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Governo, universidades e sociedade discutem Plano Nacional da Pós-Graduação

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Representantes dos governos federal e estadual, das universidades, sociedade civil organizada e do setor produtivo se reuniram nesta terça-feira (19), na Fundação Araucária, em Curitiba, para discutir as áreas prioritárias de investimento para o novo Plano Nacional da Pós-Graduação (PNPG).

O evento, conduzido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Fundação Araucária, levantou os principais temas relacionados à formação de mestres, doutores e pesquisadores em pós-doutorado, levando em consideração a combinação das vocações locais com as necessidades estratégicas estaduais de desenvolvimento para os próximos 10 anos. 

Segundo a coordenadora-geral do Portal de Periódicos da Capes, Andrea Vieira, esta é a primeira vez que há a participação em nível estadual para a construção do Plano Nacional da Pós-graduação, e todo este trabalho realizado nos estados estará disponível para consulta pública em outubro.

“Para esta versão 2024-2028, a Capes resolveu estreitar o diálogo com as 27 Fundações de Amparo à Pesquisa e está, conjuntamente, construindo uma agenda de formação de pessoal, mestrado e doutorado, olhando em nível estadual quais as potencialidades que este estado tem e o que é de interesse do estado para avançar e desenvolver cada vez mais”, explica a coordenadora. 

O Brasil tem mais de 5 mil programas no Sistema Nacional da Pós-graduação e, com o sistema consolidado, pretende-se, por exemplo, filtrar quais cursos são prioritários para também ser desenvolvida a parte da indústria no Estado. “Nós queremos avançar não apenas na área acadêmica, por isso neste evento temos representantes do setor produtivo também, para termos uma visão mais global e alcançar as potencialidades de cada Estado”, afirma.

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A assessora técnica da Fundação Araucária Débora Santana explica que um dos papéis das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa é fazer a interlocução e mobilização dos atores locais. 

“Trata-se de uma iniciativa estratégica, uma vez que o Plano Nacional de Pós-graduação é uma peça fundamental para a atuação do governo federal, pois suas proposições devem se traduzir em políticas públicas efetivas que resultem em melhorias contínuas do Sistema Nacional de Pós-graduação, tanto em termos de sua oferta qualificada para formação de mestres e doutores quanto em termos de sua contribuição para o desenvolvimento científico e tecnológico do País”, destaca Débora. 

O Novo Plano Nacional da Pós-graduação deve ser publicado em fevereiro de 2024, já pronto para ser implementado. “Queremos ter um plano mais próximo da realidade dos estados. Estas oficinas acontecem em um formato bem democrático que mostra que a Capes sempre está disposta a ouvir a comunidade, que é uma instituição parceira”, comenta o analista de Ciência e Tecnologia da Capes, Manoel Cardoso.

Entre os principais temas levantados como prioritários para o Paraná na oficina realizada nesta terça-feira (18) estão: saúde, biotecnologia, agricultura e agronegócio, cidades inteligentes, desenvolvimento sustentável regional e transformação digital. 

“Muitos dos temas discutidos aqui já são considerados prioridades no Estado do Paraná. Tudo isso vai direcionar muito o fomento de alto nível da pós-graduação, principalmente vai direcionar adequadamente as nossas bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado”, ressalta o gerente de Projetos a Fundação Araucária, Nilceu Deitos.

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Em outubro toda a documentação levantada pela comissão do Plano Nacional da Pós-Graduação da Capes estará disponível para consulta pública para que toda a sociedade tenha acesso e também participe com suas sugestões.

“Importante pensar além das estratégias para a formação, como também formas de fixação destes doutores no Estado. Em momentos como hoje, pensamos ainda mais na nossa relação acadêmica com o setor produtivo e, por isso, temos discutido o setor acadêmico como produtivo-acadêmico pois queremos fazer uma integração dos dois”, observa o coordenador de Ensino Superior, Pesquisa e Extensão da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Fabiano Gonçalves Costa.

SOBRE O PNPG – O Plano Nacional de Pós-Graduação é um instrumento de planejamento de políticas públicas para o desenvolvimento do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). O processo de construção do novo PNPG iniciou-se com a Comissão Especial que vem se dedicando a fazer um amplo diagnóstico e à proposição de recomendações.

Em uma segunda etapa, a Capes analisa os subsídios dessa Comissão para construir o plano com seus componentes estratégicos (diretrizes, objetivos, metas, estratégias e indicadores de monitoramento) ao mesmo tempo em que dialoga com os estados para a construção da Agenda Nacional de Formação de Recursos Humanos de Alto Nível e prospecção de inovações na pós-graduação.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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