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Técnicos de três países conhecem trabalho do Estado de apoio aos municípios

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Uma missão organizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) esteve na Secretaria das Cidades e no Serviço Social Autônomo Paranacidade nesta semana para conhecer a experiência paranaense na transferência de recursos para obras de desenvolvimento urbano. O grupo, composto por representantes dos governos da República Dominicana, Uruguai e Argentina, recebeu informações que podem incentivar a adoção do sistema estadual como modelo a ser aplicado com adaptações de acordo com cada legislação nacional.

O secretário das Cidades, Eduardo Pimentel, destacou a importância dos colaboradores da Secid e do Paranacidade na busca constante da melhoria nos processos voltados para o desenvolvimento sustentável. “Temos um corpo técnico muito qualificado em todas as regiões do Estado. Além disso, atuamos dentro de uma regra de aprovação de projetos, que tem ótimos resultados, sempre voltados à gerar mais qualidade de vida com nova infraestrutura”, afirmou.

Foram apresentados os procedimentos para a liberação de recursos via Programa de Transferência Voluntária da Secid, quando o município não precisa devolver os recursos, ou pelo Sistema de Financiamento de Ações Municipais, com juros personalizados. Esses processos têm início na apresentação, pelo prefeito, das demandas para viabilizar projetos de pavimentação, a construção de estruturas públicas (escolas, praças, barracões industriais) ou aquisição de equipamentos para a prestação de serviços como máquinas rodoviárias, caminhões, ônibus e automóveis.

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No momento, o Governo do Paraná tem 665 ações em andamento, autorizadas via Secid e operadas pelo Paranacidade, que envolvem R$ 2,5 bilhões em transferências às prefeituras para melhorias urbanas. Fazem parte desse total projetos já aprovados tecnicamente, autorizados para licitação, autorizados para homologação, em cronograma, contratados e em execução.

A superintendente executiva do Paranacidade, Camila Mileke Scucato, detalhou o funcionamento do Paranacidade como órgão técnico associado à Secid, responsável por apoiar as prefeituras na elaboração dos pedidos, análise técnica dos projetos apresentados e suas aprovações, além do repasse de informações, acompanhamento dos processos licitatórios e fiscalização da execução.

Ela destacou a importância, por exemplo, dos Planos de Desenvolvimento Municipais para a identificação das necessidades das comunidades locais como geradora dos projetos. “A legislação estipula que todo município com mais de 20 mil habitantes tem que ter um PDM. No Paraná, no entanto, essa exigência é levada a todos os municípios, inclusive aos menores. Isso permite um melhor atendimento à população, com a realização das ações de maior interesse e necessidade dos moradores”, afirmou.

Foram apresentados, ainda, o conjunto de ferramentas desenvolvidas pelo Paranacidade para aprimorar a atenção aos municípios, dentre os quais o Portal dos Municípios e o Portal de Aplicativos Paranainterativo, além de conjuntos de minutas e apoio técnico que auxiliam nos procedimentos licitatórios e de homologação de contratos.

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Os técnicos estrangeiros também conheceram os programas Meu Campinho, Ruas Paraná, Ilumina Paraná e o Asfalto Novo, Vida Nova, este último responsável pela transferência de mais de R$ 664 milhões, apenas em 2023, para 156 municípios de até 7 mil habitantes para completar 100% das ruas com pavimentação e alcançar 100% da iluminação das vias públicas com luminárias a LED, em substituição às luminárias convencionais.

“A ideia era justamente essa, conhecer os processos, as boas práticas, as lições do passado e aprender com as correções feitas ao longo do tempo para não cometer erros”, afirmou o vice-ministro de Ordenamento Territorial do Ministério da Economia da República Dominicana, Danilo Matias.

“O que vimos aqui no Paraná é muito aplicável no Uruguai em relação à carteira de projetos e às inovações, com as devidas adaptações para a estrutura pública do Uruguai”, complementou a arquiteta e urbanista Maria Sofia Duran, encarregada de Avaliação Urbana e Territorial e Regularização de Assentamentos do Governo do Uruguai.

Fonte: Governo PR

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Genomas Paraná já sequenciou 1,2 mil amostras da população de Guarapuava

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O projeto Genomas Paraná, financiado pelo Governo do Estado, apresentou nesta sexta-feira (11) os resultados preliminares do sequenciamento genético realizado em Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná. De novembro de 2024 até o momento, foram sequenciadas 1.242 amostras biológicas de um total de 3.105 fornecidas por moradores da cidade e também de residentes nos distritos de Palmeirinha, Entre Rios e Guairacá.

O estudo recebeu financiamento superior a R$ 6 milhões, entre recursos do Fundo Paraná, dotação orçamentária administrada pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e da Fundação Araucária. O projeto é desenvolvido por meio de uma parceria entre a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e o Instituto para Pesquisa do Câncer de Guarapuava (Ipec).

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, ressaltou que o Paraná tem investido financeiramente para contribuir de forma efetiva na melhoria da saúde pública. “A medicina de precisão é uma área em que buscamos a prevenção e também a resolução de doenças. O programa Genoma Paraná é de extrema importância para que possamos, futuramente, criar soluções para diagnósticos e tratamentos para a população, que é rica em diversidade étnico regional”, disse.

