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Um ano da guerra: Governo do Paraná já acolheu 12 cientistas ucranianos

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A invasão russa na Ucrânia completa um ano nesta sexta-feira (24) com um legado de imagens de bombardeios, prédios destruídos e mais de 40 mil mortos. Ao mesmo tempo diversas iniciativas globais foram criadas para dar esperança à população local diante da crise humanitária. Uma delas é promovida pelo Governo do Paraná, estado com o maior número de descendentes ucranianos no Brasil.

O Programa de Acolhida aos Cientistas Ucranianos, idealizado por meio da Fundação Araucária e com o apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, já recebeu 12 pesquisadores e suas famílias. São vidas e histórias salvas da guerra. Essas pessoas encontraram no Estado a oportunidade de um recomeço atuando em parceria com cientistas brasileiros em universidades estaduais, no Instituto Federal do Paraná (IFPR), na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Os cientistas que possuem mais de cinco anos de experiência em pesquisa (Bolsa Pesquisador Visitante Especial 1) recebem a bolsa mensal de R$ 10 mil e os que possuem menos de cinco anos de experiência (Bolsa Pesquisador Visitante Especial 2) recebem R$ 5.500. O programa ainda conta com auxílio complementar de R$ 1.000,00 por dependente abaixo de 18 anos e/ou ascendente acima de 60 anos. O limite deste auxílio é estabelecido em três complementos para cada pesquisador selecionado.

O edital é de fluxo contínuo, ou seja, ainda pode receber mais algumas dezenas de bolsistas (são 50 vagas disponíveis). Além dos 12 pesquisadores que estão no Paraná, outros 10 cientistas devem chegar ao Estado nos próximos meses. No dia 1° de março Andriy Holod chega ao Paraná. Ele vai atuar na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e é marido da professora Yuliia Felenchak, que está no Brasil desde agosto de 2022. Ele conseguiu a autorização para sair da Ucrânia apenas nos últimos dias. 

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“O principal objetivo é chegar ao maior número de cientistas ucranianos possível e fazer com que esses homens e mulheres se sentissem acolhidos pelas universidades paranaenses. O foco desta iniciativa é humanitário e deixará um legado na comunidade paranaense”, destacou o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

EXEMPLOS – Lesia Zolota estava refugiada na Alemanha antes de desembarcar no Paraná neste ano. Ela foi acolhida pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). “Antes de vir para o Brasil eu tinha muitas dúvidas, mas marquei diversas reuniões, conheci as pessoas e tive todo apoio para sanar as minhas preocupações. A recepção no Brasil foi extremamente calorosa, nos sentimos acolhidos e sabemos que podemos contar com a ajuda de todos os professores e alunos locais para nossa adaptação”, afirmou.

A professora vai desenvolver uma pesquisa de levantamento e proteção ao patrimônio imaterial relacionado à imigração ucraniana no centro-sul paranaense. A ideia é que a pesquisadora oriente dois mestrandos, atendendo aos alunos sobre aspecto cultural e jurídico do patrimônio ucraniano e, eventualmente, traduza essa pesquisa para artigos internacionais e deixe um livro sobre o tema.

Katherina Hodick também chegou ao Paraná em 2023. Ela trabalhará na Universidade Estadual de Londrina (UEL). A pesquisadora é professora da Junior Academy of Sciences of Ukraine (JASU) e trabalha no desenvolvimento de materiais pedagógicos direcionados a crianças que participam de competições intelectuais, além de ser especialista em literatura.

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“Esta iniciativa oferece aos cientistas ucranianos a oportunidade de retomar o trabalho, o que é muito importante para nós atualmente. Esse programa também traz oportunidades extraordinárias de colaboração e comunicação entre os pesquisadores ucranianos e brasileiros. Me sinto acolhida e segura neste País”, comentou.

Outros exemplos são da professora ucraniana Zhanna Virna, que trabalha atualmente na Escola de Educação e Humanidades (EEH) da PUCPR com o projeto “Educação e Direitos Humanos: bem-estar e melhora da qualidade de vida na escola e na comunidade”; Svitlana Gerasimenko, que está em Medianeira, no Oeste, estudando astrofísica na UTFPR; e Maria Boiko, doutora em Biotecnologia, que desde maio do ano passado desenvolve atividades na área de Microbiologia junto ao Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UEL.

ACOLHIMENTO – Além das bolsas aos pesquisadores e auxílio aos seus dependentes, o programa conta com o edital institucional Universidades Amig@s: Acolhimento Extensionista aos Cientistas Ucranianos. Ele já conta com colaboradores selecionados e tem como objetivo prestar acolhimento social em forma de apoio nas atividades cotidianas dos pesquisadores ucranianos e suas famílias. Já o Paraná Fala Idiomas, também iniciativa do Estado, ministra aulas online de português aos ucranianos antes mesmo deles chegarem ao Brasil.

DOCUMENTÁRIO – Para marcar esse programa, a Fundação Araucária, com apoio da UEPG, está produzindo um documentário para contar as histórias desses pesquisadores que estão sendo acolhidos pelo Estado. O trailer será lançado nesta sexta-feira.

Fonte: Governo do Paraná

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Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

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Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

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Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

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RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

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