10 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

    PARANÁ

    Universidade Estadual de Maringá começa a fazer exames de pré-transplante no Paraná

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    O Laboratório de Imunogenética (LIG) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) começou nesta semana a fazer os testes de histocompatibilidade para transplantes de órgãos sólidos de doadores falecidos, também conhecidos como exames de pré-transplante. Com a implantação do serviço, o LIG, que está localizado no câmpus-sede, virou o terceiro local do Paraná com essa possibilidade, além de Curitiba e Londrina.

    Os exames de Painel de Reatividade de Anticorpos (PRA) e Prova Cruzada (CrossMatch), fundamentais para transplante de órgãos de doadores falecidos, eram realizados exclusivamente no Laboratório de Imunogenética do Hospital Universitário Cajuru, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), em Curitiba, e no Laboratório de Histocompatibilidade, do Hospital Universitário Regional de Londrina, da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

    Para a abertura do serviço, o LIG teve que se preparar estruturalmente com a compra de equipamento e kits para exames. Até o momento, já foram investidos cerca de R$ 700 mil, e está em andamento mais um pedido de compras de cerca de R$ 500 mil em kits para tipagem HLA e para detecção de anticorpos anti-HLA.

    A equipe do LIG é composta de cinco professores, envolvidos com a prestação de serviços, uma técnica de nível superior, três técnicos de nível médio e uma agente administrativa. Está em andamento a contratação de pessoal para conseguir cobrir o plantão de sobreaviso 24h/dia nos 365 dias do ano, conforme exigência da Central Estadual de Transplante (CET-PR).

    Atualmente está em implantação o projeto de transição dos exames de Londrina para Maringá. Inicialmente, será feita a tipagem de antígenos leucocitários humanos (HLA) de doadores falecidos de órgãos, como rim, fígado, coração, entre outros. No segundo semestre, serão introduzidos os exames de monitoramento dos pacientes na lista de espera para transplantes renais e cardíacos, e, na sequência, os exames da prova cruzada, que é cruzar as células do doador com o sangue dessas pessoas que estão na lista de espera para saber quem pode receber.

    O laboratório também realiza exames para o cadastramento de doadores voluntários de medula óssea dos Hemocentros de Maringá, Cianorte, Paranavaí, bem como exames de pacientes do Hospital do Câncer de Maringá e seus familiares. A partir do atendimento para transplante de órgãos, passará a atender 23 hospitais, distribuídos nas cidades de Campo Mourão, Cianorte, Colorado, Goioerê, Maringá, Paranavaí, Sarandi e Umuarama. As amostras são encaminhadas pela CET-PR por meio da Organização de Procura de Órgãos (OPO – Maringá).

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    TEMPO.– As vantagens do novo serviço alcançam pacientes transplantados, familiares de doadores falecidos, equipes transplantadoras e a equipe da OPO de Maringá. 

    Uma vez identificada a morte encefálica de um potencial doador, o ideal é que imediatamente seja aberto protocolo para diagnóstico e, na sequência, seja coletado e enviado o material ao laboratório de referência para os exames pré-transplante necessários.

    A demora neste processo pode acarretar, inicialmente, a desistência da doação por parte da família do doador, além de ter consequências também para o receptor, uma vez que podem aumentar as chances de rejeição e perda do órgão transplantado.

    O transporte da amostra para realização dos exames em outro município, além de representar um alto custo (motorista, combustível, manutenção do veículo), também compromete a viabilidade da amostra, aumentando a chance de problemas técnicos, uma vez que os exames só serão realizados quando a amostra chegar ao laboratório de análise.

    LIDERANÇA – O Paraná está na liderança nacional em doações de órgãos, registrando no ano passado 42,5 doadores por milhão de população (pmp). Em números absolutos são 486 doadores efetivos. Os dados são do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), elaborado e divulgado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) nesta semana. A média do Brasil foi 19,9 pmp.

    O RBT ainda apontou que o Paraná possui a menor taxa de recusa familiar para doação do Brasil. O Estado registrou 27% de recusa durante as entrevistas familiares, enquanto a média nacional foi de 42% no ano. 

    A Central Estadual de Transplantes fica em Curitiba e é responsável pela coordenação das atividades de doação e transplantes em todo Estado. Além disso, conta com quatro Organizações de Procura de Órgãos, na Capital, Londrina, Maringá e Cascavel. Estas unidades trabalham na orientação e capacitação das equipes distribuídas em 67 hospitais do Paraná, que mantêm Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). 

    “Com o funcionamento desse novo serviço no laboratório, a UEM passa também a dar a sua contribuição para o sucesso e os bons resultados dessa rede tão importante e delicada, auxiliando com a estrutura física e facilitando a logística, visto que estamos numa região estratégica que pode contribuir muito com a infraestrutura para transplantes que o Estado já possui”, afirma o reitor da UEM, Leandro Vanalli. “Além disso, é muito importante para trazer tranquilidade às famílias e esperança de vida renovada para o receptor que precisa tanto receber um transplante”.

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    A professora Larissa Bahls, responsável técnica do LIG, diz que o novo atendimento se somará aos exames já realizados no LIG. “É preciso destacar que, além do investimento financeiro, investimos horas e horas de treinamento e desenvolvimento técnico e de gestão da qualidade voltada para laboratórios, que executam estes exames de alta complexidade. O investimento veio dos recursos obtidos com a prestação de serviços que o LIG faz há anos junto ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome)”, explica.

