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Emendas do deputado Evandro Araújo (PSD) garantem mais proteção ambiental ao PL que altera regras de licenciamento no Paraná

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O deputado estadual Evandro Araújo (PSD) é um dos parlamentares que mais apresentou emendas ao projeto de lei 662/2024, que altera regras do licenciamento ambiental no Paraná. Ao todo, Araújo protocolou dez emendas com o objetivo de corrigir pontos e dar mais garantia à proteção do patrimônio ambiental do estado.

“Ouvimos todos os setores envolvidos, especialistas e técnicos, ninguém é contra desburocratizar e simplificar o processo do licenciamento ambiental. Nós também apoiamos isso, apoiamos uma lei que traga mais segurança jurídica e agilidade. No entanto, estamos trabalhando para melhorar o texto final, que apresenta, sim, pontos que precisam ser corrigidos”, afirmou o deputado.

As emendas foram protocoladas na sessão desta quarta-feira (27) e devem ser apreciadas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima terça-feira (3). Só depois, o projeto com as emendas aprovadas volta para concluir votação em plenário. Ao todo foram apresentadas 47 emendas ao projeto.

Em geral, as emendas apresentadas por Araújo trazem mais proteção ambiental à supressão de vegetação, deixam mais claros os casos em que se pode simplificar os licenciamentos ambientais, melhoram a forma de enquadrar e classificar o potencial poluidor dos empreendimentos em licenças ambientais, aumentam os prazos para que órgãos intervenientes possam se manifestar sobre licenças, fortalecem a importância dos estudos de impactos ambientais, entre outros pontos.

Confira as emendas propostas por Evandro Araújo:

1. ALTERA O ARTIGO 4º: Retira o termo “nativa” na parte que trata da supressão de vegetação no âmbito do licenciamento. Isso deixa o texto conforme a legislação federal sobre o tema e protege florestas nativas, em especial matas de araucárias e remanescentes de Mata Atlântica, de possíveis riscos.

2. ALTERA O ARTIGO 15º: Retira o termo “simplificados” do caput do artigo. Ou seja, permanecem os casos citados de obras de interesse público (obras do Governo, de empreendimentos que gerem empregos e renda, obras emergenciais e de infraestrutura, etc.) como priorizados. No entanto, esses empreendimentos, muitos deles de médio e grande porte, não podem ser simplificados, devido ao seu grau elevado de impacto ao meio ambiente.

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3. MODIFICA O ARTIGO 6º: Faz uma correção na modalidade de Licença Ambiental Simplificada (LAS) e na sua variante Licença Ambiental Simplificada de Regularização (LASR), suprimindo a previsão destes tipos de licenças para empreendimentos considerados de médio potencial poluidor. A emenda retira, portanto, o termo “médio” e resguarda a previsão legal de todas as demais leis estaduais e federais de que a LAS e LASR possam ser apenas para empreendimentos de baixo ou pequeno impacto ambiental. Ressalta-se que a natureza da licença simplificada é para empreendimentos de baixo impacto apenas.

4. MODIFICA O ARTIGO 28º: Aumenta o prazo para a manifestação dos chamados órgãos intervenientes (Ibama, Iphan, Funai, entre outros) de 30 dias para 90 dias. O prazo que consta no projeto é sabidamente impraticável e insuficiente, pois os órgãos, devido à alta demanda de licenças, não têm corpo técnico suficiente para dar conta da análise em apenas um mês. O texto ainda diz que, se não houver a manifestação neste prazo, os processos continuam. Portanto, o prazo de 90 dias é mais pertinente, permitindo a manifestação técnica devida e não comprometendo a agilidade pretendida.

5. AMPLIA O ARTIGO 27º: Ainda sobre as entidades intervenientes que o IAT pode pedir manifestação no licenciamento ambiental, embora haja a previsão dos povos indígenas por meio da FUNAI e a menção às comunidades quilombolas, é preciso melhorar e ampliar os casos, considerando que há outras comunidades e povos tradicionais no Paraná. A emenda inclui essa citação expressa no inciso IX do artigo.

