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Estado apoia produtores rurais de leite a expandir estratégias de mercado

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Representantes da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, do IDR-Paraná e da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) participaram nesta terça-feira (10) de uma audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir formas de ajudar os pequenos produtores de leite do Estado a garantirem melhor qualidade no produto e cumprirem as exigências das instruções normativas 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A convocação foi da Frente Parlamentar de Apoio à Cadeia Produtiva do Leite.

As instruções ministeriais tratam das características de excelência que o leite deve ter tanto na produção quanto na indústria. Elas estabelecem, ainda, critérios e procedimentos para a organização da propriedade, instalações e equipamentos produtivos, e para o acondicionamento, conservação, transporte, seleção e recepção do leite em estabelecimentos registrados no serviço de inspeção oficial. Tratam igualmente da formação e capacitação dos fornecedores de leite. As normas começaram a vigorar em junho e, até o mês de outubro, os produtores precisam se adequar a elas.

“A Secretaria tem preocupação também com essa cadeia do leite, em função da amplitude e importância econômica e social”, disse o diretor técnico da Seab, Rubens Ernesto Niederheitmann. Ele destacou que a Secretaria, o IDR e a Adapar estão trabalhando de forma coordenada para levar informações precisas e de forma massiva aos produtores sobre as instruções normativas. Ao mesmo tempo, os órgãos têm realizado eventos técnicos para repassar conhecimentos sobretudo em relação à higienização das instalações, dos animais e da ordenha.

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento vai promover, ainda, uma parceria com os laticínios para identificar os produtores mais vulneráveis e definir estratégias de intervenção para que nenhum deles abandone a atividade, em função das exigências. “É importante estabelecer parcerias com o setor privado nas áreas de capacitação e de assistência técnica para ampliar o número de produtores atendidos”, afirmou o diretor. “Neste momento, nossa preocupação é dar todo o suporte necessário para reduzir o impacto que as novas regras podem trazer”.

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O presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza, destacou que uma das preocupações do instituto é que produtores sejam excluídos do processo caso encontrem dificuldades para atender as exigências. “Por isso estamos ajustando com a Secretaria uma pauta de como podemos ajudar”, disse. Ele reforçou que a visão dos órgãos de agricultura do Estado está voltada também para uma autossuficiência de leite, o que inevitavelmente levará à necessidade de ampliação da exportação. “Para isso precisamos de qualidade”, salientou.

O presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, disse que uma das medidas que serão tomadas é a realização de um cadastro de produtores no Estado. Será realizada, em novembro, a comprovação do rebanho estadual, oportunidade em que se levantará também o número de produtores de gado de leite e de corte. “Vamos ter esse número com clareza”, afirmou.

Os deputados estaduais pretendem reunir as conclusões dessa e de outras reuniões em um documento. Entre os pedidos estão prorrogação do início efetivo de vigência das Instruções Normativas, desburocratização do crédito rural e aprovação de financiamento para o pequeno produtor (Pronaf) sem a exigência de hipoteca, aumento da oferta de assistência técnica, maior confiabilidade da energia elétrica no meio rural e melhoria das estradas rurais e da infraestrutura de transporte.

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CADEIA DO LEITE – Outros assuntos discutidos foram a queda do preço do leite pago aos produtores, os custos elevados de produção e a importação de lácteos. Recentemente o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) aprovou o aumento do Imposto de Importação de 12,8% para 18% pelo período de um ano para três produtos lácteos para países de fora do Mercosul. A medida, segundo o governo federal, já representou uma diminuição de importação de 25% destes países. 

O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, disse que o governo estadual mantém contato frequente com a União em defesa dos produtores locais. “O Estado tem incentivado, orientado e trabalhado a questão do processamento de pequenas propriedades rurais na produção de derivados. O problema é que mais de 90% das importações – uma das causas da baixa de preços – provêm da Argentina e do Uruguai. Nós temos dificuldades políticas de tomar medidas mais duras. Mas continuamos trabalhando em prol do setor”, disse.

PRESENÇAS – Participaram do evento os deputados estaduais Wilmar Reichembach, coordenador da Frente, Anibelli Neto, Luciana Rafagnin, Professor Lemos e Arilson Chiorato; o procurador de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior Neto; o presidente da Associação dos Municípios do Paraná, Edimar Aparecido Pereira dos Santos; o superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab-PR), Walmor Bordinvários; o presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Ronei Volpi; além de prefeitos e representantes de entidades ligadas à agricultura familiar.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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