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Novo projeto leva palestras e reflexão a jovens que cumprem medida socioeducativa

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O Núcleo Estadual de Políticas Sobre Drogas (NEPSD) da Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp) lançou o projeto Encontros e (10)Encontros, nesta quinta-feira (13) – data de comemoração dos 33 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. O objetivo é proporcionar aos jovens em cumprimento de medida socioeducativa reflexões sobre o uso de drogas por meio de palestras e bate-papos nos Centros de Socioeducação do Estado.

O projeto, criado em parceria com a Coordenação de Gestão do Sistema Socioeducativo (CGS) da Secretaria da Justiça e Cidadania (Seju), vai promover palestras e rodas de conversa sobre temas como os danos causados pelo uso de drogas, família, maternidade e paternidade responsável, desafios da adolescência e esporte, entre outros.

“É uma forma mais contundente de mostrar que o jovem tem escolha e que isso depende de conhecimento, vontade e oportunidade”, disse o coordenador em exercício do NEPSD, Robison de Castro.

A ideia é atingir, ao longo de oito meses, os 395 adolescentes que cumprem medida socioeducativa de privação ou restrição de liberdade no Paraná, assim como seus familiares e os profissionais que atuam nos Centros de Socioeducação e Casas de Semiliberdade (Cense).

Um dos intuitos é combater o uso de drogas e também evitar o aliciamento desses adolescentes pelas organizações criminosas para trabalhar no tráfico de entorpecentes.

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“Esses encontros são importantes para conscientizá-los sobre os impactos do uso e abuso de álcool e outras drogas, pois acabam sendo indutoras de violência e, muitas vezes, estão relacionadas com as práticas infracionais”, disse o secretário da Justiça e Cidadania, Santin Roveda.

“Nosso principal objetivo com esse trabalho é que eles tenham acesso a conteúdos que os auxiliem na conquista de autonomia, viabilizando novas formas de interação com o meio social”, explicou Roveda.

As palestras ocorrerão em todas as unidades de Socioeducação do Paraná. A cada mês, uma receberá o evento presencialmente e as demais vão acompanhar de forma remota, por videoconferência. Após os encontros, os adolescentes poderão participar de um bate-papo para esclarecer dúvidas e compartilhar suas reflexões sobre o tema.

“Esse ciclo de palestras vem conversar com a realidade dos adolescentes e trazer a eles reflexões sobre as temáticas que envolvem o seu dia a dia e como eles podem, através de experiências, de relatos, superar as condições de vulnerabilidade em que se encontram”, ressaltou o diretor do Cense Fazenda Rio Grande, Alex Sandro da Silva.

ABERTURA – O primeiro encontro do projeto ocorreu nesta quinta-feira (13) no Cense de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, com transmissão ao vivo para as demais unidades do Cense no Paraná. A palestra “Futuro e Potencialidades” foi conduzida pelo presidente estadual da CUFA Paraná (Central Única das Favelas), José Jardim.

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De acordo com o diretor do Cense Fazenda Rio Grande, os adolescentes se interessaram e se engajaram com o tema.

“O José Jardim apresentou a eles a realidade de onde ele vem e o trabalho que ele realiza nas favelas. Isso gerou bastante curiosidade, os meninos e meninas fizeram várias perguntas sobre questões como empreendedorismo, como é a atuação dele na favela para ajudar as pessoas que vivem lá, como ele lida com questões de preconceito contra pessoas que foram privadas de liberdade”, destacou Alex Sandro da Silva.

Para o presidente da CUFA Paraná, essa foi uma oportunidade para entender melhor a realidade dos jovens em cumprimento de medida socioeducativa.

“Eu vim para compartilhar um pouco de experiência, dos meus estudos e vivências, porém senti que o encontro foi além disso, pois foi um momento de troca de saberes, ideias e pensamentos. Saio feliz por ter vivenciado essa troca e poder entender uma realidade que, muitas vezes, é ofuscada na nossa sociedade”, disse Jardim.

PROGRAMAÇÃO – Mais palestras estão agendadas para os próximos meses. A próxima acontecerá em agosto no Cense de Maringá com o tema “Redução de Danos Sociais e Saúde”, ministrada por Fábio Orsini, do Conselho Regional de Psicologia.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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