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Deputado Goura (PDT) destaca modelo holandês para transformar cidades investindo em mobilidade ativa no 2º Paraná Bici

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No primeiro dia de seminário, quinta-feira (28), as convidadas Elke Schimmel e Shelley Bontje, representantes dos Países Baixos, mostraram como a bicicleta pode ser parte da solução para transformar as cidades em ambientes mais sustentáveis, seguros, socialmente justos e saudáveis.

O deputado estadual Goura (PDT), idealizador do Paraná Bici, ressaltou que a primeira edição do evento, realizada em 2023, foi importante para conhecer experiências estaduais e nacionais, ao passo que a intenção desta segunda edição é se inspirar em modelos que deram certo fora do Brasil.

“Não se trata de copiar e colar. Trata-se de conhecer o processo que se deu na Holanda e entender o que pode ser feito aqui no Paraná para fortalecer a mobilidade ativa”, afirmou Goura.

Goura, que foi eleito vereador em 2016 como representante do cicloativismo e hoje está no segundo mandato como deputado estadual, destacou que o uso da bicicleta traz uma série de benefícios para a saúde individual e coletiva da cidade.

“Quando eu pedalo, eu me aproprio dos caminhos da cidade e crio uma relação afetiva com a cidade. E a gente começa a cuidar das coisas, na medida que a gente tem uma relação de pertencimento geral. Por isso, é fundamental mais investimento em infraestrutura cicloviária para termos mais gente pedalando”.

A bicicleta como parte da solução

O seminário foi conduzido por Shelley Bodje e Elke Schimmel, especialistas da Dutch Cycling Embassy – DCE, que é uma rede público-privada holandesa para a mobilidade sustentável e inclusiva de bicicletas. Elas apresentaram o modelo de mobilidade ativa da Holanda e, de forma dinâmica e participativa, buscaram dialogar com a realidade das cidades paranaenses.

O modelo holandês parte do princípio da bicicleta como meio de transporte, não como esporte. E como tal, ela se destaca por ser amigável ao meio ambiente, eficiente no uso do espaço, promover a saúde e a equidade social e ser uma solução para os problemas de tráfego.

Para se tornar referência mobilidade ativa, a Holanda desenvolveu ao longo dos anos uma cultura cicloviária exemplar e uma infraestrutura bem planejada. Isso foi possível graças a decisões políticas direcionadas, desenvolvimentos culturais e planejamento urbano prático.

Referência mundial

Elke destacou que três pontos são fundamentais para a abordagem integrada dos modais de transporte na Holanda: Hardware – infraestrutura e o ambiente construído; Orgware – processo de cooperação necessária entre os atores, e Software – o lado humano da mobilidade.

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Nesse sentido, a rede cicloviária holandesa é projetada com base em cinco princípios: direcionalidade, segurança, conforto, coesão e atratividade, que tornam o planejamento urbano favorável ao ciclismo e fortalece o conceito de “cidade de 15 minutos”, que garante a acessibilidade aos serviços importantes para a vida cotidiana em 15 minutos a pé e/ou de bicicleta.

Outro ponto de destaque é o sistema holandês de seguro e regulamentação. No trânsito brasileiro o princípio de que “o maior deve cuidar do menor” existe, porém, nem sempre é respeitado. Na Holanda os motoristas têm um dever de cuidado particularmente elevado em relação aos usuários vulneráveis da via, como crianças em bicicletas.

“Quando uma criança está andando de bicicleta, presume-se que ela seja menos capaz de reconhecer perigos ou avaliar adequadamente as situações de trânsito. Portanto, no caso de um acidente envolvendo uma criança, o motorista é frequentemente considerado parcialmente responsável, mesmo que tenha seguido as regras de trânsito”.

Não é preciso reinventar a roda

Segundo as especialistas holandesas, é preciso ter em mente que a transição leva tempo, mas é possível acelerar o processo. “Se vocês querem que mais pessoas andem de bicicleta, não reinventem a roda. Tem muitas informações disponíveis que podem ser referência para vocês. É preciso conectar práticas internacionais às práticas locais”, afirmou Shelley.

“Quem são as pessoas que estão andando de bicicleta e quem deveria ser convidado para andar de bicicleta? Pensem em crianças, em idosos, em pessoas com deficiência. Mas pensem também em políticos, tomadores de decisões, designers, urbanistas…”, observou.

