O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) divulgou nesta quarta-feira (29) a maquete eletrônica da Ponte de Guaratuba, no Litoral do Estado. Ela é a versão aperfeiçoada e mais detalhada do projeto que já foi amplamente divulgado desde o lançamento do edital.
Essa chamada obra de arte especial vai ter ao todo 1.244 km de extensão. A concepção estaiada (com os cabos) adotada no canal de navegação foi definida após inúmeros estudos sobre o sistema, a fim de integrar a paisagem do meio ambiente e a engenharia.
De acordo com o engenheiro fiscal do DER/PR, Alexandre Castro Fernandes, o projeto engloba três grandes pontos: modelo ambientalmente correto, redução do custo operacional e de manutenção, e tecnologia superior aos sistemas similares em grandes vãos.
“A estrutura tem um plano central de cabos com duas colunas e sete estais. Com isso haverá aumento no aproveitamento visual tanto durante a travessia como nas praias, uma vez que a Baía de Guaratuba e a Prainha são áreas turísticas do Litoral do Paraná. Por qualquer meio de transporte o usuário poderá durante o trajeto contemplar a paisagem do entorno tanto do lado de dentro da Baía quanto das praias, incluindo a paisagem vegetal do Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange”, afirma.
Dos pontos favoráveis da proposta apresentada pelo consórcio que está tocando a obra, está a centralização dos cabos estaiados, que ficam suspensos do mastro até o tabuleiro. Fernandes explica que desta forma há um aumento da rigidez e redução da flutuação de tensões, garantindo que a fadiga, a oxidação e a manutenção diminuam com o tempo. “Essa redução se torna positiva para o órgão responsável pela operação, permitindo a destinação de recursos para outras áreas de infraestrutura do Estado”, complementa.
Outro fator importante está na tecnologia aplicada, que permite ainda a redução no prazo de execução. “A quantidade de estais, a altura do mastro e outros elementos permitem o uso de tensões maiores nos cabos e, no futuro, ancoragens mais simples para efetuar manutenção”, completa Fernandes.
OBRA – Os serviços da nova Ponte Guaratuba-Matinhos e seus acessos estão em andamento desde 27 de outubro, com a instalação do canteiro industrial e do canteiro administrativo, ao lado do ferry boat, na margem de Guaratuba. Essa etapa contempla dispositivos ambientais e de engenharia, que acontecem de forma simultânea, como a supressão vegetal e o manejo de fauna, tarefas que abrem os terrenos para construção dos canteiros.
Também estão em andamento a instalação dos tapumes; a execução dos novos acessos aos portos 1 e 2; e a execução das sondagens mistas e a trado. Os trabalhos estão correndo dentro do prazo para que seja cumprido o cronograma estipulado até a entrega da ponte.
O investimento total na obra é de R$ 386,9 milhões, com prazo de 24 meses para a execução. A estrutura terá quatro faixas de tráfego, duas faixas de segurança, barreiras rígidas em concreto, calçadas com ciclovia e guarda-corpo nas extremidades.
Assista o vídeo completo da maquete 3D da Ponte de Guaratuba:
Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná
Published
1 mês ago
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5 de maio de 2025
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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2.
Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.
O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor.
De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.
Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.
SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).
Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.
Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .
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