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Regulamentada pelo IAT, exploração de recursos minerais se destaca na Grande Curitiba

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Por causa da forte diversidade geológica e do alto poder de consumo, a Região Metropolitana de Curitiba se destaca na exploração mineral no Paraná. Rio Branco do Sul, Almirante Tamandaré, Campo Largo, Adrianópolis, Cerro Azul, Araucária e Quitandinha, juntos, respondem por cerca de 50% da economia do setor no Estado, que movimentou R$ 1,5 bilhão em 2021 (último dado disponível) com base na arrecadação da Contribuição Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) – imposto pago pelos mineradores e destinado aos municípios produtores e afetados pela mineração.

De acordo com dados do Departamento de Geologia do Instituto Água e Terra (IAT), órgão responsável pela fiscalização e regulamentação da atividade com a intenção de evitar danos ao meio ambiente, o Estado se destaca, especialmente, pela extração de minérios não metálicos para a produção de bens para a construção civil como areia, brita, cimento e cal. São aproximadamente 500 empresas, com polos de exploração em 183 municípios. A produção total foi de 61 milhões de toneladas de minérios em 2021, um aumento de 8,5% em relação a 2020, quando a operação fechou em 56,3 milhões de toneladas.

“Essa quantidade em toneladas é bastante significativa, superior à produção agrícola de grãos no mesmo período”, afirma o geólogo do IAT, Marcos Vitor Fabro Dias. “O Paraná produz hoje 12% do cimento de todo o Brasil, o que corresponde a 8 milhões de toneladas, mas consome 7,4% do cimento nacional, evidenciando a alta demanda da sociedade por serviços de construção civil”, acrescenta.

Rio Branco do Sul, por exemplo, é o município paranaense que mais arrecada com a atividade mineral. Por causa da extração de calcário para a fabricação de cimento, responde por 16% de toda a CFEM. A cidade possui uma das três indústrias cimenteiras do Estado e, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 49% do Produto Interno Bruto (PIB) do município vem do setor industrial.

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Na sequência, também em razão das cimenteiras, aparecem Campo Largo e Adrianópolis, com 13% e 4,4% da arrecadação, respectivamente.

Almirante Tamandaré é outro expoente da extração de calcário no Paraná, com 5% do total da CFEM. No município, o minério é aplicado na produção de corretivos agrícolas usados para diminuir a acidez do solo e para a produção de cal. Cerro Azul, por sua vez, se sobressai na produção de fluorita para fins industriais – o município contribuiu com 3,4% da CFEM.

Ainda na área dos corretivos, mas desta vez nos Campos Gerais, a mineração de talco foi outro destaque, com forte presença em Ponta Grossa (2,6%) e Castro (2,5%). Já a extração de carvão mineral tem como polo Figueira, pequena cidade no Norte Pioneiro do Paraná, com 6,6% da arrecadação. 

OUTROS MINÉRIOS – Algumas cidades do Paraná se destacam pela exploração de outros tipos de recursos minerais. Em relação à arrecadação de royalties pela extração de combustíveis como petróleo e gás, feita com base em uma legislação diferente da CFEM, a maior parte do valor é destinada aos municípios que possuem equipamentos de embarque e desembarque das substâncias. Araucária, responsável por refinar 10% do petróleo nacional, é a principal beneficiada nessa área, recebendo 73% dos royalties pagos em 2022, cerca de R$ 68,5 milhões.

Com relação à extração de minérios energéticos, o foco fica em dois municípios: São Mateus do Sul, na região Sul, que recebeu R$ 3,1 milhões pela exploração do xisto, e Pitanga, na região Central do Estado, que movimentou R$ 300 mil pela extração de 4.125.000 metros cúbicos de gás natural.

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A produção de água mineral é outra atividade com forte presença no Paraná. Hoje, 32 empresas de 28 municípios exploram a substância, seja para consumo pessoal, uso industrial ou turismo. Em 2022, foram produzidos mais de 346 milhões de litros, com destaque para Quitandinha, também na Grande Curitiba, que ficou com 33,1% do valor arrecadado pela CFEM, Toledo (Região Oeste), com 14,5%, e Foz do Iguaçu (também no Oeste), com 9,3%.

MEIO AMBIENTE – A atividade mineral é regulamentada e fiscalizada pelo Instituto Água e Terra por meio de um rigoroso processo de licenciamento ambiental, que inclui a exigência de estudos ambientais antes da execução do empreendimento, a delimitação das áreas de extração para evitar intervenções em corpos d’água e Áreas de Preservação Permanente (APP) e o estabelecimento de medidas de segurança para reduzir o risco de contaminações durante o descarte de resíduos oriundos da mineração.

“A extração de minérios no Brasil é regulada pela Agência Nacional de Mineração (ANM), que é a responsável por fazer a concessão das terras para a atividade. No entanto, esse documento só é emitido se o proprietário estiver com o licenciamento ambiental em ordem, um procedimento que é aplicado no Paraná pelo IAT. É o nosso órgão quem estipula algumas das exigências para reduzir o impacto ambiental da mineração”, explica Dias.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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