Por fim, Shelley ressaltou que “até na Holanda o carro atrai. Não é tudo maravilhoso. Sempre é preciso um plano de mobilidade. É preciso saber como acomodar todas as formas de transporte”.

Paraná Bici se torna referência em mobilidade ativa

A 2ª edição do Paraná Bici despertou o interesse de 127 dos 399 municípios paranaenses e de municípios de outros estados, como Santa Catarina. O município de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, enviou uma equipe composta por duas arquitetas e um arquiteto para o participar do evento.

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“É muito importante conhecer a experiência holandesa. Achamos muito bacana entender a mobilidade ativa de uma forma maior, inclusive como uma questão de saúde pública. É uma construção, uma outra forma de pensar as cidades”, afirmaram Amanda Fernandes, Fernanda Biss e Marcos Ribeiro.

“O evento está excelente. As oficinas são muito interessantes e mostram que temos muito a aprender e que é possível fazer a transição”, afirmou Giovani Rafael Seibel, da Associação Blumenauense Pró-ciclismo.

Elise Savi, arquiteta e urbanista de Maringá, destacou a importância do evento para trazer novas perspectivas e soluções para a ciclomobilidade. “Me chamou muito a atenção para o conceito de que se não for possível fazer a rota mais reta e mais direta, que seja a rota mais agradável. E em Maringá temos muitos fundos de vales bastante preservados que podem ser grandes potenciais para rotas cicloviárias”, observou.

De Foz do Iguaçu, a guia de turismo Bruna Stekling falou que os desafios são muito parecidos quando se fala em mobilidade urbana. “Então a gente tem que se inspirar em bons exemplos”.

O professor e cicloativista David Couto, de Antonina, no litoral paranaense, contou que somente depois da realização de três fóruns de ciclomobilidade foi possível a construção de uma ciclovia na avenida mais movimentada do município.

“Quando a gente promove essas discussões, a gente desperta o interesse. Agora precisamos pensar em como fazer essa transição e desenvolver a cultura da ciclomobilidade”, disse.

Realização

O Paraná Bici é uma realização do mandato do deputado estadual Goura em parceria com a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), com a Escola de Gestão do Estado do Paraná, com o Consulado Geral dos Países Baixos em São Paulo e com o Consulado Honorário dos Países Baixos.
Também conta com patrocínio do Ministério de Infraestrutura e Recursos Hídricos dos Países Baixos, ACTIVE (Alliance for Cycling and walking Towards International Vitality and Empowerment) e WeeFor Incorp e apoio da OAB-PR, Instituto Energia Humana, Secretaria da Administração e da Previdência do Paraná e Governo dos Países Baixos.

Fonte: ALPR PR

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Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia celebra ano de conquistas

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O Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia Legislativa do Paraná fechou 2024 com um saldo bem positivo de ações, atividades, expansão do Programa Tampinha Paraná e arrecadação de tampinhas, brinquedos e livros. “Em 2024, o Conselho reafirmou seu compromisso de atuar como uma ponte entre a sociedade e a Assembleia Legislativa, promovendo iniciativas que ampliaram o alcance social da Casa de Leis. Nosso trabalho buscou engajar a população em ações que fomentaram a inclusão, a solidariedade e o respeito aos direitos de todos, especialmente dos grupos mais vulneráveis”, afirmou a presidente do Conselho, Rose Traiano.

O programa Tampinha Paraná ampliou sua atuação com novas parcerias como com o Museu Alfredo Andersen, a Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná (APAP), a Agência Reguladora do Paraná (Agepar) e a Sanepar. Parcerias estas que resultaram em grandes arrecadações de tampinhas plásticas que foram doadas ao Asilo São Vicente de Paulo, em Curitiba. Em 2024, o Programa Tampinha Paraná também ganhou um jingle e um mascote.

A campanha de arrecadação de tampinhas plásticas foi lançada em maio do ano passado com o objetivo de incentivar instituições, legislativos municipais, associações de classe, entre outros a arrecadarem tampinhas plásticas que serão destinadas às entidades assistenciais. De lá para cá foram inúmeras arrecadações, adesões e doações tanto que a campanha ganhou corpo e virou a lei estadual nº 21.697/2023. A iniciativa do programa é unir esforços de entidades públicas e privadas para promover a cultura de sustentabilidade ambiental e também de proteção às pessoas vulneráveis e representa o atendimento às demandas sociais de diferentes matizes.

