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Sucesso no Verão Maior Paraná, Banda da PMPR levanta o público com hits e talento

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Patrimônio histórico, artístico e cultural do Paraná, a Banda de Música da Polícia Militar (PMPR) tem feito a alegria de moradores e veranistas do Litoral do Estado. Rompendo as fronteiras dos quartéis para as areias do Litoral e bombando nas redes sociais com postagens sobre as letras das músicas, as apresentações dentro do Verão Maior Paraná têm mostrado um lado até então desconhecido da Corporação à população.

Quem não pode acompanhar presencialmente as apresentações têm tido a chance de assistir pelas redes sociais em vídeos que, somados, têm mais de 16,5 mil curtidas e centenas de comentários. Entre eles está a apresentação de “Pelados em Santos”, dos Mamonas Assassinas, com o público tornando-se uma espécie de segunda voz da banda. O vídeo conta com mais de mil curtidas no Instagram e tem comentários como “show top”, “sou muito fã” e “espetáculo”.

“Essa é uma música que a gente interage mais com o público. Eles se divertem bastante e ali começam a se soltar, a dançar. Então a gente vê que está dando muito certo o nosso repertório deste ano”, explica o capitão Elizeu da Silva, que está no comando da batuta da unidade mais antiga da PMPR.

Em outros vídeos, é citado o lado mais humano da Polícia Militar, mostrando que a Corporação é amiga do cidadão. “Sempre enfatizamos isso aos pais, que ensinem e incentivem as crianças a cumprimentar o policial, dar um abraço, para que eles cresçam com essa mentalidade de que a Polícia Militar é amiga”, salienta o capitão.

São as redes sociais que têm contribuído para que mais pessoas conheçam esse outro lado da PMPR. Para isso, a banda tem brincado com as legendas dos vídeos publicados, com memes relacionados às músicas tocadas. O mais famoso até agora, com 5 mil curtidas, é o vídeo de “Seu Polícia”, música de Zé Neto e Cristiano, em que o personagem da letra conversa com um policial sobre a sofrência de uma desilusão amorosa.

Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jefferson Silva, a iniciativa da banda demonstra que a atuação da PM vai muito além da segurança, promovendo cultura e entretenimento. “A banda é uma extensão do nosso compromisso com a sociedade. Esses momentos de lazer são fundamentais para reforçar a proximidade com a comunidade e proporcionar uma experiência inesquecível a todos os presentes”, explica.

É justamente isso que tem chamado a atenção de quem se depara com as apresentações na orla da praia e fica para assistir. Diferente de uma postura mais sisuda que compõe o imaginário popular, os policiais militares levam, de forma leve e descontraída, uma opção a mais de entretenimento para a população, reforçando a ideia de uma polícia amiga do cidadão por meio da música.

DESDE CRIANÇA — O maestro Silva está na PMPR desde 1991 e, na banda, desde 1995. Ele começou na música ainda pequeno. “Para ser um músico profissional você tem que iniciar ainda criança, que foi o que eu fiz, assim como a maioria dos músicos da PM. Comecei por volta dos 10 anos, na igreja”, recorda o capitão.

Estava traçado o caminho. Aos 12 anos, após entrar na Guarda Mirim, Silva passou a tocar na banda da instituição até seus 18 anos, quando entrou na Polícia Militar. “Fiz o concurso com o desejo de tocar na PM. Desde criança, quando meus pais me levavam para assistir os desfiles de 7 de setembro, lembro de ficar sentado no meio-fio e meus olhos brilhavam quando via as bandas militares passarem”, lembra. “Eu sentia esse desejo no meu coração de ser músico da Polícia Militar.”

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A Banda de Música da PMPR foi criada apenas três anos depois da própria Corporação, em 1857, e hoje conta com 50 integrantes, dividida em banda de concerto, banda para desfile, quarteto de saxofones, quinteto de metais e, a mais recente delas, a banda show, criada pelo capitão Silva após assumir o posto de maestro, em 2021. É esse grupo, composto por oito militares, que tem se apresentado no Litoral do Estado, com um repertório que agrada a todo tipo de público.

