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Diálogo Acadêmico e Legislativo: evento na Assembleia debate direito parlamentar e democracia

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Aproximar e fomentar o diálogo entre acadêmicos e o Poder Legislativo. Esse é o objetivo do I Encontro de Pesquisa sobre o Poder Legislativo e Direito Parlamentar que teve sua abertura nesta quinta-feira (27), no Plenarinho da Casa de Leis. Organizado pelo Núcleo de Investigações Constitucionais da Universidade Federal do Paraná (NINC/UFPR), o Instituto Brasileiro de Direito Parlamentar (Parla) e pelo INCT Representação e Legitimidade Democrática, o evento conta com o apoio da Escola do Legislativo da Casa de Leis.

“É papel da Escola do Legislativo construir esse tipo de parceria e receber os núcleos de pesquisa na Casa de Leis”, afirmou o diretor da Escola do Legislativo da Alep, Jeulliano Pedroso. Para ele, trazer esses debates, o que tem de mais moderno, que os pesquisadores estão buscando para entender o processo político, o processo parlamentar, de fato, “atende a missão da Escola e atende também os princípios estabelecidos pela Mesa Executiva de que realmente eles querem se conectar cada vez mais com o público paranaense e também nacional, mostrando aquilo que a gente faz e a potencialidade das Pesquisas que aqui podem ser geradas ou acolhidas”.

Para a professora de Direito Constitucional e de Direito Eleitoral na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Eneida Desiree Salgado, debates assim são essenciais para aproximar a sociedade do parlamento. “É um campo em que pouca coisa tem desenvolvida, então esses encontros servem para incentivar as pessoas que fazem pesquisa em vários níveis acadêmicos a compartilhar, chamar a atenção pra quem produz o direito, pra quem controla o orçamento, controla o exercício de poder”, afirmou ela que é líder do Núcleo de Investigações Constitucionais (NINC/UFPR).

Para ela além de aproximar a sociedade dos parlamentos é necessário voltar o olhar ao Poder Legislativo. “No direito a gente vem há muito tempo falando sobre o Poder Judiciário, como se o direito nascesse espontaneamente e agora a gente está estudando a formação das lideranças, o funcionamento dos Blocos, a relação com os partidos, os poderes da Mesa e também o controle dos Conselhos de Ética, enfim, trabalhando o processo legislativo e as dinâmicas do Poder Legislativo”, disse, ao afirmar que o “desafio é construir um campo que tem muito pouca coisa sobre ele ainda”.

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Direito parlamentar

Mestra em Direitos Humanos, Interculturalidade e Desenvolvimento, Monike Santos, também participou do encontro e falou sobre a importância de discutir o direito parlamentar. “É uma área que a gente nem na faculdade chega a ter esse tipo de temática e é tão intrínseco à vida das pessoas, porque dentro da democracia o parlamento é essencial”, disse, ao afirmar que falar sobre o direito parlamentar “é tão crucial que faz com que a democracia seja efetivamente aplicada na vida das pessoas, através das leis, através dos parlamentares e da representatividade”.

Ela preside o Instituto Brasileiro de Direito Parlamentar (Parla) que tem o objetivo de contribuir para a formação de especialistas, promovendo pesquisas e discussões que aprimorem a normatização e a interpretação das regras que regem o funcionamento do Parlamento.
“Abrir e entender que o Brasil vem mudando muito, inclusive em hábitos da política, alguns muito bons em termos de transparência, de participação, mas outros que geram uma discussão enorme e que precisam ser enfrentados”, disse o mestre em Direito de Relações Sociais e doutor em Direito das Relações Sociais, ex-prefeito de Curitiba e ex-deputado federal, Gustavo Fruet, que falou sobre “Um parlamentar entre o Direito e a Política”.

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Ele apresentou um balanço do que viveu e viu na política, além de mostrar algumas mudanças que ocorreram. “Uma delas foi a questão orçamentária. Pela primeira vez, em 2025, o valor das emendas parlamentares chegará próximo da capacidade de investimento discricionária no Governo Federal. Não existe parlamento assim no mundo. Tem um lado interessante de permitir uma maior aproximação fora do modelo tradicional burocrático. Mas também isso mostra o custo cada vez maior da governabilidade no Brasil, o que dá margem a muito questionamento. De qualquer maneira, é uma oportunidade de apresentar um pouco dessa reflexão, evidentemente, sempre na esperança de que o Brasil evolua nos hábitos políticos”, afirmou.

