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Professora da UFPR faz alerta aos jovens sobre os graves problemas provocados pelo cigarro eletrônico

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A tendência do uso crescente de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) — especialmente, do cigarro eletrônico e do vape — é o tema do programa “Assembleia Entrevista”, que na edição de hoje recebe a professora Silvia Valderramas, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Temos que informar sobre os problemas de saúde ocasionados por esse hábito, aos pais e jovens. Muitos consideram, têm a crença, de que esses dispositivos não fazem mal. Ou, acreditam que provocam menos problemas do que o cigarro convencional”, alerta a especialista em Medicina Interna e Terapêutica.

De acordo com Silvia Valderramas, inúmeros estudos científicos comprovam os graves malefícios do cigarro eletrônico para a saúde, especialmente, entre os usuários mais jovens. Todos os trabalhos apontam um grande impacto na função pulmonar, capacidade cardiorrespiratória e nível de atividade física. Uma nova condição clínica já identificada em usuários desse tipo de dispositivo é a chamada “Evali. Sigla de e-cigarette and vaping associated lung injury. Pesquisas a caracterizam como uma lesão pulmonar muito parecida com a provocada pela Covid-19, que causa febre, tosse, dor no peito, vômito, perda de peso e, ainda em 2019, nos Estados Unidos, ocasionou mortes.

Na avaliação da professora, os impactos desse hábito na saúde pública devem ser ampliados nos próximos anos. “Devemos ter uma tragédia dentro de dez anos, com o crescimento dos problemas respiratórios”, alerta. Ela explica que os cigarros eletrônicos aerossolizam (ou vaporizam) substâncias para inalação. Assim, componentes químicos e metais pesados, além da nicotina, acabam sendo inalados, elevando o risco de doenças pulmonares como DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e câncer de pulmão, além de cardiovasculares. Entre elas, infarto do miocárdio e AVC (Acidente Vascular Cerebral). Como são vendidos com vários sabores, os DEFs acabam atraindo, de forma especial, o consumidor jovem.

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Voluntários para pesquisas

Outro ponto abordado durante o programa são as pesquisas desenvolvidas pela UFPR. Ela informa que os efeitos do cigarro eletrônico na saúde é o objeto de três projetos de estudos realizados no âmbito do Laboratório de Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória (Laficar), grupo de pesquisa do Departamento de Prevenção e Reabilitação em Fisioterapia (DPRF). Podem participar maiores de 18 anos com histórico de uso de cigarro eletrônico há pelo menos três meses. Os participantes serão submetidos a exames — espirometria, Teste do Degrau e monoximetria — e respondem a questionários de atividade física (Ipaq) e de Índice de Dependência de Cigarro Eletrônico Penn State. Voluntários interessados em participar das pesquisas realizadas pelo grupo da UFPR podem se candidatar, entrando em contato com as pesquisadoras Gabriella Ferreira (41- 9777-1470) e Gabriele Kapp (42- 9805-6799).

A comercialização, importação e publicidade dos dispositivos eletrônicos para fumar está proibida no Brasil desde 2009, medida que tem sido reforçada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Porém, produtos ilegais podem ser adquiridos pela internet, em estabelecimentos comerciais regularizados e pelas mãos de ambulantes mesmo com a proibição de venda. Assim, o consumo desses equipamentos continua crescendo no país: somente nos últimos seis anos, o aumento foi de 600%, conforme publicação da Anvisa. O dado é do Ipec, instituto de pesquisas, que aponta quase três milhões de adultos usuários do cigarro eletrônico no Brasil. No topo da lista, os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul e também o Distrito Federal.

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É só sintonizar na TV Assembleia

O programa “Assembleia Entrevista” da TV Assembleia, canal da Assembleia Legislativa do Paraná, pode ser assistido sintonizando o aparelho de televisão no 10.2 – rede aberta, em Curitiba e Região Metropolitana – e no canal 16 (Claro/NET). Informações, orientações, dicas e análises sobre diversos temas de interesse dos paranaenses podem ser conferidas semanalmente no programa gravado em cenários externos da Assembleia Legislativa, como no espaço que dá acesso ao Plenário. Ele revela como pano de fundo a Praça Nossa Senhora da Salete e o Palácio Iguaçu; ou o espaço térreo do prédio Tancredo Neves, onde ficam os gabinetes parlamentares, prédios que se destacam no complexo do bairro Centro Cívico, na Capital do estado. Em outros momentos, a gravação aconteceu no Salão Nobre, onde ficam expostas obras de artistas paranaenses.

Sempre às sextas-feiras, às 15 horas no canal da TV Assembleia; e às 15h30 (de sexta-feira), no YouTube, uma nova edição do programa “Assembleia Entrevista” entra no ar. Para quem não pode assistir neste horário tem reprise às quintas-feiras, às 10 horas. Acompanhe!

