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Legado histórico da Coluna Prestes será lembrado na Sessão Plenária da Assembleia Legislativa na próxima segunda-feira (11)

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Os 100 anos da Coluna Prestes, considerada por alguns historiadores como a maior marcha militar do mundo, será tema abordado na abertura da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná, na segunda-feira (11), as 14h30. A celebração ocorre por iniciativa da deputada Ana Júlia Ribeiro (PT), e contará com as participações de dois filhos do gaúcho Luís Carlos Prestes, líder do movimento: o cineasta Luiz Carlos Prestes Filho e a professora Zoia Ribeiro Prestes.

Eles falarão sobre a importância da preservação desse legado para a história do Brasil e para o estado do Paraná. Além de cineasta, Luiz Carlos Prestes Filho é compositor, escritor, diretor e roteirista de filmes documentários para televisão. É formado pelo Instituto Estatal de Cinema da União Soviética (1978-1983). Ele e Zoia Prestes, que também é pesquisadora, são filhos de Prestes com a militante comunista Altamira Rodrigues Sobral, a Maria Prestes. Viveram em Moscou, Capital da então União Soviética, no período em que a família recebeu asilo político em função das perseguições e ameaças feitas pelo regime militar instalado no Brasil em 1964. Hoje, lutam para preservar a memória do pai, desse movimento de resistência e pela valorização de suas conquistas.

Em busca de justiça social

A deputada Ana Julia lembra que a Coluna Prestes foi um movimento político-militar brasileiro de teor tenentista ocorrido entre 1924 e 1927. O grande motivo da mobilização foi a insatisfação com o governo de Artur Bernardes e o regime oligárquico, característico da República Velha, conhecido como política do café com leite. As principais reivindicações eram a implementação do voto secreto, a defesa do ensino público e a obrigatoriedade do ensino secundário para toda a população, além de acabar com a miséria e a injustiça social no Brasil. Apesar de ter os militares de baixa oficialidade como seus principais participantes, não se caracterizou como um movimento militarista. É considerada por pesquisadores como uma expressão de revolta da classe médias, com o domínio oligárquico existente no país.

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A Coluna formou-se quando tenentistas rebelados no Rio Grande do Sul, sob a liderança do gaúcho Luís Carlos Prestes, engenheiro militar, uniram-se com os tenentistas paulistas instalados no Paraná. A união deu início à Coluna e à marcha pelo interior do Brasil na defesa de seus ideais revolucionários. Nesse momento, contava com aproximadamente 1.500 homens e tinha alguns nomes importantes, além de Luís Carlos Prestes, como Miguel Costa, Juarez Távora e Isidoro Dias Lopes. A marcha percorreu uma distância de 25 mil quilômetros, atravessando 13 estados brasileiros das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste entre 1924 e 1927. Dela participaram homens e mulheres, de diversas origens, entre pessoas brancas, pretas e mestiças. Por este episódio, Prestes ficou conhecido como o “Cavaleiro da Esperança”.

Tropas se encontram em Foz

No Paraná, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Integração Latino-Americana (Unila), com campus na cidade de Foz do Iguaçu, está preparando a realização de seminários e outros eventos sobre o tema, que devem ocorrer em abril do próximo ano. Isto porque os registros históricos apontam que foi no dia 24 de abril de 1925 que a Marcha liderada por Luís Carlos Prestes chegou à Foz. Eles também querem transformar a data no Dia Municipal da Memória e Resistência. Justificam as iniciativas destacando que foi na cidade paranaense que as forças comandadas por Miguel Costa, vindas de São Paulo, juntaram-se às tropas de Prestes, que vinham do Rio Grande do Sul. É neste momento que é dando o início a histórica caminhada pelo interior do Brasil.

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Serviço:

Assunto: Filhos de Luiz Carlos Prestes falam sobre os 100 anos da Coluna Prestes

Proponente: Deputada Ana Júlia

Data: 11 de novembro (segunda-feira)

Horário: 14h30, no horário do Grande Expediente, da sessão plenária

Local: Assembleia Legislativa do Paraná

Plenário Deputado Waldemar Daros

Praça Nossa Senhora de Salete, s/n – Centro Cívico – Curitiba – PR

Fonte: ALPR PR

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Assembleia recebe a exposição “Araucárias Vivas” do artista plástico Toto Lopes

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“Araucárias Vivas” é o tema da exposição do artista plástico Toto Lopes, aberta nesta segunda-feira (05), no Espaço Cultural da Assembleia. A mostra, uma iniciativa da deputada Cristina Silvestri (PP), é um convite à reflexão sobre a relação entre arte, natureza e sustentabilidade, através de esculturas únicas que emergem do refugo de tapumes de obra e compensados de madeira reflorestada. “Nós temos que valorizar o que é nosso. O Toto é um artista, eu sempre digo, que ama o Paraná. E ele consegue transmitir esse amor através da sua arte, representando a nossa história, a nossa cultura, as nossas raízes”, disse a deputada, ao destacar que o que ela mais valoriza no artista é o seu lado social, o seu lado humano.

