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UEM recebe patente verde por obtenção de carvão ativado a partir de bitucas de cigarro

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Um estudo de pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) gerou uma segunda patente verde para a instituição, concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Relacionada ao processo de obtenção de carvão ativado a partir do reaproveitamento de bitucas de cigarro, a invenção elevou para 50 o número de patentes detidas pela universidade.

Os estudos começaram no final de 2017, de acordo com Andrelson Wellington Rinaldi, professor do Departamento de Química e líder do grupo de pesquisa que desenvolveu o processo, agora patenteado. A ideia inicial era encontrar um material poroso e eficiente na remoção de resíduos contaminantes descartados no meio ambiente.

“Estávamos falando sobre o assunto na hora do café e, na conversa, um dos pesquisadores sugeriu a ideia de fazer testes com as bitucas de cigarro”, conta Rinaldi. A proposta foi certeira, embora na ocasião o grupo não tivesse a real dimensão do quanto aquele cafezinho renderia frutos.

Os primeiros testes já se mostraram promissores. Usando as bitucas de cigarro como matéria-prima, os pesquisadores obtiveram o hidrocarvão modificado, altamente eficaz em adsorver (fixar) corantes em efluentes, ou seja, um material útil para otimizar o tratamento de água em estabelecimentos como lavanderias, por exemplo.

O processo ainda apresenta outros diferenciais. “Um deles é o custo de produção bem menor em relação aos equivalentes conhecidos em escala industrial”, explica Rogério dos Santos Maniezzo, graduando em Química e integrante do grupo de pesquisa do professor Rinaldi. Ele destaca que, em termos comparativos, a eficiência é maior e que o sistema de produção é bem simples.

“No processo de obtenção do carvão utiliza-se como se fosse uma grande panela de pressão, na qual a matéria-prima (bitucas) é cozida e depois ativada através de processos químicos”, diz o pesquisador. Ele explica que a ativação tem como finalidade a “limpeza dos poros do material”. O produto também foi testado para adsorção de outros poluentes considerados emergentes, como alguns pesticidas e o bisfenol A, um composto utilizado para produção de plásticos de policarbonato e resinas epóxi.

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SOLUÇÃO AMBIENTAL – O fato de apresentar uma solução para um passivo ambiental não só garantiu o “selo” de patente verde à invenção como também lhe agregou outro diferencial à medida que dá destinação ambientalmente amigável para as bitucas que, segundo os pesquisadores, são consideradas o terceiro maior contaminante das águas oceânicas.

Para dar uma ideia do tamanho do problema, anualmente são produzidos cerca de 10 trilhões de cigarros em todo o mundo. No processo patenteado pelos inventores da UEM, a produção de 2,5 gramas de carvão ativado demanda o uso de 50 gramas de bitucas trituradas, o equivalente a dois maços de cigarro.

“A coleta seletiva desse material ainda é pequena”, afirma Maniezzo. Segundo ele, esse seria um entrave a ser enfrentado para viabilização do uso industrial do processo de obtenção do carvão ativado. Mas já existem coletas seletivas do material, inclusive na região de Maringá. O pesquisador defende a criação de campanhas de conscientização para incentivar o descarte correto das bitucas. “Nossa ideia com esse material é dar uma destinação assertiva a esse resíduo complexo e altamente poluente”, afirma.

Vale destacar que, ao final do processo, o carvão ativado está totalmente livre dos resíduos, impurezas ou mesmo metais pesados, podendo ser aplicado inclusive nos filtros caseiros, segundo Marcos Rogério Guilherme, professor colaborador do Departamento de Química da UEM na época em que a pesquisa estava em desenvolvimento, e integrante do Grupo de Pesquisa.

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Sob o título “Processo de obtenção de carvão ativado a partir da carbonização hidrotérmica de bitucas de cigarro”, a patente foi obtida em regime de cotitularidade entre a UEM a e Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Além dos três cientistas já citados, outros fazem parte do grupo que desenvolveu a tecnologia. Acesse AQUI para saber outras informações sobre a patente.

PERSPECTIVAS – O professor Andrelson Rinaldi destaca que obtenção da patente pode gerar divisas para a UEM a partir da transferência de tecnologia, o que já é possível de ocorrer. Basta haver empresas interessadas na utilização do processo. Para além das perspectivas futuras e uso comercial da invenção, a pesquisa já vem trazendo benefícios para a universidade e a sociedade em geral, como a formação de recursos humanos altamente qualificados na área, por exemplo, além de premiações em eventos internacionais.

