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Polícia Científica do Paraná já colaborou com 94 investigações em sistema de match balístico

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A Seção de Balística Forense da Polícia Científica do Paraná  já confirmou mais de 94 “matchs” (compatibilidades) entre provas encontradas no local do crime e os projéteis e estojos provenientes de armas de fogo relacionadas às ocorrências. O dado, contabilizado desde o início da implantação do Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em 2022, corresponde a 14% dos 670 “matchs” do País.

O processo de elucidação de um crime começa na coleta de projéteis e estojos deflagrados no local do ocorrido. A partir disso, o material passa por análise microscópica. As informações coletadas nesta etapa são enviadas pelos peritos para o Banco Nacional de Perfis Balísticos, plataforma que permite o confronto com amostras de outras localidades do Brasil.

Após o envio, o sistema sugere de 20 a 50 registros anteriores que possam ter similaridades com as amostras dos materiais coletados. Com isso, os peritos têm a possibilidade de direcionar os esforços para examinar aqueles com maior potencial de resultar em um “match”.

O perito criminal da Seção de Balística Forense e administrador estadual do Sinab, Francisco da Silva Martins, afirma que o equipamento utilizado para o processo de análise microscópica, o IBIS TRAX HD3D, não dispensa a participação de pessoal capacitado. “É um aparelho que exige a análise prévia do material recolhido em local do crime ou necropsia e de exames especializados em microscópios comparadores. Só esses exames podem confirmar as informações produzidas pela máquina”, diz.

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Caso uma das sugestões levantadas pelo sistema gere confronto positivo, os peritos fazem novo exame microscópico da amostra coletada no local do crime a fim de confirmar o “match” entre ela e o registro. A partir disso, é possível a produção de um laudo que é enviado para a polícia judiciária.

“A atuação da Polícia Científica deixa de ser reativa, ou seja, dependente da solicitação da Polícia Civil em uma investigação, passando a ter uma atuação muito mais ativa”, afirma Martins.

Atualmente, a Polícia Científica conta hoje com dois equipamentos IBIS TRAX HD3D. Um deles foi cedido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e o outro foi adquirido através de investimento de R$ 3,5 milhões pelo Governo do Estado.

Um outro aparelho, um microscópio de comparação balística, modelo Vision X, foi adquirido pelo Estado por R$ 1,6 milhão e já está em operação há um ano. Ele é capaz de importar as imagens do Sinab, auxiliando na comparação posterior do material e facilitando a confirmação dos “matchs”. 

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COMITÊ – Martins e o perito criminal Rafael Araújo da Silva são os dois paranaenses convidados para integrar e representar a Região Sul do Brasil no Comitê Gestor do Sinab até o final de 2023. Eles também fizeram parte do grupo técnico que atuou no planejamento do Sistema, ação que resultou no convite.

“Participar do Comitê Gestor nos dá a oportunidade de conversar com os peritos de outros estados e discutir as melhores práticas, criando assim um padrão para todas as instituições. Como o Paraná participa desde o começo, acaba se tornando uma referência de boas práticas”, disse Silva. 

PIONEIRO – Além de atuar no planejamento e integrar o Comitê Gestor, o Paraná também foi o primeiro estado do Brasil a obter um “match” e auxiliar na elucidação de crimes de homicídio cometidos com armas de fogo, através da análise de projéteis e estojos coletados nos locais de crime ou em armas incriminadas. Em abril de 2022 os peritos da Polícia Científica do Paraná localizaram o primeiro “match” do País, correlacionando armas e munições usadas nos crimes ocorridos em Curitiba.

Fonte: Governo PR

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Escola Mais Bonita: unidades indígenas estaduais receberam mais de R$ 3 milhões neste ano

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Neste 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) celebra a marca de R$ 3 milhões destinados à infraestrutura das escolas indígenas desde o início do ano. Os recursos foram repassados por meio do programa Escola Mais Bonita, viabilizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar).

