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Workshop promovido pela Copel discute desafios diante de eventos climáticos extremos

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A Copel realizou o 1º Workshop de Eventos Extremos e Segurança Operacional, dedicado à discussão dos impactos das mudanças climáticas e dos desafios operacionais para o setor de energia que emergem em cenários de eventos climáticos severos.

O evento, que aconteceu na sede da empresa em Curitiba, na quinta e na sexta-feira (26 e 27), reuniu cerca de cem pessoas, entre diretores, conselheiros da empresa e especialistas de diversas áreas com o objetivo de compartilhar conhecimento e buscar soluções para aumentar a resiliência nas operações de geração, transmissão e distribuição de energia.

O presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, ressaltou a importância do encontro técnico, especialmente diante dos recentes desastres naturais no Rio Grande do Sul.

Ele destacou que, com a crescente imprevisibilidade dos eventos climáticos, é fundamental que empresas como a Copel estejam preparadas para mitigar riscos e assegurar a continuidade dos serviços, mesmo em situações de extrema adversidade.

“Temos que usar nossa experiência e a de outras empresas que passaram por momentos críticos para aperfeiçoar procedimentos e buscar soluções técnicas que reduzam o impacto dos eventos extremos para a população e para os nossos negócios”, diz Slaviero.

ESTUDO DE CASO DO RS – O evento teve uma das manhãs dedicada ao estudo aprofundado dos fatores climáticos que levaram o Rio Grande do Sul a enfrentar a cheia histórica neste ano, os impactos em usinas e redes elétricas e a atuação das empresas concessionárias de energia e de agentes como o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na resposta à crise.

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O evento contou com palestras de renomados especialistas na área, como a Camila Bertoletti Carpenedo, líder do Núcleo de Estudos sobre Variabilidade e Mudanças Climáticas da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A pesquisadora demonstrou como diferentes causas naturais podem se combinar levando a eventos climáticos extremos e, também, apresentou indicadores da influência humana para a ocorrência desses eventos.

“Essa influência se dá principalmente em função do aumento da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera terrestre que resulta no aumento da temperatura média do planeta”, disse ela.

“E não só a atmosfera está aquecendo, mas os oceanos também e, se temos oceanos mais quentes, como consequência, há mais vapor de água na atmosfera, fator que também influência na frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos”, explica ela.

Outro convidado, o professor doutor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, Fernando Mainardi Fan, abordou os impactos do evento climático extremo ocorrido no Rio Grande do Sul nas vazões e níveis de água dos rios e reservatórios, mostrando como o Instituto desenvolveu modelos para previsão de vasões que subsidiaram a tomada de decisão por parte de autoridades.

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INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIA – Profissionais da Copel nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia apresentaram os planos de contingência da empresa para eventos climáticos extremos que podem afetar a operação das instalações, como tempestades, volume de chuva e vazões dos rios acima das médias históricas ou secas severas. Ondas de calor também aumentam o risco de queimadas e desligamentos da rede elétrica.

Ganharam destaque os investimentos da empresa em tecnologias que aumentam a resiliência frente a eventos extremos, como softwares que consolidam dados hidrológicos e meteorológicos para previsão de vazões dos rios.

Em parceria com o Simepar, a Companhia também desenvolve um sistema que faz uso de inteligência artificial para prever impactos de temporais no fornecimento de energia elétrica para os mais de 11 milhões de clientes no Paraná. A aplicação se abastece com o histórico de informações das intempéries climáticas captadas pelas estações, satélites e radares meteorológicos do Simepar em todas as regiões paranaenses.

No segmento de transmissão, a empresa já realiza inspeções aéreas preventivas com equipamentos que identificam de forma mais ágil as situações de risco. Vai adotar também um sistema que combina imagens de satélite e inteligência artificial para localizar pontos com maior risco de desligamento por contato da rede com vegetação.

As equipes da Copel participaram de oficinas para propor outras soluções inovadoras ao enfrentamento de eventos extremos e mapeamento dos riscos associados às mudanças climáticas.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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