“Tocamos vários estilos musicais para agradarmos a todos, para que ninguém vá para casa chateado por não ouvir o seu gosto musical preferido. Nós tocamos rock nacional, pagode, MPB e sertanejo, do universitário ao raiz”, destaca Silva.

Mas o que embala mesmo a galera é o sertanejo. “Nós começamos no sertanejo universitário, que são as mais modernas, que os adolescentes conhecem, e depois terminamos com o raiz, que as pessoas mais velhas curtem. Entretanto, hoje temos visto muitos adolescentes cantando ‘Boate Azul’, ‘Ainda Ontem Chorei de Saudade’, que são músicas mais antigas, e isso é muito legal”, celebra.

Para ele, que tem na música sertaneja seu estilo preferido, esse carinho tem um gosto especial. “Esse é o meu último ano. Me aposento em 2025 após 35 anos como policial e 30 anos na banda. Esse é um legado que ficará para a Polícia Militar e para os paranaenses”, finaliza.

AGENDA CHEIA — A banda já passou pelos Palcos Sunsets de Matinhos, Caiobá, Guaratuba e Praia de Leste, e está com a agenda cheia nesta temporada. Mais shows estão na rota, desta vez com apresentações em Pontal do Paraná: na sexta (10) no Palco Sunset de Ipanema; no sábado (11) no Centro de Exposições da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) em Shangri-lá; e no domingo (12) no Palco Sunset de Shangri-lá.

E quase não dá para atender a demanda. Em média, são cerca de 40 apresentações por mês durante o ano, desde cerimônias no Palácio Iguaçu e outros órgãos do Executivo Estadual, na Assembleia Legislativa, no Tribunal de Justiça e outras instituições públicas, mas também em ocasiões especiais, como a apresentação para as crianças internadas no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, no Dia das Crianças, em 12 de outubro.

“Tem vídeos que viralizaram na internet das crianças dentro do quarto cantando junto, dançando, e isso não tem preço, faz com que todo o esforço, todos os dias que estamos longe da nossa família, todo esse sacrifício valha a pena. Porque a gente vê que estamos contribuindo com outros seres humanos que têm necessidades muito maiores que as nossas”, explica o policial militar e saxofonista da banda, sargento Gabriel Castro.

Para ele, esse contato próximo da comunidade também serve de inspiração, sobretudo para os pequenos. “Eu mesmo já tive experiências de crianças virem falar comigo, me dizendo ‘agora eu tenho o sonho de ser policial, quero fazer o que vocês fazem’. Isso, para gente, não tem preço”, destaca o sargento.

“É maravilhoso porque conseguimos contribuir para a segurança pública de uma forma diferente. A cultura, principalmente a música, tem o poder de chegar onde nenhuma outra área humana chega”, acrescenta. “Isso faz com que o cidadão veja o policial militar com outros olhos. Vemos crianças que antes olhavam para nós de forma receosa e, depois que a gente se apresenta, elas têm muito mais naturalidade”, complementa.

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Ele também lembra de uma situação, em uma edição passada do Verão Maior, que o marcou. “Teve o caso de uma menina que veio, me deu um abraço e o pai dela, muito emocionado, pediu para tirarmos uma foto. Depois ele me contou que ela é autista e sempre teve medo da polícia, e a banda simplesmente quebrou isso. Todo aquele medo, o receio que ela tinha, perdeu graças ao poder da música”, disse.

O sargento Raphael Barboza, também integrante da banda desde 2011, é uma das pessoas que dá voz ao octeto da banda show da PM. Além dele, o grupo é composto por baterista, guitarrista, baixista, trio de metais e mais um cantor. “Na banda eu sou classificado como saxofonista, porém no dia a dia quando a formação é de banda militar eu toco flauta, também toco teclado quando preciso e agora, de um ano para cá, estou cantando também”, afirma.