Também fizeram parte da mesa de abertura o professor de Ciências Sociais, Adriano Nervo Codato professor de Ciências Sociais, Adriano Nervo Codato e a diretora de Assistência ao Plenário da Alep, Isabel Arruda Quadros.

Debates na UFPR

O encontro continua nesta quinta-feira (27), na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com outras três palestras. São elas: “Por Dentro do Legislativo Subnacional: Questões e Debate da Agenda da Ciência Política”, com o jornalista, mestre em Comunicação e doutor em Ciência Política, Fábio Vasconcellos; “O Poder Legislativo e os Quadros Conceituais de Teoria do Estado Brasileira: Fundamentos e Agenda para Uma Leitura Contemporânea”, com o mestre em Ciências Jurídico-Políticas, doutor em Direito e professor, Raoni Macedo Bielschowsky; “O Papel do Processo Legislativo na Resiliência Democrática: Perceptivas Comparadas e Agendas de Pesquisa”, com a doutora em Direito pela Academia de Ciência da Hungria, professora de Direito Constitucional e Público, Tímea Drinóczi.

Fonte: ALPR PR

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Projeto de lei que institui o mês “Abril Verde e Amarelo avança na CCJ

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Nesta quarta-feira (02/04), a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) aprovou o Projeto de Lei nº 66/2025, de autoria do deputado estadual Marcio Pacheco (PP). A proposta visa instituir o mês de abril como “Abril Verde e Amarelo” no estado, com o objetivo de promover ações de conscientização sobre a importância da defesa da propriedade privada e o enfrentamento das invasões de terras, além de incluir essa temática no Calendário Oficial de Eventos do Paraná.

O deputado Marcio Pacheco explica que o projeto tem como finalidade auxiliar os proprietários de terras a se organizarem e a estabelecerem uma comunicação mais eficaz com as forças de segurança pública. Isso, de acordo com o parlamentar, permitirá que, diante de qualquer suspeita de invasão — seja por parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ou de grupos indígenas, como tem sido observado em Terra Roxa, Guaíra e Palotina — as autoridades possam agir com maior rapidez. Pacheco enfatiza que o Poder Judiciário deve cumprir seu papel com a agilidade necessária para que as reintegrações de posse ocorram de forma célere.

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“Não se trata de espalhar medo, mas de afirmar que, no Paraná, não aceitamos isso. O legítimo dono da terra precisa ter voz. Discutir esse grave problema já é uma grande reação. Não podemos mais ser omissos ou coadjuvantes. Afinal, os proprietários têm total legitimidade para buscar a melhor maneira de se proteger. Isso é uma questão de gestão de crise”, destaca Pacheco.

Para o deputado, a proposta também serve como uma medida preventiva ao “Abril Vermelho”, período em que o MST realiza a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária. Em um único dia do “Abril Vermelho” de 2024, de acordo com o parlamentar, o MST registrou 24 invasões em 11 estados, incluindo o Paraná. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA- Congresso Nacional), alerta para a possibilidade de um número recorde de invasões ocorrerem neste ano.

Além das invasões promovidas pelo MST, os agricultores paranaenses também enfrentam a ocupação de terras por povos indígenas. A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) informa que, desde o final de 2023, nove propriedades rurais na região Oeste foram invadidas por indígenas. A reintegração de posse dessas áreas é de competência federal, o que limita a capacidade de reação do governo local.

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“A invasão de terras é crime, é ilegal e não é um método legítimo de reivindicação de direitos, pois contraria a legislação agrária vigente, que prevê instrumentos legais para a reforma agrária”, ressalta Pacheco. O deputado também destaca que essas ações geram violência, insegurança jurídica, riscos sanitários e impactos negativos na economia do Paraná.

A proposta de Pacheco segue o exemplo de um projeto similar aprovado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, evidenciando a relevância da iniciativa em um contexto de crescente tensão fundiária.

Fonte: ALPR PR

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