Desenvolvido pela Seed-PR, o Escola Mais Bonita atende às demandas de escolas estaduais do Paraná por serviços e reformas emergenciais, assim como para adequação de ambientes físicos à legislação vigente. A iniciativa também contempla instituições que necessitam de pequenos reparos ou manutenções. Ao todo, R$ 3,185 milhões já foram destinados às escolas indígenas em 2025.

“O modelo do projeto Escola Mais Bonita permite aos diretores definirem prioridades de acordo com as necessidades específicas das escolas, o que torna a gestão dos recursos mais eficiente”, destaca a diretora-presidente do Fundepar, Eliane Teruel Carmona.

A rede estadual de educação do Paraná conta com 40 escolas indígenas que atendem cerca de 5,5 mil estudantes das etnias Kaingang, Guarani, Xokleng e Xetá. As instituições estão vinculadas à Seed-PR e cabe ao Fundepar a coordenação das obras de construção, reforma e ampliação.

Conforme o secretário de Estado da Educação do Paraná, Roni Miranda, os investimentos em infraestrutura beneficiam diretamente o processo de ensino-aprendizagem.

“Mais do que ações de reforma e melhoria, o programa Escola Mais Bonita é uma iniciativa de apoio à educação e à aprendizagem dos estudantes, especialmente no contexto particular das escolas indígenas. Se hoje temos, de acordo com o Ideb, a melhor educação do Brasil, é porque investimos para garantir uma estrutura de ponta nas escolas estaduais do Paraná”, afirma.

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MELHORIAS – O Governo do Estado ainda investiu outros R$ 8,6 milhões em obras de melhorias em oito escolas indígenas desde 2023.

Em março, por exemplo, foi concluída a instalação de 12 novas salas na Escola Estadual Indígena Mbyja Porã, em Guaíra, Oeste do Estado. As novas salas foram construídas no modelo de Ecoconstrução em wood frame, e substituíram as antigas salas de madeira. O investimento do Fundepar na modernização foi de R$ 2,7 milhões.

Sustentáveis e de execução mais eficiente, as construções em wood frame utilizam peças de madeira pré-fabricadas que, por serem leves, permitem montagem ágil mesmo em condições climáticas adversas.

ESCOLAS INDÍGENAS – As escolas indígenas da rede estadual de ensino têm normas, pedagogia e funcionamento próprios, que respeitam a especificidade étnico-cultural de cada comunidade. Os estudantes têm direito a ensino intercultural e bilíngue – com aulas da língua indígena e de língua portuguesa – desde o início da jornada escolar.

O Novo Ensino Médio no Paraná, estabelecido em 2022, também prevê componentes curriculares específicos para a matriz curricular dos colégios indígenas. Além dos componentes curriculares previstos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os estudantes indígenas cursam Projeto de Vida e Bem Viver, Informática Básica e Robótica e Laboratório de Escrita e Produção Audiovisual. Ainda foram incluídos à grade curricular componentes como filosofia indígena e cultura corporal indígena.

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A Seed-PR também promove a inserção de conteúdos e práticas pedagógicas que celebram a valorização da cultura destes povos em todas as escolas da rede estadual. Por meio do trabalho de equipes multidisciplinares, a secretaria implementou a Lei 11.645, de 10 de março de 2018, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura indígenas em todos os níveis de ensino.

DIA DOS POVOS INDÍGENAS – No Brasil, o Dia dos Povos Indígenas foi criado em 1943, durante o governo Getúlio Vargas. Originalmente, a data chamava-se Dia do Índio e a denominação só foi alterada para Dia dos Povos Indígenas em 2022.

A data foi escolhida por conta da realização do Congresso Indigenista Interamericano, em 19 de abril de 1940, no México. A celebração visa reconhecer a diversidade das culturas dos povos originários, explicitar o valor dos povos indígenas para a sociedade brasileira, e defender o direito dos povos indígenas de manter e fortalecer suas identidades, línguas e religiões.

Fonte: Governo PR

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