NOVA AURORA

PARANÁ

Mulheres privadas de liberdade em Londrina produzem e-book

Publicado em

A produção literária das mulheres privadas de liberdade (PPL’s) da Cadeia Pública Feminina de Londrina resultou na publicação de mais um livro. Disponível para download gratuito, o e-book “Uma vontade enorme de gritar” é resultado da coleção de textos escritos durante a oficina de criação literária para mulheres “Escrita e cura”, estruturada pela escritora, jornalista londrinense e doutora em Letras, Layse Barnabé de Moraes, e patrocinada pelo Programa Municipal de Incentivo à Cultura em Londrina (Promic)

Layse explica que há anos ministra esse tipo de oficina literária e que, neste ano, os encontros aconteceram em quatro locais da cidade. No entanto, a experiência impactante e o volume de textos produzidos na unidade penal fizeram com que o livro se desse exclusivamente com textos escritos por mulheres privadas de liberdade.

“A intenção é sempre que as palavras surjam do universo íntimo de cada uma, não necessariamente feitas de fatos autobiográficos. Entre o real, a memória e o que irrompe enquanto literatura, há processo criativo e, afinal, travessia”, destaca.

As oficinas foram realizadas com um grupo de 30 detentas, em seis encontros com duração de três horas cada. Foram apresentados textos literários de inspiração, realizados exercícios de criação, compartilhadas escritas e elaboradas reflexões sobre o processo criativo.

Layse explica que o e-book é uma resposta possível para outro modo de lidar com as histórias reais e inventadas. “O silêncio é quebrado e o grito se faz palavra. E as palavras não são pouca coisa”, complementa.

Leia Também:  Turismo prorroga edital de seleção de produtos e serviços para materiais promocionais

Em um dos trechos do e-book, a autora I (como é identificada) descreve: “Hoje a escrita não é somente uma arma, ela é meu escudo”.

A gestora da Cadeia Pública Feminina de Londrina, Soraya Ursi, esclarece que a unidade busca apoiar todos os processos de acesso à cultura, visando proporcionar o acesso à educação e a ascensão do currículo escolar no período de privação de liberdade. “Foi uma oportunidade para essas mulheres terem acesso a obras literárias muito fortes e isso gera dentro da unidade, no convívio entre elas, dentro da sala de aula, todo um movimento que vai muito além dos encontros realizados pelo projeto”, ressalta.

Há perspectivas de estender o projeto ao próximo ano letivo, ampliando seu alcance. Esse é o terceiro livro produzido com as mulheres da Cadeia Pública Feminina de Londrina. Os outros títulos, “Encarceradas” e “Amor Bandido”, foram elaborados a partir de relatos de vida das detentas, com incentivo da Vara de Execução Penal da região, podem ser adquiridos em formato físico ou digital pelo site da editora CRV.

Leia Também:  DER-PR divulga novos trechos de estradas afetados pelas chuvas

EDUCAÇÃO É DIREITO – Quase 8 mil detentos do Paraná fazem alguma atividade educacional, o que corresponde a cerca de 36% da população prisional adulta. Todas as 33 unidades penais do Estado possuem salas de aula, bibliotecas e professores da rede estadual de ensino. Elas estão vinculadas a nove Centros Estaduais de Educação Básica para Jovens e Adultos que cuidam da vida escolar dos presos.

“A oferta da educação no sistema prisional é um direito garantido por lei. A Secretaria de Estado da Educação oferta o ensino dos anos iniciais do ensino fundamental até a possibilidade de ingresso no ensino superior. Em muitos casos, é o primeiro contato com a escolarização de determinadas pessoas que estão privadas de liberdade. As detentas não são obrigadas a estudar, mas se quiserem, podem, porque o Estado proporciona essa possibilidade”, afirma o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

De acordo com a pedagoga da Cadeia Pública Feminina de Londrina, Polyane Primo, os projetos de ensino e ações estimulam expressões culturais e são sempre bem-vindos. “Entendemos que a educação e a cultura são os meios mais eficazes para a reintegração social de pessoas privadas de liberdade, de forma digna, responsável e, principalmente, com uma nova lente para ler o mundo. E esse projeto literário representa exatamente isso”, explica.

Acesse o e-book AQUI .

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Municípios já podem aderir ao incentivo de R$ 159 milhões para crianças e adolescentes

Published

on

By

Os municípios Paraná já podem formalizar a adesão ao incentivo financeiro do Governo do Estado que destina R$ 159 milhões para ações de fortalecimento da Política da Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes em todo o Paraná. O repasse foi liberado no início do mês pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Os recursos, oriundos do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), deliberados pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA-PR) e administrados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), serão repassados na modalidade fundo a fundo e poderão ser usados de maneira autônoma pelas cidades.

“Este é um momento importante para que cada município possa atender às suas necessidades específicas, de acordo com a realidade local. Estamos dando um passo significativo na construção de políticas públicas voltadas para nossas crianças e adolescentes”, afirma o secretário estadual do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.

Leia Também:  Portos do Paraná ganha prêmio nos EUA por relacionamento com a comunidade

Os valores poderão ser utilizados em materiais de consumo, pedagógico e esportivo, materiais de higiene e limpeza, artesanato e recreação, além do desenvolvimento de materiais de áudio, vídeo e foto, despesas com impressão de materiais gráficos, alimentos perecíveis e não-perecíveis, veículo e móveis.

Os termos de adesão devem ser preenchidos pelos municípios nos próximos dias através do Sistema de Acompanhamento do Cofinanciamento Estadual Fundo a Fundo (SIFF). As orientações sobre o incentivo estão na Deliberação 013/2025-CEDCA/PR. O documento traz detalhes, como prazos, itens de despesas e valores destinados para cada município.

Carboni ressalta a importância da regularização de saldos encerrados e da prestação de contas. “É fundamental que os prefeitos estejam atentos a essas questões para garantir a aptidão em novas adesões e o encerramento adequado do processo”, destaca.

O secretário orienta os prefeitos a tomarem algumas ações. “Caso identifiquem pendências ou saldos, é necessário enviar um e-mail para duvidassiff@sedef.pr.gov.br, solicitando as orientações necessárias. Além disso, é essencial manter os extratos bancários atualizados mensalmente no SIFF”, explica.

Cada município receberá, no mínimo, R$ 250 mil. Do total dos recursos disponíveis, dois municípios vão receber R$ 250 mil; 246 cidades receberão entre R$ 300 mil e R$ 400 mil; 137 devem receber entre R$ 400 mil e R$ 500 mil; 12 vão receber entre R$ 600 mil e R$ 700 mil; um município receberá R$ 800 mil; e Curitiba, devido ao porte, receberá R$ 1,5 milhão.

Leia Também:  Governador participa da inauguração de PCH que pode atender 25 mil residências

REQUISITOS – Todas as cidades paranaenses estão elegíveis para receberem os recursos, desde que tenham realizado sua adesão e desenvolvam projetos e programas seguindo os eixos da garantia de direitos, como vida e saúde; respeito à dignidade; convivência familiar e comunitária; educação, cultura, esporte e lazer; profissionalização; e fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA