10 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

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    Unicentro desenvolve pesquisa sobre biodiesel de óleo da semente de seringueira

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    A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) desenvolveu um biocombustível a partir da extração do óleo da semente de seringueira, inovação que contribuirá para reduzir o impacto ambiental com o máximo aproveitamento dessa matéria-prima. O projeto de pesquisa é do curso de graduação em Química, vinculado ao Setor de Exatas e Tecnologia, localizado no campus Centro de Desenvolvimento Educacional e Tecnológico (Cedeteg), em Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná.

    A ideia do estudo partiu de uma demanda apresentada pela empresa Kaiser Agro, que atua no ramo de florestas produtivas e em projetos de conservação de solo e de preservação de florestas nativas. A proposta era destinar, de forma adequada, os resíduos gerados em uma floresta de produção de látex, cuja decomposição das sementes torna o solo ácido e prejudica o crescimento de outras vegetações.

    Considerado um produto renovável e menos poluente, o biocombustível é uma alternativa para os combustíveis de origem fóssil, e geralmente é produzido com insumos da alimentação humana, como soja, milho, amendoim, gorduras animais, entre outros. A pesquisa desenvolvida na Unicentro utiliza um tipo de semente que não é próprio para o consumo e que seria descartado na atividade produtiva da heveicultura (cultivo de seringueiras).

    O coordenador do projeto, professor André Lazarin Gallina, destaca o potencial das fontes renováveis no processo de modernização da matriz energética, seguindo uma tendência global de substituição de métodos mais poluentes.

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    “Durante a pandemia, por exemplo, houve uma mudança na oferta e demanda da soja. Esse produto foi mais requisitado no setor alimentício do que no de combustíveis e impactou de forma negativa os percentuais de biocombustível incorporados ao diesel. Com essa pesquisa, contribuímos para deixar mais segura a nossa matriz energética, a partir da recuperação desses percentuais, gerando menos dependência do combustível fóssil”, explica o professor.

    PARÂMETROS – Entre os resultados, a pesquisa apontou que o biodiesel da semente de seringueira atende aos parâmetros de qualidade estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), instituição vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Segundo o órgão do Governo Federal, o biocombustível está apto para ser comercializado quando apresenta aspecto visual em tom de amarelo claro e sem impurezas, além de um nível de acidez e corrosividade específico, entre outros fatores.

    PARCERIA – Além do professor André, a equipe de pesquisadores é composta pelos docentes Letiére Cabreira Soares e Dalila Moter Benvegnú, dos cursos de graduação em Química e Nutrição, respectivamente, da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), no campus de Realeza, no Sudoeste do Paraná. Também participa do projeto a aluna de mestrado Sara Lüneburger, do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia (PPGB) da Unicentro.

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    Esse estudo gerou novos acordos de cooperação entre a instituição estadual de ensino superior e a empresa Kaiser Agro. Atualmente, são treze iniciativas de pesquisa associadas ao beneficiamento do óleo da semente de seringueira, que pretendem otimizar o processo de produção do biocombustível, inclusive na redução de custos para os produtores.

    RECONHECIMENTO – No ano passado, a pesquisa da Unicentro foi vencedora do prêmio Paulo Gonçalves na categoria de melhor artigo científico. O prêmio é promovido pela Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha. A premiação possibilitou aos pesquisadores participarem da reunião do Conselho Internacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Borracha, na Malásia, no continente asiático. No evento, o grupo de acadêmicos participou de treinamentos voltados para o cultivo de seringueiras.

    Em fevereiro deste ano, a estudante Sara Lüneburger conquistou o Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher, promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A premiação contemplou alunas do Ensino Médio e universitárias que desenvolvem pesquisas e iniciação científica com potencial de contribuição para a ciência e o futuro.

    Fonte: Governo PR

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    Mutirão de estágios tem mais de 1,4 mil atendimentos e 362 estudantes pré-aprovados

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    Curitiba sediou nesta quarta-feira (9) o primeiro Mutirão de Estágios – Aluno de Sucesso, promovido pela Secretaria de Estado do Trabalho, Qualificação e Renda. A ação ofereceu mais de 1.300 oportunidades de estágio e jovem aprendiz para estudantes a partir de 16 anos, matriculados nos ensinos médio, técnico ou superior.

    De acordo com a Agência do Trabalhador de Curitiba, foram entregues 660 senhas de atendimento e registradas 1.471 participações nos processos seletivos — muitos candidatos aproveitaram para participar de mais de uma seleção. No total, 362 estudantes saíram pré-aprovados ou já contratados.

    “O mutirão foi um grande sucesso. Tivemos quase 1,5 atendimentos e centenas de jovens já saíram daqui contratados. Quero agradecer às 18 empresas que participaram e saíram muito satisfeitas, e agradecer também a presença de todos os estudantes que confiaram na ação”, afirmou o secretário de Estado do Trabalho, Qualificação e Renda, Do Carmo.

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    O evento foi realizado na Agência do Trabalhador Central. Sem exigência de experiência prévia, o mutirão se consolidou como uma excelente oportunidade para quem busca o primeiro emprego e deseja iniciar sua trajetória profissional.

    O gerente da Agência do Trabalhador de Curitiba, Rafael Santos, destacou a importância da ação. “As empresas tiveram atendimento online, cadastro na hora e encaminhamentos. Muitos estudantes já saíram com a relação de documentos necessários para as próximas etapas. Nossos jovens souberam aproveitar a oportunidade. Essa é uma ação da secretaria que realmente faz a diferença”, disse.

    A iniciativa faz parte dos esforços do Governo do Estado para ampliar o acesso dos estudantes paranaenses ao mercado de trabalho, contribuindo para sua formação prática e desenvolvimento profissional.

    Fonte: Governo PR

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