“Ele trabalha com crianças, com idosos, com crianças especiais, transformando objetos que provavelmente iriam para o lixo em arte levando esperança às pessoas, transformando a vida deles. Além disso, ele faz pinturas lindas em hospitais de crianças e de forma voluntária. Então esse lado social do Toto também me encanta muito. Por isso, é uma pessoa que merece ser homenageada e que sua obra seja divulgada para o Paraná e para o mundo”, disse a deputada, ao entregar uma menção honrosa ao artista, como forma de reconhecimento à sua contribuição para a cultura do estado.

Presente na aberta da mostra, o presidente da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), disse que é importante valorizar aqueles que valorizam o Paraná como Toto Lopes que é um apaixonado por esse estado, e que tem no pinheiro araucária, sua principal referência. “Para nós é uma honra muito grande ter você aqui nessa Casa e, em nome dos 54 deputados, quero agradecer todo o trabalho que você faz como artista, mas principalmente o trabalho que você faz divulgando o estado do Paraná, esse estado que é pujante, de gente séria, de gente trabalhadora, que está vivendo um momento extraordinário, mas que tem que valorizar os nossos artistas”, afirmou.

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Preservação

Toto Lopes falou um pouco sobre a sua exposição. “São araucárias que são feitas com reaproveitamento de material, tapumes de obra, compensados, que eu reutilizo e transformo elas em arte”, explicou. “A escolha de trabalhar com madeira reflorestada não é apenas uma opção estética, mas uma declaração de compromisso com a preservação ambiental e a valorização dos recursos naturais”, disse, ao destacar que a coleção “Araucárias Vivas” se inspira na majestosa araucária angustifolia, uma árvore que desempenha um papel vital em nosso ecossistema, mas que está ameaçada de extinção. “Minhas esculturas servem como um poderoso lembrete da fragilidade da natureza e da importância de sua preservação”, alertou. “É uma forma de repensar nossos hábitos de consumo e a importância de uma abordagem mais consciente em relação ao meio ambiente, é promover essa jornada de transformação e conscientização ambiental através da arte”, finalizou.

O artista também tem uma ligação grande com a questão social. “Na minha infância eu tive o privilégio de participar de um projeto gratuito, que transformava a arte junto com as crianças. Eu fui privilegiado de ter participado desse projeto e eu vi que a arte realmente tem um poder de transformação na vida de pessoas. E, hoje, eu utilizo a minha arte como um reflexo de tudo que eu recebi, mas também plantando várias sementinhas aí, mostrando para as crianças que a arte pode mudar a vida delas também”, explicou. A mostra fica em cartaz até o dia 09 de maio, das 09 horas às 18 horas, no Espaço Cultural da Assembleia.

Perfil

Tanielton Lopes Pereira, conhecido como Toto Lopes, nasceu em Campo Largo (PR), é especialista em reutilização de materiais descartados e formado em artes visuais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É um artista plástico autodidata, fundador da Toto Artes – Soluções Artísticas e se destaca pelo impacto social de seu trabalho.
Desde 2007, ministra oficinas de artes plásticas em projetos sociais do município de Campo Largo e Região Metropolitana de Curitiba, desenvolvendo oficinas para todos os públicos e faixas etárias, incluindo crianças com vulnerabilidade social, portadores de necessidades especiais, adultos, idosos, dentre outros.

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É idealizador e coordenador do Projeto Eco Natal que mobilizou mais de cinco mil pessoas para criar a decoração natalina de Campo Largo com materiais recicláveis; do projeto “Fazendo Arte”, que já atendeu mais de três mil crianças com vulnerabilidade social e do projeto “Medicando Alegria”, que visa levar apresentações de teatro, contação de história, música, circo para pacientes, familiares e funcionários de hospitais. Toto também é voluntariado do HI Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo. Além de ter suas obras reconhecidas no Brasil, o quadro “A Santa”, participou de três mostras de arte em Napoli e Roma (Itália), sendo uma delas o “Fórum Mundial da Cultura pela Paz”, organizada pena Unesco.

Premiações

O artista já recebeu diversas premiações, entre elas o prêmio de honra ao mérito “Professora Odila Portugal Castagnoli”, pelos relevantes serviços prestados a cidade e a cultura de Campo Largo; o “Prêmio Personalidades Empreendedoras do Paraná”, pelos relevantes serviços prestados para sociedade paranaense e a “Medalha das Ordens das Araucárias”, conferida pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT/PR). Sua obra “Acaé Azul” foi reconhecida pelo Governo do Paraná para fazer parte do acervo artístico do cerimonial do estado, assim como a obra “Mestre Fandangueiro do Paraná”, que já faz parte do acervo artístico do Palácio Iguaçu.

Fonte: ALPR PR

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