    “Tudo que envolve logística de transporte de amostras acaba ficando um pouco mais complexo. Desde 2021, passamos a encaminhar os exames da região para Londrina, após um laboratório privado deixar de prestar o serviço. Mas sabíamos que o laboratório de UEM tinha interesse em assumir esta demanda, só era preciso adequação, como aquisição de materiais e treinamento da equipe”, afirma a coordenadora da Organização de Procura de Órgãos de Maringá, Gislaine Duarte. “Esses acadêmicos vão perpetuar este conhecimento. É muito rico para o cunho acadêmico”.

    AUTORIZAÇÃO ELETRÔNICA  Os cartórios de todo o País lançaram na última semana documento eletrônico que permite a oficialização da vontade dos cidadãos que querem ser doadores de órgãos. A partir de agora, quem desejar se tornar doador de órgãos poderá preencher a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (Aedo) em qualquer um dos 8,3 mil cartórios de notas. A emissão é gratuita e o preenchimento do documento on-line.

    As autorizações ficarão disponíveis em um sistema eletrônico e poderão ser acessadas pelos profissionais de saúde para comprovar o desejo de quem faleceu. O cidadão poderá autorizar a doação dos seguintes órgãos: coração, pulmão, rins, intestino, fígado, pâncreas, medula, pele e músculo esquelético. 

    Fonte: Governo PR

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    PARANÁ

    Polícia Penal do Paraná elabora novo protocolo para combate a incêndio nas unidades prisionais

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    A Polícia Penal do Paraná (PPPR) implementou um novo Protocolo de Emergência, uma medida que visa melhorar a segurança nas unidades prisionais do Estado. O protocolo organiza e padroniza as ações das brigadas de incêndio em todo o sistema prisional, qualificando as emergências por níveis de alerta que definem as ações.

    O nível branco, por exemplo, indica baixa complexidade, o nível amarelo compreende emergência com potencial evolutivo de progressão e o alerta vermelho se refere a emergências de alta complexidade de atendimento.

    O projeto foi desenvolvido após a conclusão do processo de formação de brigadistas, que conta com efetivo superior a 4.400 operadores em todo o Estado. São policiais penais que passaram por Curso de Formação de Brigadistas, ministrado pelo Sistema de Comando de Incidentes (SCI), por meio da Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen), e Monitores de Ressocialização Prisional, cuja formação como brigadista é pré-requisito para ingressar ao sistema prisional.

    O novo protocolo tem como objetivo alinhar as práticas de emergência com as técnicas específicas de combate a incêndios e desastres, considerando as peculiaridades do ambiente prisional.

    Os treinamentos com o efetivo da PPPR abrangem diversas técnicas, como a extração de vítimas de áreas sinistradas e abandono coordenado dessas áreas para ambientes livres, como os pátios, com exaustão dos gases resultantes da combustão, garantindo a integridade das vítimas, aliada à segurança prisional.

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    Além da atenção às pessoas privadas de liberdade, o plano atende a integridade dos profissionais que exercem atividades dentro das unidades, como a evacuação coordenada de pessoas não ligadas à segurança prisional, como advogados, oficiais de justiça, visitantes de custodiados, religiosos, professores e alunos de universidades.

    O chefe do Setor de Combate a Incêndio da PPPR, Alessandro Cidade Vieira, ressaltou a importância do novo protocolo, afirmando que ele representa um avanço significativo na segurança das unidades prisionais. “Estamos oferecendo qualidade no atendimento e nos preparando para antecipar qualquer situação que possa ocorrer em nossas unidades”, destacou.

    EM AÇÃO – O protocolo também visa facilitar o acesso das equipes táticas prisionais e das forças de segurança externas, como o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em situações de emergência. A intenção é garantir uma resposta mais ágil e coordenada, além de criar um ambiente mais seguro e organizado para a atuação das equipes especializadas.

    O Plano de Emergência abrange não apenas os policiais penais, mas também Monitores de Ressocialização Prisional (MRP) e servidores terceirizados e administrativos.

    A iniciativa atende às necessidades do padrão técnico da PPPR, priorizando a operacionalidade da Brigada de Incêndio das unidades, combinados com os grupos táticos de segurança prisional, procurando melhorar a gestão da ocorrência e aprimorar as estratégias de segurança.

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    “A implementação deste novo plano de emergência representa um avanço significativo na segurança das unidades. A padronização das ações de resposta a sinistros fortalece a infraestrutura operacional das unidades, garantindo maior eficiência na gestão de crises”, explica o chefe da Divisão de Projetos e Engenharia da Polícia Penal do Paraná (PPPR), Rodrigo Cordeiro Rodrigues.

    “Nosso compromisso é garantir que os projetos voltados à segurança prisional contemplem soluções estruturais e operacionais que promovam a integridade física e o bem-estar de todos no ambiente prisional. A associação entre planejamento, capacitação contínua e infraestrutura adequada é essencial para a construção de um sistema prisional mais seguro e resiliente”, disse ele.

    EFETIVO – Atualmente, a Polícia Penal do Paraná conta com cerca de 1.500 policiais penais brigadistas e aproximadamente 2.900 monitores de ressocialização prisional capacitados para atuar na prevenção e combate a incêndios.

    A PPPR avança na implementação do Plano de Emergência em todas as penitenciárias da Regional Administrativa de Curitiba até o dia 30 de abril, enquanto a próxima fase, que deverá contemplar as demais regionais administrativas, deve ser concluída até o mês de setembro.

    Fonte: Governo PR

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