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Primeiro ano dos novos pedágios no Paraná é debatido em audiência pública na Assembleia

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A Assembleia Legislativa do Paraná promoveu, nesta segunda-feira (24), no Auditório Legislativo, a audiência pública denominada: “Primeiro ano dos pedágios: resultados, desdobramentos e perspectivas”. O evento foi uma iniciativa do deputado estadual Fabio Oliveira (Podemos) e reuniu representantes do governo estadual, do governo federal, da sociedade civil organizada e de entidades de classe.

O deputado Fabio Oliveira, reforçou que o Paraná não pode se esquecer da primeira e péssima experiência com o antigo pedágio e por isso é preciso esse monitoramente constante.

“Foi uma experiência ruim que tivemos recheada de corrupção e com obras que deveriam ter sido executadas e não foram. Infelizmente nós paranaenses estamos pagando novamente essa conta. Por isso estamos dando essa oportunidade para que as concessionárias apresentem tudo que já fizeram nesse um ano e, como parlamentar e presidente da Frente Parlamentar da Engenharia, Agronomia, Geociências, Infraestrutura e do Desenvolvimento Sustentável do Paraná, é o nosso papel fiscalizar o andamento e cronograma de obras”.

O coordenador da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) da região Sul, Orlei Damazio, destacou como foi feita a fiscalização e o acompanhamento do trabalho das concessionárias ao longo do período. Segundo ele, o período foi bastante positivo, mas de muito trabalho. Para acompanhar todo o andamento, foram criadas duas comissões na ANTT, com quatro servidores cada.

“A fase inicial do termo de arrolamento de bens deu tudo certo. No primeiro mês, as praças de pedágios foram reformadas e teve o início da cobrança de pedágio. No terceiro mês, aprovamos o serviço com algumas ressalvas, que são normais e geralmente são sobre a qualidade e quantidade do serviço. O sexto mês também passamos bem e no nono mês fizemos uma fiscalização especial. No décimo segundo mês também fizemos uma fiscalização intensa. A primeira concessionária a ter os trabalhos aprovados foi a EPR, inclusive com o início de cobrança em duas praças novas. O da Via Araucária está em fase de análise. Ainda temos alguns pontos a discutir, mas acredito que será aprovada sim”.

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Ele explicou também que agora começa a fase de recuperação dos ativos existentes. Os investimentos são mais intensos. Depois começa a fase de aprovação de projetos e dos licenciamentos, para dar início as obras. “A tendência é que se inicie nos próximos meses, uma vez que no final do terceiro ano já temos entregas previstas”, informou.

Concessionárias

As concessionárias fizeram apresentações sobre o que já foi feito e seu planejamento futuro. A Via Araucária foi representada por Sergio Santillan, diretor-presidente; a CCR pelo gerente executivo Breno Ferreira Leal e o Grupo EPR por seu diretor-presidente, Marcos Moreira.

Sergio destacou que o balanço foi altamente positivo.Os primeiros passos foram reformas no atendimento usuário e a implantação de todos os serviços de atendimento ao usuário, como ambulância, guinchos e mecânico vinte e quatro horas por, além de uma central de monitoramento. “Na parte de infraestrutura, cumprimos o contrato integralmente, inclusive com a construção de todas as bases operacionais. Superando os desafios sejam na parte dos projetos, como também dos licenciamentos ambientais. Também fizemos a recuperação da rodovia na parte de pavimentos e toda parte infraestrutura e depois muito foco na região da serra de São Luiz do Purunã, onde tivemos uma grande redução de acidentes e mortes”, comentou.