6. ALTERA O ARTIGO 42º: O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) são documentos técnicos fundamentais para avaliar o porte e potencial poluidor de empreendimentos com significativo impacto ambiental. Por isso, a emenda muda o texto que qualifica o EIA-RIMA como “informativo” e inclui as expressões “consultivo e subsidiário”. Os estudos devem ser considerados nos casos de significativo impacto ambiental, devem auxiliar o órgão na tomada de decisões técnicas.

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7. MODIFICA O ARTIGO 5º: Em relação ao Conselho Estadual do Meio Ambiente (CEMA) no contexto do licenciamento ambiental, é preciso deixar claro que o mesmo não se manifesta no processo de licenciamento, apenas cria as normas gerais para o licenciamento. Considerando isso, e também que a presente lei proposta supera as regras gerais do Conselho, o mesmo perde seu poder deliberativo de normas gerais. A emenda visa melhorar a redação proposta, adequando seu texto à legislação federal e ampliando competências consultivas e técnicas do CEMA.

8. AMPLIA O ARTIGO 11º: Em relação ao enquadramento do potencial poluidor, que em geral é de pequeno, médio ou grande porte, é preciso deixar mais claro e amarrado os critérios e suas classificações. Para isso, fizemos essa emenda incluindo a expressão “nos termos da legislação específica”, pois quem define tecnicamente qual é o porte e potencial poluidor são as legislações específicas e o EIA-RIMA. É preciso fazer essa remissão para garantir o adequado enquadramento nas licenças.

9. MODIFICA O ARTIGO 10º: Nos casos de regularização de licenças ambientais por meio de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), em que o projeto garante que serão considerados a apuração prévia da responsabilidade criminal e administrativa, estamos ampliando e incluindo também a responsabilidade civil.

10. ALTERA O ARTIGO 38º: Sobre o acesso aos documentos e certidões dos processos de licenciamento ambiental, a emenda prevê a garantia dos direitos da Lei de Acesso à Informação (LAI) a todos os cidadãos. No texto atual, os critérios do direito de acessar cópias e documentos estão facultados às instruções do órgão competente (IAT). No entanto, isso afronta a LAI e o direito de todos ao acesso e cópias dos seus processos.

Fonte: ALPR PR

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Assembleia recebe a exposição “Araucárias Vivas” do artista plástico Toto Lopes

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“Araucárias Vivas” é o tema da exposição do artista plástico Toto Lopes, aberta nesta segunda-feira (05), no Espaço Cultural da Assembleia. A mostra, uma iniciativa da deputada Cristina Silvestri (PP), é um convite à reflexão sobre a relação entre arte, natureza e sustentabilidade, através de esculturas únicas que emergem do refugo de tapumes de obra e compensados de madeira reflorestada. “Nós temos que valorizar o que é nosso. O Toto é um artista, eu sempre digo, que ama o Paraná. E ele consegue transmitir esse amor através da sua arte, representando a nossa história, a nossa cultura, as nossas raízes”, disse a deputada, ao destacar que o que ela mais valoriza no artista é o seu lado social, o seu lado humano.

“Ele trabalha com crianças, com idosos, com crianças especiais, transformando objetos que provavelmente iriam para o lixo em arte levando esperança às pessoas, transformando a vida deles. Além disso, ele faz pinturas lindas em hospitais de crianças e de forma voluntária. Então esse lado social do Toto também me encanta muito. Por isso, é uma pessoa que merece ser homenageada e que sua obra seja divulgada para o Paraná e para o mundo”, disse a deputada, ao entregar uma menção honrosa ao artista, como forma de reconhecimento à sua contribuição para a cultura do estado.

