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Comissão de Constituição e Justiça aprova criação do Corpo de Militares Temporários

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná aprovou na sessão desta terça-feira (03) o projeto de lei 714/2024, de autoria do Poder Executivo, que institui o Corpo de Militares Temporários. Segundo o governo, os temporários irão atuar junto à Polícia Militar do Paraná (PM-PR) e ao Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBM-PR) em contrato de trabalho de caráter temporário para exercer atividades administrativas internas e relacionadas à área da saúde. A matéria recebeu votos contrários dos deputados Requião Filho (PT) e Arilson Chiorato (PT). A proposta tramita em regime de urgência.

A previsão do Executivo é de que a atuação funcione como o Serviço Militar Temporário das Forças Armadas, contratando oficiais (2º tenentes) e praças (soldados) por um período de dois anos, prorrogável por iguais períodos. O texto veda que o período exceda oito anos de contrato. O número de vagas ainda será definido e a contratação será por Processo Seletivo Simplificado (PSS).

O governo justifica que, com a proposta, militares estaduais serão realocados em atividades-fins nas duas corporações, refletindo em uma maior efetividade nos serviços prestados. Além disso, a medida também vai permitir a incorporação de profissionais especializados em áreas como Direito, Contabilidade, Engenharia, Medicina e Odontologia.

Os aprovados no processo seletivo vão passar por um curso preparatório para cumprir as atividades. O processo seletivo será aberto a profissionais com idade entre 18 e 35 anos no ato de inscrição. Para ser contratado, ele também não pode ter sido demitido ou exonerado do serviço público, nem ter sido submetido a processo administrativo disciplinar ou ainda não ser integrante da reserva remunerada ou reformado de outra corporação ou força militar.

Também do Executivo, foi aprovado o projeto de lei 683/2024, que altera a Lei n° 17.430/2012, estabelecendo a estrutura de funções privativas transitórias (FPT) da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (SEIL) e da Secretaria de Estado das Cidades. A proposta objetiva a criação de quarenta vagas de FPT na SEIL e de suas entidades a fim de atender à atual demanda de pessoal requerida pelas respectivas estruturas funcionais. Dessa forma, vai contemplar novos servidores efetivos admitidos nas funções de arquiteto e engenheiro civil. A proposta também tramita em regime de urgência.

Vista

A CCJ volta a se reunir de forma extraordinária nesta quarta-feira (04), às 8h30, para analisar uma série de propostas do Poder Executivo que receberam pedidos de vista e que tramitam em regime de urgência. O projeto de lei 729/2024, que altera a Lei nº 21.344/ 2022 e dispõe sobre a gestão dos hospitais universitários estaduais, foi adiado após vista solicitada pelo deputado Arilson Chiorato (PT). Segundo o governo, a proposta pretende atualizar o procedimento para escolha dos Diretores-Gerais dos Hospitais Universitários vinculados às universidades. A proposta cria a possibilidade de que a escolha do titular do órgão seja realizada mediante aprovação do Conselho Universitário, integrado por representantes da comunidade universitária e da sociedade civil local. O mesmo se deu com o projeto de lei 728/2024, que cria 20 cargos comissionados executivos na Procuradoria-Geral do Estado. O pedido de adiamento é dos deputados Arilson Chiorato (PT) e Requião Filho (PT).

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Também foi concedido vista ao deputado Requião Filho (PT) em relação ao projeto de lei 731/2024, que altera a Lei nº 7.811/1983, transformando o Departamento de Trânsito (Detran-PR) em autarquia. A alteração prevê a eliminação das taxas de reteste de exames médicos e psicológicos do órgão. Segundo o governo, a reformulação vai permitir ao Detran-PR ampliar a oferta de exames de saúde para mais municípios. As mudanças também preveem que as consultas sejam marcadas em clínicas próximas da localização do motorista. Além disso, o projeto propõe reajustes nas taxas de testes e exames. As tarifas do Detran-PR não têm mudanças desde 2011.