Demais ações do Conselho

Ainda durante o ano de 2024 foram inúmeras ações e atividades como apoio à exposição fotográfica “A Outra Face do Autismo”, em comemoração ao Abril Azul; às ações do mês de Conscientização sobre o Autismo promovido pela Casa de Leis; à campanha do Governo do Estado “SOS Rio Grande do Sul”, com o recebimento de mantimentos para os desabrigados no estado e à campanha do Outubro Rosa promovida pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia.

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Também, via Conselho, foram realizados dois Grandes Expedientes. Um para homenagear o artista Nilson Müller, ilustrador e criador do personagem Zequinha e na ocasião também aconteceu o encontro entre os personagens Zequinha (criado por Müller) e do mascote Tampinha. O outro Grande Expediente foi com a diretora do Hemepar, Vivian Raksa, que falou sobre a importância da doação de sangue em alusão ao Dia do Doador de Sangue Voluntário, celebrado em 25 de novembro. “Cada campanha, parceria e doação realizadas este ano são reflexos de um esforço coletivo para transformar vidas e criar um impacto positivo”, pontuou a presidente do Conselho, Rose Traiano.

A inclusão digital às pessoas idosas também não ficou de lado em 2024. Mais cinco Workshop “Uso Seguro e Consciente da Internet”, em parceria com a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) foram realizados. Um com dicas contra golpes virtuais, com o delegado titular da Delegacia de Estelionatos em Curitiba, Emmanoel David; um com a coordenadora do Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor do Paraná (Procon/Paraná), Cláudia Silvano, sobre ações e dicas sobre os direitos dos consumidores 60+ e prevenção de golpes na internet; um curso intensivo sobre o uso básico do celular na Semana Internacional do Idoso, ocorrido em outubro e um sobre Inclusão Digital. E para fechar o ano, uma Feira de Tecnologia 60+ que apresentou aos participantes interações sem as limitações físicas do mundo real através de dispositivos dedicados, como óculos de realidade virtual e robô social autônomo, além de palestra sobre o metaverso e Inteligencia Artificial (AI).

O Conselho também promoveu duas campanhas solidárias. A “Doe uma História, Inspire um Futuro”, no mês das Crianças, com a arrecadação de mais de mil exemplares de livros infantis e infantojuvenis que foram doados às crianças em situação de vulnerabilidade. E a Campanha de Natal 2024 com arrecadação de brinquedos às crianças dos servidores terceirizados da Casa de Leis.

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“Para 2025, nossa meta é ampliar ainda mais o alcance dessas ações, fortalecendo parcerias existentes e criando novas oportunidades de colaboração com instituições e a sociedade civil. Queremos tornar a Casa do Povo cada vez mais acessível, promovendo mais inclusão digital, conscientização ambiental e campanhas sociais que façam a diferença no dia a dia das pessoas. O desafio é grande, mas a vontade de construir uma sociedade mais justa e solidária nos move todos os dias”, disse a presidente do Conselho Rose Traiano.

Atribuições do Conselho

Instituído pelo ato da Comissão Executiva nº 2549/2023, o Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia tem como atribuições promover o desenvolvimento de ações e incentivar o engajamento em ações voluntárias e de atos de solidariedade, visando o fortalecimento do vínculo do Poder Legislativo Estadual com a comunidade e o senso de dever cívico; identificar necessidades e vulnerabilidades sociais, organizar sistema de informações para desenvolver projetos, ações e adotar iniciativas que possam ser realizados em conjunto, pelo poder público estadual e municipal, iniciativa privada, entidades do terceiro setor e cidadãos, por meio de parcerias solidárias, visando potencializar os benefícios à comunidade paranaense e participar na organização e divulgação de estudos e pesquisas voltadas ao aperfeiçoamento das ações sociais promovidas pela casa legislativa em sua área de atuação. Vale ressaltar que as atividades desenvolvidas pelo Conselho não são remuneradas, tampouco indenizadas. Também integram o Conselho: Cleusa de Fatima Caieiro, Daniela Vanzo Duarte, Kely Schiavinato, Amanda Victoria de Lima, Paulo Valente e demais colaboradores.

Fonte: ALPR PR

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