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Selo Clima Paraná: Estado certifica 132 organizações por ações sustentáveis em 2023

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O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), certificou 132 organizações com o Selo Clima Paraná, que reconhece empresas e instituições que, voluntariamente, medem, divulgam e adotam medidas para reduzir a pegada de carbono e combater as mudanças climáticas. A cerimônia de outorga foi nesta quinta-feira (9), durante o 6º Seminário Paranaense de Logística Reversa, promovido pela Federação das Indústrias do Paraná – Fiep, em Curitiba.

Nesta 9ª edição, o Selo Clima superou o recorde da edição anterior, quando foram certificadas 83 organizações. Pela primeira vez houve a inscrição e certificação de uma empresa enquadrada como Microempreendedor Individual (MEI). Também foram certificados municípios e órgão público. Neste ano, a metodologia de avaliação também incluiu critérios da agenda ESG (sigla em inglês para Meio Ambiente, Social e Governança).

Para o secretário do Desenvolvimento Sustável, Valdemar Bernardo Jorge, a edição de 2023 representa um momento histórico para o Selo Clima Paraná, sendo a primeira vez que a certificação ultrapassa o número de 100 inscritos. “O crescimento expressivo e contínuo da certificação revela o sucesso e a credibilidade do Selo Clima Paraná, que está se consolidando como uma referência nacional em matéria de certificação de ações sustentáveis”, afirmou.

Ele destaca que a procura pelo Selo Clima demonstra o crescente engajamento e a conscientização das organizações paranaenses com a agenda climática. “O fato de tantas empresas procurarem a certificação de modo voluntário mostra o quanto o setor produtivo está disposto a caminhar junto com o governo na conservação do meio ambiente”, enfatizou o secretário.

INDÚSTRIAS E AGROINDÚSTRIAS – As 132 organizações contempladas neste ano têm sedes distribuídas em 78 municípios do Estado. Curitiba foi a mais expressiva, contando com a participação de 75 empresas e instituições, seguida por Ponta Grossa, com 18, e Araucária, com 11.

O setor com o maior número de participantes foi o industrial, com 40 organizações. Também se destacam agroindústrias e cooperativas, com 16 empresas certificadas. A edição tem mais uma novidade: a inscrição de uma empresa enquadrada como Microempreendedor Individual (MEI), a TSCO – Eveline Trancoso, que trabalha com Impressão 3D em Curitiba desde 2020.

A empresária Eveline explica as ações que foram implementadas para a empresa ser certificada na Categoria C – Mercado Interno do Selo Clima. “Trocamos os filamentos ABS da impressão 3D pelos filamentos PLA que têm base vegetal e são mais sustentáveis”, contou ela. Além disso, a empresária realiza ações sociais na sua comunidade. “Adquirimos uma impressora 3D menor para que possamos levar às escolas e mostrar às crianças como é a tecnologia”, explicou Eveline.

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Com desburocratização, Paraná se destaca na produção de energia por PCHs e CGHs

PRÁTICAS – Entre as ações que poderiam ser elencadas pelas empresas para o recebimento da certificação estão, por exemplo, a utilização de fontes renováveis de energia e medidas compensatórias para a redução de gases de efeito estufa, para o eixo ambiental; implementação de programa de bolsa de estudos e contratação de pessoas em situação de vulnerabilidade, no eixo social; implantar programas internos para o desenvolvimento de novas tecnologias e de compliance, para o eixo de governança.

Quanto mais ações elencadas, maior a nota recebida. As ações foram analisadas a partir do grau de complexidade, e ponderadas pelo tamanho da organização, ou seja, pequeno, médio ou grande porte. A metodologia completa pode ser consultada no site Conexão Ambiental. As organizações que alcançaram nota superior a 11 foram contempladas com a categoria A, a mais alta certificação oferecida pelo prêmio, seguindo-se então para B, C e D, conforme a nota obtida.

VENCEDORA – Vencedora da Categoria A no mercado Externo, a montadora de veículos Renault Group foi uma das certificadas com o prêmio máximo do Selo Clima 2023. Gabriel José Bueno Telles, representante da empresa, elencou algumas das ações ESG na organização. “Hoje conseguimos suprir a energia de nossa fábrica com energia 100% solar e também temos a marca de aterro zero, desde 2016”.

Telles destaca também como a matriz francesa está solicitando ações de mitigação na sua filial brasileira. “Nossa matriz exige que façamos o acompanhamento e o controle da emissão de gases de efeito estufa. Desde o último ano, conseguimos uma redução de 15 a 20% nas emissões”, afirmou.

Entre as certificadas do Mercado Interno na Categoria A está o Sebrae Paraná. “Esse selo é muito importante para reconhecer e disseminar as boas práticas em ESG, como estamos fazendo no Sebrae”, afirmou Cesar Rissete, diretor da entidade.

Ele apontou como o Sebrae procura inspirar as empresas por meio das ações implementadas na sede da organização. “Atualmente, nosso prédio tem processo de reúso de água e uso de energia renovável. Realizamos ações de educação com os colaboradores para coleta seletiva. Levamos esse conhecimento às empresas que atendemos”, afirmou o diretor.

VALORIZAÇÃO DA MARCA – As categorias Mercado Interno e Mercado Externo poderiam ser escolhidas no momento da inscrição. A modalidade Mercado Externo exige documentos obrigatórios como a Declaração de Verificação, emitida por parte independente, atribuindo maior credibilidade e reconhecimento desta modalidade. O que também ajuda na divulgação da marca no mercado exterior.

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Matheus Bueno Patrício, coordenador de Ação Climática da Sedest, afirma que as empresas estão buscando um reconhecimento estatal para as ações ESG, e muitas optam pela categoria Mercado Externo. “Temos procurado as empresas para saber como elas estão utilizando o selo para divulgação da sua própria marca e descobrimos que elas divulgam essa certificação nas bolsas de valores internacionais”, explica.

MUNICÍPIOS E ÓRGÃOS PÚBLICOS – A certificação, contudo, não é restrita às empresas privadas. Cinco municípios receberam o selo: Maringá, Paranaguá, Quatro Barras, Serranópolis do Iguaçu e Cianorte.

Além disso, entes públicos também participaram, como é o caso do Tribunal Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que recebeu a Categoria A no Mercado Interno. O presidente do órgão, desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura, destacou a importância do poder público aderir à agenda ESG promovida pelo Selo Clima PR.

“Os gestores públicos devem se preocupar com o futuro. Hoje os fóruns eleitorais do Paraná são atendidos por energia fotovoltaica, que é uma das formas que o TRE-PR tem de demonstrar essa preocupação”.

SEMINÁRIO – No Seminário Paranaense de Logística Reversa, a Sedest participou de diversos painéis nos quais apresentou a visão e os programas do Governo do Estado na temática ambiental. Matheus Bueno Patrício, coordenador de Ação Climática da Sedest, falou sobre as ações do Estado em ESG, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Gabriel Schuhli, diretor de Economia Sustentável, e Victor Fucci, chefe de Divisão de Resíduos Sólidos e Logística Reversa, apresentaram as oportunidades e os desafios do Paraná para a implantação de uma economia verdadeiramente circular, na qual haja o menor desperdício possível de materiais.

Schuhli destacou a importância do seminário como espaço de diálogo entre o setor produtivo, o governo e a sociedade para a busca de soluções de logística reversa. “A agenda ambiental entrou na indústria e a discussão vem amadurecendo. Hoje não temos uma disputa entre quem quer produzir e quem quer preservar, mas um diálogo que traz a conciliação entre as diversas partes que estão interessadas pelo tema”, concluiu.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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