“Esse é um projeto de longo prazo. Estamos celebrando mil genomas sequenciados de um universo de quase quatro mil amostras coletadas. Esses dados com informações reais que vão influenciar a saúde pública não são para agora, pois isso ainda vai demorar de dois a três anos. O que temos certeza, porém, é que o que estamos construindo é inédito”, explicou David Livingstone Figueiredo, professor da Unicentro e coordenador do projeto.

O Genomas Paraná busca identificar marcadores genéticos associados a doenças prevalentes na população, abrindo caminho para a medicina de precisão. Com os dados recolhidos, será possível desenvolver tratamentos personalizados, reduzir diagnósticos tardios e implementar estratégias preventivas eficazes para os cidadãos.

“É um caminho sem volta. Hoje tratamos as pessoas como um todo e nós sabemos que o tumor de tireoide em um paciente X é diferente do tumor do paciente Y, porque são pessoas diferentes, com biologia diferente, com genética diferente. A ideia dos genomas é nos dar subsídio para a medicina de precisão, tratando o paciente na sua individualidade”, complementou Figueiredo. “Mas não só tratar. Vai nos permitir um diagnóstico mais preciso e assertivo, trazendo estratégias para medicina pública.”

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O projeto, que posiciona o Paraná na vanguarda da pesquisa genética aplicada à saúde, utiliza duas estratégias de amostragem: aleatória, ainda em andamento, realizada com pessoas com mais de 18 anos; e voluntária, já encerrada, destinada para diferentes gêneros, faixas etárias e também por idosos com mais de 80 anos, estes últimos indicados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

No caso da amostragem aleatória, endereços residenciais de Guarapuava são sorteados para participarem do projeto. Ao chegar ao endereço, o pesquisador da empresa contratada explica o que é o programa e convida os moradores maiores de 18 anos e que morem há mais de seis meses na cidade a participarem. Dentre os residentes, mais um sorteio é realizado, uma vez que apenas um morador de cada domicílio pode participar do programa.

Para as amostras por conveniência, já encerradas, a seleção dos voluntários aconteceu por meio de um cadastro de interesse e, depois de selecionados, por ordem de inscrição, de acordo com a faixa etária e sexo, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim como os candidatos sorteados, os voluntários responderam a um questionário epidemiológico.

Com relação à população idosa, foram escolhidas pessoas com mais de 80 anos, que apresentavam aptidão cognitiva (avaliado por Mini Mental e Pfeffer) e que residiam há mais de seis meses em Guarapuava.

Além de responderem a um questionário epidemiológico com mais de 300 perguntas, os participantes do projeto doam amostras de sangue, saliva e fezes, uma vez que há cada vez mais doenças associadas à microbiota do intestino. Essas amostras são enviadas ao Ipec, onde são extraídas moléculas como DNA e RNA e realizadas análises genéticas utilizando equipamentos de última geração, como sequenciadores com capacidade de processar 96 amostras simultaneamente.

O reitor da Unicentro, Fabio Hernandes, destacou a importância da instituição abrigar um projeto que poderá mudar os rumos da medicina pública no País. “É uma iniciativa encabeçada por pesquisadores da universidade e que auxiliará muito na saúde da nossa população. É um projeto inovador que a Unicentro, por meio de seus pesquisadores, está liderando”, salientou. “Só temos a agradecer e incentivar esses docentes, pois sabemos que este projeto trará muitos benefícios à saúde dos brasileiros.”

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PRÓXIMOS PASSOS – A coleta de amostras biológicas continua, com o objetivo de alcançar quatro mil até o fim deste ano. A expectativa, porém, é coletar mais 4 mil, somando 8 mil coletas em um trabalho que deverá ocorrer pelos próximos anos. Além disso, também será realizada a integração dos resultados com a rede estadual de saúde.

Entender o perfil genético do paranaense ajudará a avançar em diagnósticos precoces e até mesmo aperfeiçoar tratamento de doenças, como diabetes, obesidade, câncer, doenças neurológicas, cardiovasculares, autoimunes, hematológicas, endócrino-metabólicas e raras. No futuro, os profissionais de saúde terão acesso a informações cruciais sobre a predisposição genética de cada paciente a certas doenças, permitindo um diagnóstico mais rápido e preciso, e o planejamento de tratamento mais eficiente e personalizado.

Como parte dessa estratégia e em parceria com o governo federal, foi inaugurado nesta sexta-feira o Centro Âncora do Projeto Genomas SUS, também em Guarapuava, no âmbito do Programa Nacional de Genômica e Saúde de Precisão (Genomas Brasil), do Ministério da Saúde. O local será responsável pela coleta de amostras, sequenciamento genético e análise de dados genéticos. Com oito centros em diferentes regiões do País, o Genomas SUS pretende formar um banco nacional de dados genômicos e clínicos dos brasileiros.

“Este núcleo do Genoma SUS é uma conquista importante para o Paraná, que passará a ter dois, algo que somente nós e São Paulo possuem. Essa conquista se deu, sobretudo, por conta do programa Genomas Paraná e do investimento do Governo do Estado no complexo do Vale do Genoma”, afirmou o secretário Aldo Bona. “É uma conquista importante que coloca o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná como um braço executor de um programa nacional de grande relevância”.

Integram o Genoma SUS oito centros de pesquisa em seis estados, sendo dois deles no Paraná: em Guarapuava, com atividades desenvolvidas na Unicentro, em parceria com o Ipec, e em Curitiba, no Instituto Carlos Chagas (ICC), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Fonte: Governo PR

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