Fonte: ALPR PR

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Assembleia recebe a exposição “Araucárias Vivas” do artista plástico Toto Lopes

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“Araucárias Vivas” é o tema da exposição do artista plástico Toto Lopes, aberta nesta segunda-feira (05), no Espaço Cultural da Assembleia. A mostra, uma iniciativa da deputada Cristina Silvestri (PP), é um convite à reflexão sobre a relação entre arte, natureza e sustentabilidade, através de esculturas únicas que emergem do refugo de tapumes de obra e compensados de madeira reflorestada. “Nós temos que valorizar o que é nosso. O Toto é um artista, eu sempre digo, que ama o Paraná. E ele consegue transmitir esse amor através da sua arte, representando a nossa história, a nossa cultura, as nossas raízes”, disse a deputada, ao destacar que o que ela mais valoriza no artista é o seu lado social, o seu lado humano.

“Ele trabalha com crianças, com idosos, com crianças especiais, transformando objetos que provavelmente iriam para o lixo em arte levando esperança às pessoas, transformando a vida deles. Além disso, ele faz pinturas lindas em hospitais de crianças e de forma voluntária. Então esse lado social do Toto também me encanta muito. Por isso, é uma pessoa que merece ser homenageada e que sua obra seja divulgada para o Paraná e para o mundo”, disse a deputada, ao entregar uma menção honrosa ao artista, como forma de reconhecimento à sua contribuição para a cultura do estado.

Presente na aberta da mostra, o presidente da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), disse que é importante valorizar aqueles que valorizam o Paraná como Toto Lopes que é um apaixonado por esse estado, e que tem no pinheiro araucária, sua principal referência. “Para nós é uma honra muito grande ter você aqui nessa Casa e, em nome dos 54 deputados, quero agradecer todo o trabalho que você faz como artista, mas principalmente o trabalho que você faz divulgando o estado do Paraná, esse estado que é pujante, de gente séria, de gente trabalhadora, que está vivendo um momento extraordinário, mas que tem que valorizar os nossos artistas”, afirmou.

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Preservação

Toto Lopes falou um pouco sobre a sua exposição. “São araucárias que são feitas com reaproveitamento de material, tapumes de obra, compensados, que eu reutilizo e transformo elas em arte”, explicou. “A escolha de trabalhar com madeira reflorestada não é apenas uma opção estética, mas uma declaração de compromisso com a preservação ambiental e a valorização dos recursos naturais”, disse, ao destacar que a coleção “Araucárias Vivas” se inspira na majestosa araucária angustifolia, uma árvore que desempenha um papel vital em nosso ecossistema, mas que está ameaçada de extinção. “Minhas esculturas servem como um poderoso lembrete da fragilidade da natureza e da importância de sua preservação”, alertou. “É uma forma de repensar nossos hábitos de consumo e a importância de uma abordagem mais consciente em relação ao meio ambiente, é promover essa jornada de transformação e conscientização ambiental através da arte”, finalizou.

O artista também tem uma ligação grande com a questão social. “Na minha infância eu tive o privilégio de participar de um projeto gratuito, que transformava a arte junto com as crianças. Eu fui privilegiado de ter participado desse projeto e eu vi que a arte realmente tem um poder de transformação na vida de pessoas. E, hoje, eu utilizo a minha arte como um reflexo de tudo que eu recebi, mas também plantando várias sementinhas aí, mostrando para as crianças que a arte pode mudar a vida delas também”, explicou. A mostra fica em cartaz até o dia 09 de maio, das 09 horas às 18 horas, no Espaço Cultural da Assembleia.

Perfil

Tanielton Lopes Pereira, conhecido como Toto Lopes, nasceu em Campo Largo (PR), é especialista em reutilização de materiais descartados e formado em artes visuais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É um artista plástico autodidata, fundador da Toto Artes – Soluções Artísticas e se destaca pelo impacto social de seu trabalho.
Desde 2007, ministra oficinas de artes plásticas em projetos sociais do município de Campo Largo e Região Metropolitana de Curitiba, desenvolvendo oficinas para todos os públicos e faixas etárias, incluindo crianças com vulnerabilidade social, portadores de necessidades especiais, adultos, idosos, dentre outros.

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É idealizador e coordenador do Projeto Eco Natal que mobilizou mais de cinco mil pessoas para criar a decoração natalina de Campo Largo com materiais recicláveis; do projeto “Fazendo Arte”, que já atendeu mais de três mil crianças com vulnerabilidade social e do projeto “Medicando Alegria”, que visa levar apresentações de teatro, contação de história, música, circo para pacientes, familiares e funcionários de hospitais. Toto também é voluntariado do HI Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo. Além de ter suas obras reconhecidas no Brasil, o quadro “A Santa”, participou de três mostras de arte em Napoli e Roma (Itália), sendo uma delas o “Fórum Mundial da Cultura pela Paz”, organizada pena Unesco.

Premiações

O artista já recebeu diversas premiações, entre elas o prêmio de honra ao mérito “Professora Odila Portugal Castagnoli”, pelos relevantes serviços prestados a cidade e a cultura de Campo Largo; o “Prêmio Personalidades Empreendedoras do Paraná”, pelos relevantes serviços prestados para sociedade paranaense e a “Medalha das Ordens das Araucárias”, conferida pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT/PR). Sua obra “Acaé Azul” foi reconhecida pelo Governo do Paraná para fazer parte do acervo artístico do cerimonial do estado, assim como a obra “Mestre Fandangueiro do Paraná”, que já faz parte do acervo artístico do Palácio Iguaçu.

Fonte: ALPR PR

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