O texto prevê ainda que motoristas fiquem isentos de uma nova cobrança para casos de resultados inconclusivos de exames médicos, psicológicos e de aptidão mental que demandem um retorno da pessoa à clínica. A isenção vai ser aplicada desde que o retorno aconteça dentro do prazo de 30 dias corridos. A reformulação também prevê que sejam estabelecidos tempos de tolerância de 10 minutos para atrasos nos atendimentos.

Segundo o governo, com a aprovação da proposta, o órgão planeja publicar um novo edital para credenciamento de clínicas para exames de saúde. Desse modo, clínicas dos 399 municípios poderão se credenciar para a prestação dos serviços. Atualmente, apenas clínicas das cerca de 100 cidades que têm Ciretrans podem ofertar exames.

Demais propostas

O projeto 739/2015, do deputado Professor Lemos (PT), foi aprovado. A medida altera redação do artigo 1° da Lei 14.274/2003, que dispõe sobre a reserva de afrodescendentes em concursos públicos. A proposta reserva a afrodescendentes 20% das vagas de cargos de provimento efetivo oferecidas em concursos públicos organizadas pelo Poder Público Estadual.

Foram aprovados ainda os projetos de lei 843/2023, do deputado Matheus Vermelho (PP), que dispõe sobre a obrigatoriedade das empresas concessionárias e permissionárias a disponibilizarem a modalidade pix ou outra forma equivalente como meio de pagamento instantâneo; 567/2024, do deputado Luiz Fernando Guerra (União), que dispõe sobre a vacinação BCG prioritariamente antes da alta hospitalar; e 712/2024, do deputado Nelson Justus (União), reconhece o bairro Colônia Santa Gabriela, no município de Almirante Tamandaré, como Patrimônio de Natureza Cultural e Imaterial do Estado do Paraná.

O deputado Hussein Bakri (PSD) solicitou vista do projeto de lei 444/2024, do deputado Ney Leprevost (União), que dispõe sobre a criação da Carteira de Medicamentos para registro das prescrições médicas no âmbito do Estado do Paraná. O objetivo é registrar os medicamentos prescritos aos pacientes no sistema público de saúde. A carteira será disponibilizada pela rede pública de saúde tanto em formato impresso quanto digital, contendo as seguintes informações: identificação do paciente; relação dos medicamentos de uso contínuo prescritos, identificados por seu princípio ativo; quantidade prescrita de cada medicamento; registro de eventos adversos decorrentes de interações medicamentosas. De acordo com o autor, a proposta visa garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes por meio do controle efetivo do uso de medicamentos prescritos.

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Defensoria

Duas propostas da Defensoria Pública do Estado do Paraná foram aprovadas. Avançou o projeto de lei 727/2024, que altera dispositivos da Lei 20.857/2021, estabelecendo o Estatuto dos Servidores do órgão. A proposição altera uma série de pontos do estatuto. Entre as novas determinações estão a de que a licença maternidade não suspende o estágio probatório; a que permite o aprimoramento do instituto da relotação, estabelecendo a expedição de edital prévio à lotação de novos servidores; a que institui a aplicação de promoção de forma alternada, com antiguidade e merecimento; além disso, também faz alteração pontual na licença-capacitação, de modo a permitir sua vinculação a cursos à distância.

Também foi aprovado o projeto de lei complementar 13/2024, de autoria da instituição, que altera dispositivo da Lei Complementar n° 136/2011, estabelecendo a Lei Orgânica da Defensoria Pública do Estado do Paraná. A medida determina que o subsídio dos membros guarde a diferença entre categorias da carreira de forma decrescente a partir do valor fixado para o cargo de Defensor Público de Classe Especial. Segundo a justificativa, a alteração visa reduzir a diferença percentual entre os subsídios recebidos, promovendo maior equidade e reduzindo a evasão de profissionais.

