, um dos mais tradicionais da cidade, com 37 anos, o faturamento cresceu cerca de 30% em relação ao mesmo período da temporada do ano passado.

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“As pessoas vêm para ver a nova orla e aproveitam para comer aqui. Antes não tinha nem praia. Agora está tudo organizado. Tanto que é a primeira vez que estão vindo eventos esportivos para esse lado de Matinhos. Antes era tudo em Caiobá”, avalia Célio Roberto Alves de Lima, 58 anos, um dos gerentes do Restaurante Mariscão, que fica no Centro do município, próximo ao Pico de Matinhos, a praia que mais sofria com os efeitos da ressaca antes da engorda.

Célio afirma que o movimento maior trouxe dois tipos de público ao restaurante nessa temporada: os clientes novos e os antigos que há muito tempo não iam ao estabelecimento. “Ao mesmo tempo que a gente tem visto muita gente de regiões que não vinham para cá, como Sul de São Paulo, Mato Grosso do Sul e um volume maior de paraguaios e argentinos, a gente está vendo a volta de clientes que não vinham aqui há 15, 20 anos”, compara.

Com o aumento no movimento, o restaurante contratou nessa temporada seis funcionários temporários. Na passada, não havia contratado nenhum por não haver demanda. “Na verdade, toda a economia está sendo movimentada. Nós mesmos estamos comprando mais dos nossos fornecedores. Só um tipo de peixe, por exemplo, nós estamos comprando 20% a mais nessa temporada. Fora os outros produtos”, exemplifica Célio.

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Na loja de produtos indianos e artigos de praia Braga Vaguita, as vendas estão 50% maiores, estima o vendedor Carlos Leite. Com o aumento da demanda, o estabelecimento está abrindo uma hora mais cedo, às 8h para dar conta do movimento.

“Eu abro a loja e já tem gente aqui querendo comprar um biquíni, uma saída de praia. Antes não era assim, porque, como não tinha praia aqui, estava tudo destruído pela ressaca, só vinha na loja morador da cidade. Agora vem o povo que vai na praia”, compara Carlos, que diz ver as vendas aumentarem ainda mais nos dias de shows que integram o Verão Maior Paraná.

“Além de vir mais gente na loja, tem show toda hora. Antes do show vem bem mais gente comprar, principalmente de manhã, gente querendo comprar uma roupa nova para o show”, afirma Carlos. Ele diz que também tem percebido bastante público de outros estados, em especial Mato Grosso do Sul e São Paulo, além do Interior do Paraná.

ORLA

Revitalização já chegou em 92,3%. Foto: Gabriel Rosa/AEN

EMPREGO – O movimento gerado pela revitalização da orla de Matinhos fez com que a loja de roupas Bom Sucesso contratasse três funcionários temporários a mais do que na temporada passada. E eles também ficarão mais tempo no trabalho. “Antes, a gente tinha que dispensar os temporários no máximo no fim de janeiro, quando a temporada esfriava. Esse ano vamos ficar com esse pessoal até março, ou seja, até o fim de fato da temporada”, explica o gerente Gabriel Calebe Nunes, 29 anos.

Segundo ele, as vendas da loja aumentaram 20% em relação ao último verão. E o motivo, aponta o gerente, é um só: o investimento do Governo do Estado feito no Litoral, não só com a obra da nova orla de Matinhos, mas também com diversas atrações. “Os turistas estão deixando de ir para Santa Catarina para vir para cá. E são famílias grandes. Isso porque, ao contrário de antes, agora a praia tem um encanto, lugar para caminhar, para levar a família. Com isso, o pessoal que vai para a praia acaba passando aqui na loja”, afirma o gerente.

A rotatividade do estoque da loja que Gabriel gerencia é outro indicativo de que a nova orla de Matinhos vem atraindo consumidores. O gerente explica que nas temporadas anteriores eram no máximo duas reposições gerais do estoque no mês de janeiro. Na temporada atual, já houve até quatro reposições, dependendo da mercadoria.

VENDA DE PEIXES – Outro lugar que registra aumento no número de funcionários temporários é o Mercado de Peixes de Matinhos. Em média, cada uma das 24 bancas trabalhava com duas pessoas. Nesse ano, a média é de quatro a cinco atendentes por barraca para dar conta da alta demanda, explica o diretor do mercado e presidente da Associação Amigos e Pescadores de Matinhos (APM), Lopes Fabiano Ramos, o Sapo.

“Está vindo mais gente na praia, e gente com maior poder aquisitivo. E a atração é a praia, que não tem mais ressaca. Esse ano, por exemplo, teve ressaca no Brasil inteiro. Aqui a ressaca agora não avançou nem 10 metros, sendo que antes batia aqui na nossa porta”, argumenta.

O diretor do mercado estima que o crescimento no movimento com toda a estrutura da nova orla chega a 60% nas barracas em relação ao ano passado. Só os bares e restaurantes, aponta ele, aumentaram em torno de 30% as compras de peixes e outros frutos do mar no local. “No começo da engorda da praia, o mercado estava vendendo cerca de 2,5 mil quilos de produtos por dia. Quando saiu a engorda, esse número aumentou para 3,5 mil kg. Agora em 2024 bateu em 7 mil kg por dia. E pelo jeito que está, deve bater 10 mil kg por dia na próxima temporada”, calcula.

ORLA

No Restaurante Mariscão, um dos mais tradicionais da cidade, com 37 anos, o faturamento cresceu cerca de 30%. Foto: Gabriel Rosa/AEN

ETAPAS – A fase inicial da obra, com orçamento de R$ 314,9 milhões, abrange serviços de engorda da faixa de areia por meio de aterro hidráulico; estruturas marítimas semirrígidas; canais de macrodrenagem e redes de microdrenagem e revitalização urbanística da orla marítima com o plantio de espécies nativas. As intervenções abrangem 6,3 quilômetros entre o Morro do Boi e o Balneário Flórida.

O projeto inclui melhorias na pavimentação asfáltica e recuperação de vias urbanas. O objetivo é minimizar os impactos gerados pela combinação do desequilíbrio de sedimentos, ocupações mal planejadas e fenômenos naturais, como chuvas fortes e ressacas que costumeiramente atingem o Litoral. Essa combinação vem destruindo e comprometendo boa parte da infraestrutura urbana, turística e de lazer em Matinhos.

Na segunda etapa, será recuperado o trecho de 1,7 quilômetro entre os balneários Flórida e Saint Etienne. Haverá, também, a instalação de novos equipamentos urbanos, como ciclovia, pista de caminhada e corrida, pista de acessibilidade e calçada.

Fonte: Governo PR

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PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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