“Das experiências que eu tenho na banda em vários segmentos, cantar é a que surpreende mais, porque a sensação é de que a gente está com a cara mais amostra com o público, e a recepção deles parece que é muito diferente, é muito mais calorosa, mais especial, vamos dizer assim, para quem está ali cantando”, ressalta.

Ver policiais militares em um ambiente diferente do habitual, levando diversão por meio da música, é uma quebra de paradigma e de preconceitos, segundo ele. “A sociedade tem uma visão da polícia apenas repressiva, sendo que essa não é a nossa função principal. Ela é muito mais preventiva do que as pessoas pensam. E quando a gente coloca uma farda, sobe num palco para cantar, a gente causa estranheza num primeiro momento, mas depois de um tempo, todo mundo se surpreende”, acrescenta.

É o sargento Barboza quem faz a parte de produção musical da banda show, com a escolha do repertório a ser tocado nas apresentações. Os shows contam com cerca de 18 músicas, com uma hora e meia de duração. Mas as vezes é difícil encerrar.

“Domingo passado (05) nos apresentamos em Guaratuba e foi unanimidade na banda: foi a melhor apresentação que fizemos, tanto em qualidade musical quanto de receptividade do público, ao ponto de acabar o repertório e o povo pedindo mais uma, mais uma”, celebra o cantor. “Tivemos que pegar uma do repertório do ano passado para terminar, então foi uma situação bastante especial pra gente.”

A solução, agora, é deixar mais músicas na cartola para os próximos shows. “Antes não tínhamos essas extras, agora teremos. Estava preparando a sequência dos próximos shows e já deixei algumas músicas que, se precisar, estão na manga”, completa.

VERÃO MAIOR PARANÁ – Toda a programação do Verão Maior Paraná pode ser conferida no site exclusivo do Governo do Paraná, o pr.gov.br/verao. Serão 33 shows nacionais gratuitos nas arenas de Matinhos e Pontal do Paraná, além de grande programação esportiva nas arenas das praias do Litoral e na região Noroeste.

Fonte: Governo PR

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Governo do Paraná investiu R$ 199,2 milhões em programas de ciência e tecnologia em 2024

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O Governo do Paraná consolidou o investimento público no fortalecimento da ciência, alocando R$ 199,2 milhões em 10 chamadas públicas para programas e projetos estratégicos coordenados pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). O valor representa 35,5% da dotação orçamentária do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, que destinou, no ano passado, R$ 561,6 milhões para diferentes iniciativas em todas as regiões do Estado.

O Fundo Paraná é composto, anualmente, por 2% da arrecadação tributária estadual. Os recursos são aprovados na Lei Orçamentária Anual (LOA) para o financiamento de projetos em cinco áreas prioritárias: agricultura e agronegócios; biotecnologia e saúde; energias renováveis; cidades inteligentes; e economia, educação e sociedade.

As ações também devem estar alinhadas à transformação digital e ao desenvolvimento sustentável.

Denominados de encomendas governamentais, os 10 editais publicados pela Seti abrangem ações de ensino, pesquisa e extensão universitária.

Para o Programa de Apoio à Infraestrutura das Universidades Estaduais (Proinfra), por exemplo, foram liberados R$ 153 milhões para 459 projetos de reformas, obras e manutenções das sete instituições de ensino superior ligadas ao governo estadual. Essa iniciativa tem foco na solução de desafios de acessibilidade para os câmpus, modernização de laboratórios e prevenção de incêndios, entre outras melhorias.

Para o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, a ampliação de investimentos em ciência, incluindo a área de infraestrutura, é imprescindível para o avanço da sociedade em diversas áreas.

“A pesquisa científica impulsiona a inovação tecnológica e contribui para o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida das pessoas, sendo também um motor de desenvolvimento econômico, com impacto na geração de novos nichos de mercado e na formação de uma força de trabalho qualificada”, afirma.