Segundo ele, agora começa uma grande segunda fase de obras, com a recuperação estrutural e principalmente, as duplicações. “Nesse ano já começaremos com as duplicações, uma vez que nós temos um grande desafio, que é o de mais de setenta quilômetros a ser entregue até o final do ano três. Os projetos estão prontos e já foram avaliados pela ANTT. Os licenciamentos ambientais estão avançados e nesse mês de abril já devem estar prontos. As obras devem começar em maio na BR-277”, informou. Dentre os números apresentados, foram restauradas 1,2 mil km de rodovias; 69.340 metros de elementos de proteção e segurança instalados; 250 mil tachas refletidas instaladas; 434 mil metros quadradas de sinalização horizontal; 26 mil buracos tapados emergencialmente; 6.828 km de roçadas; 93.105 metros de drenagem recuperados.

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O representante do Grupo EPT destacou que o primeiro ano foi desafiador, pois foi menos de 1 dia por quilômetro para tratar dos 604 quilômetros da concessão. Ele detalhou algumas das obras feitas, como recomposição de pavimento, limpeza de dispositivos de drenagem, roçadas entre outros. “Pouco tempo para muito trabalho em atender os parâmetros do contrato, fiscalizado de maneira muito rigorosa pela ANTT”, disse Marcos Moreira. O lote 2 da concessão prevê R$ 12,3 bilhões em investimento, sendo R$ 8 bilhões nos primeiros 7 anos.

Também participaram da audiência pública José Alberto Pereira Ribeiro, vice-presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná); Clodomir Ascari, presidente do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia); Adrian Breyer, coordenadora da equipe de concessões do DER/PR e o deputado estadual Evandro Araújo (PSD). Representantes da FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), Ocepar e outras entidades também marcaram presença.

Usuários

Danilo Chulik, representante do Grupo BR-277, disse que ainda falta muita coisa para o atendimento ser digno aos paranaenses. “O trânsito está um caos, como por exemplo na subida da serra do mar, no contorno sul e no norte. Tivemos períodos de mais de 8h de trânsito. Precisamos que as obras sejam feitas no período noturno para evitar esses transtornos”.

Altevir dos Santos, representante da associação serra do mar de São José dos Pinhais, disse que não há motivos para festejar esse um ano da volta das concessões. “Nós estamos isolados entre o km 60 e 49km, onde não temos serviços de saúde, comércio e outros. Qualquer serviço que precisamos temos que passar pela praça de pedágio”, disse. O deputado estadual Fabio Oliveira se comprometeu a realizar a mediação com as concessionárias em busca de soluções.

Fonte: ALPR PR

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Assembleia recebe a exposição “Araucárias Vivas” do artista plástico Toto Lopes

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“Araucárias Vivas” é o tema da exposição do artista plástico Toto Lopes, aberta nesta segunda-feira (05), no Espaço Cultural da Assembleia. A mostra, uma iniciativa da deputada Cristina Silvestri (PP), é um convite à reflexão sobre a relação entre arte, natureza e sustentabilidade, através de esculturas únicas que emergem do refugo de tapumes de obra e compensados de madeira reflorestada. “Nós temos que valorizar o que é nosso. O Toto é um artista, eu sempre digo, que ama o Paraná. E ele consegue transmitir esse amor através da sua arte, representando a nossa história, a nossa cultura, as nossas raízes”, disse a deputada, ao destacar que o que ela mais valoriza no artista é o seu lado social, o seu lado humano.

“Ele trabalha com crianças, com idosos, com crianças especiais, transformando objetos que provavelmente iriam para o lixo em arte levando esperança às pessoas, transformando a vida deles. Além disso, ele faz pinturas lindas em hospitais de crianças e de forma voluntária. Então esse lado social do Toto também me encanta muito. Por isso, é uma pessoa que merece ser homenageada e que sua obra seja divulgada para o Paraná e para o mundo”, disse a deputada, ao entregar uma menção honrosa ao artista, como forma de reconhecimento à sua contribuição para a cultura do estado.

