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Unicentro desenvolve pesquisa sobre biodiesel de óleo da semente de seringueira

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A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) desenvolveu um biocombustível a partir da extração do óleo da semente de seringueira, inovação que contribuirá para reduzir o impacto ambiental com o máximo aproveitamento dessa matéria-prima. O projeto de pesquisa é do curso de graduação em Química, vinculado ao Setor de Exatas e Tecnologia, localizado no campus Centro de Desenvolvimento Educacional e Tecnológico (Cedeteg), em Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná.

A ideia do estudo partiu de uma demanda apresentada pela empresa Kaiser Agro, que atua no ramo de florestas produtivas e em projetos de conservação de solo e de preservação de florestas nativas. A proposta era destinar, de forma adequada, os resíduos gerados em uma floresta de produção de látex, cuja decomposição das sementes torna o solo ácido e prejudica o crescimento de outras vegetações.

Considerado um produto renovável e menos poluente, o biocombustível é uma alternativa para os combustíveis de origem fóssil, e geralmente é produzido com insumos da alimentação humana, como soja, milho, amendoim, gorduras animais, entre outros. A pesquisa desenvolvida na Unicentro utiliza um tipo de semente que não é próprio para o consumo e que seria descartado na atividade produtiva da heveicultura (cultivo de seringueiras).

O coordenador do projeto, professor André Lazarin Gallina, destaca o potencial das fontes renováveis no processo de modernização da matriz energética, seguindo uma tendência global de substituição de métodos mais poluentes.

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“Durante a pandemia, por exemplo, houve uma mudança na oferta e demanda da soja. Esse produto foi mais requisitado no setor alimentício do que no de combustíveis e impactou de forma negativa os percentuais de biocombustível incorporados ao diesel. Com essa pesquisa, contribuímos para deixar mais segura a nossa matriz energética, a partir da recuperação desses percentuais, gerando menos dependência do combustível fóssil”, explica o professor.

PARÂMETROS – Entre os resultados, a pesquisa apontou que o biodiesel da semente de seringueira atende aos parâmetros de qualidade estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), instituição vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Segundo o órgão do Governo Federal, o biocombustível está apto para ser comercializado quando apresenta aspecto visual em tom de amarelo claro e sem impurezas, além de um nível de acidez e corrosividade específico, entre outros fatores.

PARCERIA – Além do professor André, a equipe de pesquisadores é composta pelos docentes Letiére Cabreira Soares e Dalila Moter Benvegnú, dos cursos de graduação em Química e Nutrição, respectivamente, da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), no campus de Realeza, no Sudoeste do Paraná. Também participa do projeto a aluna de mestrado Sara Lüneburger, do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia (PPGB) da Unicentro.

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Esse estudo gerou novos acordos de cooperação entre a instituição estadual de ensino superior e a empresa Kaiser Agro. Atualmente, são treze iniciativas de pesquisa associadas ao beneficiamento do óleo da semente de seringueira, que pretendem otimizar o processo de produção do biocombustível, inclusive na redução de custos para os produtores.

RECONHECIMENTO – No ano passado, a pesquisa da Unicentro foi vencedora do prêmio Paulo Gonçalves na categoria de melhor artigo científico. O prêmio é promovido pela Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha. A premiação possibilitou aos pesquisadores participarem da reunião do Conselho Internacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Borracha, na Malásia, no continente asiático. No evento, o grupo de acadêmicos participou de treinamentos voltados para o cultivo de seringueiras.

Em fevereiro deste ano, a estudante Sara Lüneburger conquistou o Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher, promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A premiação contemplou alunas do Ensino Médio e universitárias que desenvolvem pesquisas e iniciação científica com potencial de contribuição para a ciência e o futuro.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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