PATENTE VERDE – O programa-piloto Patentes Verdes teve início em abril de 2012. A partir dezembro de 2016, o INPI passou a oferecer o exame prioritário de pedidos relacionados às tecnologias verdes como serviço permanente. O foco é a conservação do ambiente e, consequentemente, a redução dos impactos ambientais e o combate às mudanças climáticas. 

A meta do programa é acelerar a análise dos pedidos de registros de patentes vinculados a projetos sustentáveis, permitindo que sejam identificadas novas tecnologias que possam rapidamente ser utilizadas pela sociedade. São contempladas propostas nas áreas de energia alternativa, transporte, conservação de energia, agricultura sustentável e gerenciamento de resíduos. Os pedidos que participam do programa recebem atenção especial e seus exames ocorrem de forma mais rápida.

Fonte: Governo do Paraná

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Famílias recebem doações do Natal Solidário Portos do Paraná

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O Ecoteatro Very Good, localizado em Paranaguá, no Litoral, ficou lotado, neste domingo (22), de famílias animadas com a entrega de brinquedos do Natal Solidário Portos do Paraná. Foram 1,2 mil brinquedos novos doados pela comunidade portuária e entregues para os filhos de recicladores e demais crianças em vulnerabilidade social durante a 24º Edição de Natal do grupo Very Good.

“A gente está vendo na carinha das crianças, das famílias, que está todo mundo se divertindo, tendo um momento de alegria. O espírito de Natal está presente em todo mundo, nos colaboradores, nos doadores, no pessoal que tá aqui aproveitando, tudo isto é muito especial”, disse a coordenadora de Assistência Médica e Social da Portos do Paraná, Monica Denardi.

Também foram distribuídas 300 cestas básicas, arrecadadas com os ingressos da Corrida do Porto e adquiridas em parceria com os supermercados Bavaresco. Outros 150 presentes foram destinados a uma ação em Antonina, e 50 para a instituição 5C.

A dona de casa Alessandra dos Santos Lara foi a primeira a entrar no evento e garantiu os brinquedos para os três filhos. “A gente soube com mais de um mês de antecedência. E, pra fazer a alegria das crianças, a gente veio cedo”.

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A vendedora Cláudia Kaminski trouxe a filha Heloísa para comemorar o tratamento da saúde dela. “Ano passado a Heloísa passou por um transplante de medula óssea e ocorreu tudo bem. Agora, em agosto, fez um ano de transplante e ela está se recuperando. A festa de hoje é especial, muito importante pra gente”, comentou Cláudia.

Também foram entregues 1,5 mil cachorros-quentes para a comunidade, além de pipoca, picolé e algodão-doce. O público acompanhou os shows musicais e as crianças se divertiram na cama elástica e demais brinquedos instalados no espaço. Um bazar de roupas estava disponível para os participantes.

Dezenas de voluntários deram suporte para a festa acontecer como foi o caso do agente portuário Adrian Lamek, que auxiliou na entrega dos lanches. “É bem interessante ver que esta ação reflete muito o que a nossa empresa preza durante o ano. É um momento significativo, principalmente por ser Natal. É gratificante”, disse Lamek.

Outro voluntário foi a técnica portuária Karen Rodrigues, que há um ano participa de ações sociais com o grupo Very Good. ‘Tenho um sentimento genuíno de querer ajudar, porque são famílias de recicladores e a gente sabe das dificuldades que eles passam o ano inteiro”.

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A campanha teve início em novembro deste ano e mobilizou trabalhadores portuários e empresas parceiras de Paranaguá. O objetivo foi transformar o Natal dos filhos de recicladores e de outras famílias atendidas pelo Very Good, que mantêm uma longa parceria com a Portos do Paraná.

As ações promovidas pelo grupo são coordenadas pelo assistente administrativo Ricardo Godoy dos Santos. Quando não está trabalhando, ele se transforma em “Reciclildo”, um robô feito de resíduos recicláveis, personagem central de peças teatrais que transmitem mensagens educacionais sobre a importância de cuidar do meio ambiente.

‘Não tem como não se emocionar com a ação deste domingo, vendo muitas pessoas felizes, sorrindo, na esperança de levar uma cesta básica ou um brinquedo para as suas crianças, pois muitas vezes os pais não têm condição de comprar. A ajuda da Portos do Paraná, cumprindo o seu papel de responsabilidade social com todo o amor e carinho, resultou neste trabalho lindo”, afirmou Godoy.

Fonte: Governo PR

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