Ele salienta que a ciência é um instrumento para um futuro mais sustentável e igualitário. “Ao fortalecer a pesquisa e o desenvolvimento científico, estamos criando soluções para os desafios globais mais urgentes, como a crise climática, as doenças emergentes e a escassez de recursos naturais, além de focarmos em produzir soluções para as demandas da sociedade paranaense como um todo”, pontua o secretário.

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MODERNIZAÇÃO – Pelo menos dois dos editais contemplaram, exclusivamente, propostas das universidades no âmbito da graduação, somando R$ 10,4 milhões, sendo R$ 5,5 milhões para o Programa de Pesquisa e Inovação Didático-Pedagógica dos Cursos de Graduação e R$ 4,9 milhões para o Programa de Fomento à Graduação.

O intuito é implementar novas metodologias de ensino e tecnologias interativas em salas de aula para enriquecer o processo pedagógico e melhorar a experiência de aprendizado dos alunos.

Os cursos de mestrado e doutorado foram beneficiados em uma das chamadas públicas, com um aporte de R$ 5 milhões. Por meio do Programa de Fomento à Pós-Graduação, as sete universidades elaboraram projetos para a modernização de ambientes acadêmicos, a aquisição de equipamentos e o custeio de atividades de pesquisa de professores e estudantes de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado).

O Programa de Fomento à Extensão Universitária recebeu R$ 9,7 milhões para o financiamento de projetos das universidades estaduais, incluindo eventos de divulgação científica, ações de cultura, entre outras iniciativas acadêmicas voltadas para a inclusão de ações extensionistas nos currículos dos cursos de graduação em todas as áreas do conhecimento.

Outro destaque do pacote de encomendas governamentais de 2024 é o aporte de recursos para o fortalecimento da Rede de Laboratórios Multiusuários (Rimpp), com foco na ampliação da prestação de serviços tecnológicos disponibilizados. Ao todo, foram destinados R$ 6 milhões para modernizar a infraestrutura laboratorial compartilhada entre as sete universidades estaduais e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).

ORÇAMENTO RECORDE – A dotação orçamentária do Fundo Paraná apresenta uma constante evolução, com aumento significativo nos recursos destinados ao fomento científico e tecnológico do Estado. O valor saltou de R$ 91,5 milhões em 2019 para R$ 561,6 milhões em 2024, o que corresponde a um incremento de 513% no fortalecimento de políticas públicas voltadas para o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná.

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Segundo a coordenadora da Unidade Executiva do Fundo Paraná, Erika Juliana Dmitruk, o avanço da ciência, aliado ao fortalecimento de parcerias com o setor produtivo empresarial, tem se mostrado fundamental para transformar o conhecimento em soluções que beneficiam a sociedade e a economia.

“Ao estimular a colaboração entre universidades, centros de pesquisa e empresas, esse esforço impulsiona o desenvolvimento de novas tecnologias, soluções inovadoras e competitividade, contribuindo para um ambiente propício para o crescimento econômico sustentável”, destaca ela.

Esse aumento expressivo na disponibilidade de recursos para a ciência reflete o grau de prioridade do Governo do Estado para a pesquisa científica e tecnológica, que produz inovação e impulsiona a competitividade do Paraná, consolidando o Estado como um polo de excelência científica e tecnológica no Brasil.

A LOA 2025 prevê um aporte de R$ 541,4 milhões para o Fundo Paraná, com possibilidade de suplementação orçamentária ao longo do ano, a depender da geração de receitas tributárias do Tesouro Estadual.

Além da Seti, parte dos recursos do Fundo Paraná é aplicada em iniciativas da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), da Fundação Araucária e do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).

O Instituto de Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), vinculado à Secretaria do Planejamento (SEPL), e o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), ligado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), também desenvolvem projetos financiados pelo Fundo Paraná.

Fonte: Governo PR

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