Presente na aberta da mostra, o presidente da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), disse que é importante valorizar aqueles que valorizam o Paraná como Toto Lopes que é um apaixonado por esse estado, e que tem no pinheiro araucária, sua principal referência. “Para nós é uma honra muito grande ter você aqui nessa Casa e, em nome dos 54 deputados, quero agradecer todo o trabalho que você faz como artista, mas principalmente o trabalho que você faz divulgando o estado do Paraná, esse estado que é pujante, de gente séria, de gente trabalhadora, que está vivendo um momento extraordinário, mas que tem que valorizar os nossos artistas”, afirmou.

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Preservação

Toto Lopes falou um pouco sobre a sua exposição. “São araucárias que são feitas com reaproveitamento de material, tapumes de obra, compensados, que eu reutilizo e transformo elas em arte”, explicou. “A escolha de trabalhar com madeira reflorestada não é apenas uma opção estética, mas uma declaração de compromisso com a preservação ambiental e a valorização dos recursos naturais”, disse, ao destacar que a coleção “Araucárias Vivas” se inspira na majestosa araucária angustifolia, uma árvore que desempenha um papel vital em nosso ecossistema, mas que está ameaçada de extinção. “Minhas esculturas servem como um poderoso lembrete da fragilidade da natureza e da importância de sua preservação”, alertou. “É uma forma de repensar nossos hábitos de consumo e a importância de uma abordagem mais consciente em relação ao meio ambiente, é promover essa jornada de transformação e conscientização ambiental através da arte”, finalizou.

O artista também tem uma ligação grande com a questão social. “Na minha infância eu tive o privilégio de participar de um projeto gratuito, que transformava a arte junto com as crianças. Eu fui privilegiado de ter participado desse projeto e eu vi que a arte realmente tem um poder de transformação na vida de pessoas. E, hoje, eu utilizo a minha arte como um reflexo de tudo que eu recebi, mas também plantando várias sementinhas aí, mostrando para as crianças que a arte pode mudar a vida delas também”, explicou. A mostra fica em cartaz até o dia 09 de maio, das 09 horas às 18 horas, no Espaço Cultural da Assembleia.

Perfil

Tanielton Lopes Pereira, conhecido como Toto Lopes, nasceu em Campo Largo (PR), é especialista em reutilização de materiais descartados e formado em artes visuais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É um artista plástico autodidata, fundador da Toto Artes – Soluções Artísticas e se destaca pelo impacto social de seu trabalho.
Desde 2007, ministra oficinas de artes plásticas em projetos sociais do município de Campo Largo e Região Metropolitana de Curitiba, desenvolvendo oficinas para todos os públicos e faixas etárias, incluindo crianças com vulnerabilidade social, portadores de necessidades especiais, adultos, idosos, dentre outros.

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É idealizador e coordenador do Projeto Eco Natal que mobilizou mais de cinco mil pessoas para criar a decoração natalina de Campo Largo com materiais recicláveis; do projeto “Fazendo Arte”, que já atendeu mais de três mil crianças com vulnerabilidade social e do projeto “Medicando Alegria”, que visa levar apresentações de teatro, contação de história, música, circo para pacientes, familiares e funcionários de hospitais. Toto também é voluntariado do HI Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo. Além de ter suas obras reconhecidas no Brasil, o quadro “A Santa”, participou de três mostras de arte em Napoli e Roma (Itália), sendo uma delas o “Fórum Mundial da Cultura pela Paz”, organizada pena Unesco.

Premiações

O artista já recebeu diversas premiações, entre elas o prêmio de honra ao mérito “Professora Odila Portugal Castagnoli”, pelos relevantes serviços prestados a cidade e a cultura de Campo Largo; o “Prêmio Personalidades Empreendedoras do Paraná”, pelos relevantes serviços prestados para sociedade paranaense e a “Medalha das Ordens das Araucárias”, conferida pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT/PR). Sua obra “Acaé Azul” foi reconhecida pelo Governo do Paraná para fazer parte do acervo artístico do cerimonial do estado, assim como a obra “Mestre Fandangueiro do Paraná”, que já faz parte do acervo artístico do Palácio Iguaçu.

Fonte: ALPR PR

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