Presente na aberta da mostra, o presidente da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), disse que é importante valorizar aqueles que valorizam o Paraná como Toto Lopes que é um apaixonado por esse estado, e que tem no pinheiro araucária, sua principal referência. “Para nós é uma honra muito grande ter você aqui nessa Casa e, em nome dos 54 deputados, quero agradecer todo o trabalho que você faz como artista, mas principalmente o trabalho que você faz divulgando o estado do Paraná, esse estado que é pujante, de gente séria, de gente trabalhadora, que está vivendo um momento extraordinário, mas que tem que valorizar os nossos artistas”, afirmou.

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Preservação

Toto Lopes falou um pouco sobre a sua exposição. “São araucárias que são feitas com reaproveitamento de material, tapumes de obra, compensados, que eu reutilizo e transformo elas em arte”, explicou. “A escolha de trabalhar com madeira reflorestada não é apenas uma opção estética, mas uma declaração de compromisso com a preservação ambiental e a valorização dos recursos naturais”, disse, ao destacar que a coleção “Araucárias Vivas” se inspira na majestosa araucária angustifolia, uma árvore que desempenha um papel vital em nosso ecossistema, mas que está ameaçada de extinção. “Minhas esculturas servem como um poderoso lembrete da fragilidade da natureza e da importância de sua preservação”, alertou. “É uma forma de repensar nossos hábitos de consumo e a importância de uma abordagem mais consciente em relação ao meio ambiente, é promover essa jornada de transformação e conscientização ambiental através da arte”, finalizou.

O artista também tem uma ligação grande com a questão social. “Na minha infância eu tive o privilégio de participar de um projeto gratuito, que transformava a arte junto com as crianças. Eu fui privilegiado de ter participado desse projeto e eu vi que a arte realmente tem um poder de transformação na vida de pessoas. E, hoje, eu utilizo a minha arte como um reflexo de tudo que eu recebi, mas também plantando várias sementinhas aí, mostrando para as crianças que a arte pode mudar a vida delas também”, explicou. A mostra fica em cartaz até o dia 09 de maio, das 09 horas às 18 horas, no Espaço Cultural da Assembleia.

Perfil

Tanielton Lopes Pereira, conhecido como Toto Lopes, nasceu em Campo Largo (PR), é especialista em reutilização de materiais descartados e formado em artes visuais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É um artista plástico autodidata, fundador da Toto Artes – Soluções Artísticas e se destaca pelo impacto social de seu trabalho.
Desde 2007, ministra oficinas de artes plásticas em projetos sociais do município de Campo Largo e Região Metropolitana de Curitiba, desenvolvendo oficinas para todos os públicos e faixas etárias, incluindo crianças com vulnerabilidade social, portadores de necessidades especiais, adultos, idosos, dentre outros.

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É idealizador e coordenador do Projeto Eco Natal que mobilizou mais de cinco mil pessoas para criar a decoração natalina de Campo Largo com materiais recicláveis; do projeto “Fazendo Arte”, que já atendeu mais de três mil crianças com vulnerabilidade social e do projeto “Medicando Alegria”, que visa levar apresentações de teatro, contação de história, música, circo para pacientes, familiares e funcionários de hospitais. Toto também é voluntariado do HI Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo. Além de ter suas obras reconhecidas no Brasil, o quadro “A Santa”, participou de três mostras de arte em Napoli e Roma (Itália), sendo uma delas o “Fórum Mundial da Cultura pela Paz”, organizada pena Unesco.

Premiações

O artista já recebeu diversas premiações, entre elas o prêmio de honra ao mérito “Professora Odila Portugal Castagnoli”, pelos relevantes serviços prestados a cidade e a cultura de Campo Largo; o “Prêmio Personalidades Empreendedoras do Paraná”, pelos relevantes serviços prestados para sociedade paranaense e a “Medalha das Ordens das Araucárias”, conferida pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT/PR). Sua obra “Acaé Azul” foi reconhecida pelo Governo do Paraná para fazer parte do acervo artístico do cerimonial do estado, assim como a obra “Mestre Fandangueiro do Paraná”, que já faz parte do acervo artístico do Palácio Iguaçu.

Fonte: ALPR PR

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