Emendas

A discussão do projeto de lei 662/2024, de autoria do Poder Executivo, que dispõe sobre normas gerais para o licenciamento ambiental no Estado do Paraná, continua na CCJ. Após receber 47 alterações em Plenário, o relator das emendas na Comissão, deputado Hussein Bakri (PSD), apresentou um relatório na forma de um substitutivo geral acatando 22 delas. Dessa forma, o deputado Arilson Chiorato (PT) solicitou vista do relatório. Segundo o governo, o projeto visa aprimorar a regulamentação existente ao aliar as necessidades do setor produtivo com a preservação do meio ambiente.

Também foi aprovada uma emenda de Plenário ao projeto de lei 684/2024, que altera a Lei n° 17.444/2012, que implementa o Convênio ICMS n° 85/2011, autorizando a concessão de crédito outorgado de ICMS destinado a estabelecimentos que invistam em infraestrutura no território paranaense. O mesmo se deu com uma emenda de Plenário ao projeto de lei complementar 12/2024, que revoga o parágrafo único do artigo 66 da Lei Complementar n° 231/2020, estabelecendo normas de finanças públicas voltadas para a qualidade e a responsabilidade na gestão fiscal do Estado do Paraná e cria o Fundo de Recuperação e Estabilização Fiscal do Paraná.

Por fim, avançou uma subemenda de plenário relativa ao projeto de lei 280/2019, de autoria do deputado Goura (PDT), que propõe novas categorias para lixeiras em locais públicos. A proposta altera a Lei n° 15.632/2007, que dispõe sobre instalação de coletores de lixo reciclável em locais onde haja concentração pública.

Fonte: ALPR PR

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É preciso dar um basta nas fake news contra as vacinas, diz deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD)

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O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) afirmou nesta segunda-feira, 14, que é necessário combater as fake news contra as vacinas e aqueles que vão contra o interesse público. “Todos sabem que as vacinas salvam vidas. O Plano Nacional de Imunização oferece 18 vacinas para crianças e diversas faixas etárias”, destacou Romanelli na tribuna da Assembleia Legislativa.

“Hoje, as secretarias de Saúde e da Educação iniciaram uma ampla campanha de vacinação infantil nas escolas. Isso não pode ser alvo de ataques, negacionismo ou fake news”, completou.

As vacinas, segundo Romanelli, são obrigatórias, mas não compulsórias, e os pais têm a responsabilidade de decidir pela imunização dos filhos. “Vamos proteger nossas crianças para evitar o retorno de doenças já erradicadas no Brasil”, enfatizou.

Ciência e Saúde

“Não é aceitável que se façam campanhas permanentes contra a saúde pública. Ser eleito deputado não é para trabalhar contra o interesse coletivo. Ir contra a saúde das crianças é ir contra o bem comum”, observou.

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Romanelli explicou que as secretarias de Saúde e Educação atuam com base nas diretrizes do Ministério da Saúde, do Plano Nacional de Imunização, da Anvisa e do Estatuto da Criança e do Adolescente. “Os pais que optarem por não vacinar devem assinar um termo de responsabilidade”, esclareceu.

Em março, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que pais que se recusarem a vacinar os filhos contra a covid estão sujeitos à multa prevista no artigo 249 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Decisões corretas

“O Paraná tem pressa em proteger a vida de suas crianças e jovens. A vacina contra a covid salvou vidas. Não podemos permitir que fake news sejam disseminadas a toda hora”, afirmou.

Romanelli classificou como irresponsáveis as campanhas contra a vacinação infantil. “Peço aos pais: vacinem seus filhos. O que o Estado e o Governo estão fazendo é rigoroso e baseado na ciência. Não vamos nos desviar disso”, reforçou.

“Nossa solidariedade ao governo do Estado pelas decisões acertadas na área da saúde. Os secretários Beto Preto (Saúde) e Roni Miranda (Educação) baseiam suas ações na ciência e no bem-estar das crianças e jovens”, concluiu.

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Fonte: ALPR PR

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