10 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

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    Sistema integrado de drenagem é o foco atual das obras em Matinhos; veja como vai ficar

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    Matinhos, no Litoral do Paraná, contará com uma infraestrutura de drenagem mais robusta e melhor preparada para a contenção de alagamentos e cheias derivadas de fortes chuvas ou ressacas intensas, uma antiga reivindicação de moradores locais e turistas.

    As intervenções fazem parte do pacote de revitalização urbanística da orla da cidade realizadas pelo Instituto Água e Terra (IAT), em parceria com o consórcio Sambaqui, grupo de empresas responsável vencedor da licitação pública.

    O investimento global do Governo do Estado nas obras de Matinhos é de R$ 314,9 milhões, R$ 49 milhões apenas em ações de drenagem no município, que incluem o alargamento de um trecho de 1,5 quilômetro do canal da Avenida Paraná e a instalação de canaletas com tampas removíveis em 25 quilômetros de ruas da cidade.

    O novo sistema, em fase de instalação, é composto por dois campos principais: a microdrenagem e a macrodrenagem. Eles formam uma rede interconectada para transportar a água da chuva, de forma similar ao fluxo do sistema hidrológico do Brasil, no qual a água passa por rios cada vez maiores até desaguar no mar. O projeto já foi considerado referência em um recente seminário nacional.

    Ele funcionará assim: quando a chuva cair na cidade, a água escorrerá para as canaletas de microdrenagem localizadas ao lado das ruas, próximas às calçadas, e de lá escoará para o sistema de macrodrenagem, composto por extensos canais sem tampa que conseguem transportar um grande volume por grandes distâncias, como o canal do Rio Matinhos, o da Avenida Paraná e o da Avenida Juscelino Kubitschek.

    Depois de passar pela macrodrenagem, a água será lançada para o destino final: um dos corpos hídricos da cidade, como o mar, o Rio Matinhos ou os afluentes com o Rio Milome.

    Para o gerente de Saneamento do IAT, Carlos Alberto Galerani, essa rede de intervenções artificiais é necessária por conta das características físicas da cidade. “O Litoral do Paraná é uma região extremamente plana e com altos índices de chuva, o que faz com que o acúmulo de água seja alto na cidade, causando cheias e alagamentos. Por isso, estamos aplicando um sistema de drenagem que proporciona uma declividade maior, para que a água consiga escoar com maior velocidade”, afirma.

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    METODOLOGIA INOVADORA – No campo da microdrenagem, o ponto-chave para aprimorar o escoamento é a instalação de canaletas com tampas removíveis. A aplicação dessas estruturas com formato de U (na base e nas laterais) já apresentou resultados positivos para o município.

    “No ano 2000 nós já instalamos canaletas desse tipo em duas avenidas de Caiobá, e elas funcionaram muito bem. Elas possuem um custo um pouco maior de implantação, mas também aumentam a declividade em 60 cm, tornando o escoamento bem mais rápido e eficiente. Por isso replicamos esse modelo”, explica o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luiz Scroccaro.

    Apesar do custo inicial maior, as canaletas em U proporcionam uma economia maior para o dinheiro público a longo prazo. “Tradicionalmente, os sistemas de drenagem utilizam tubulações que precisam ser enterradas, necessitando de uma grande quantidade de reposição do solo para o revestimento, o que dificulta a limpeza caso os canos fiquem entupidos por conta do acúmulo de sedimentos ou de lixo. No caso da tecnologia implementada em Matinhos, as tampas removíveis das novas canaletas facilitam muito esse processo”, complementa Galerani.

    O novo sistema de microdrenagem, que terá 25 quilômetros das novas canaletas, começou a ser incorporado em Matinhos em maio, com um investimento de R$ 39,2 milhões. Essa parte da obra encontra-se 6,13% concluída, com as intervenções concentradas por enquanto na Rua Ponta Grossa, na Avenida Atlântica (nos trechos entre as ruas Ponta Grossa e Antonina e entre as ruas Antonina e Ceciliano Tavares) e na Rua Paranaguá.

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    Já com relação à macrodrenagem, as intervenções estão sendo realizadas desde junho do ano passado no canal da Avenida Paraná no bairro do Tabuleiro, em Caiobá. Um trecho de 1,5 quilômetro do canal está sendo alargado para minimizar a quantidade de água que chega ao Rio Matinhos e. assim, reduzindo as cheias e melhorando a vida de uma grande parcela de moradores do bairro.

    O projeto já está 67% concluído, e prevê deixar o canal com sete metros de largura, em concreto formatado como um U (na base e nas laterais), aumentando a velocidade do escoamento e diminuindo o nível de alagamento. O investimento é de pouco mais de R$ 10 milhões.

    ORLA DE MATINHOS – As intervenções de micro e macrodrenagem fazem parte das obras de revitalização urbanística da Orla de Matinhos, que já atingiu os 80% de conclusão e deve ser entregue para a população até o segundo semestre de 2024.

    Além do sistema de drenagem, as obras contemplam serviços de engorda da faixa de areia por meio de aterro hidráulico, melhoria da pavimentação asfáltica, o replantio da restinga nativa e a recuperação de vias urbanas. O objetivo é minimizar os impactos gerados pela combinação do desequilíbrio de sedimentos, ocupações mal planejadas e fenômenos naturais, como chuvas fortes e ressacas.

    As intervenções serão feitas ao longo de 6,3 quilômetros entre o Morro do Boi e o Balneário Flórida. Em uma segunda etapa, ainda sem previsão de data, será recuperado o trecho de 1,7 quilômetro entre os balneários Flórida e Saint Etienne. Haverá, ainda, a instalação de novos equipamentos urbanos, como ciclovia, pista de caminhada e corrida, pista de acessibilidade e calçada.

    Fonte: Governo PR

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    Rede da Copel para proteger subestações de ataques cibernéticos é premiada

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    O projeto de modernização e proteção da rede de operações da Copel, que envolve as subestações de energia, foi premiado no evento internacional que reúne o segmento de serviços essenciais à sociedade – o UTCAL Summit 2025. Esse segmento, chamado de “utilities”, engloba empresas responsáveis por serviços como geração de energia, fornecimento de água, gás e, ainda, telecomunicações.

    A premiação da Copel se deve ao programa de comunicação e cibersegurança na transmissão de dados da infraestrutura de distribuição de energia, fundamental para que a companhia ofereça serviços de qualidade ao cliente. “Estamos avançando tecnologicamente para uma rede mais segura, para que todas as nossas subestações estejam interconectadas e com informações protegidas de ataques cibernéticos”, explica o autor do projeto na Copel, engenheiro eletricista Marcelo Yamada.

    São coautores do projeto, profissionais da Copel Lucas Esdras Leghi Garcia, Cristiano Valerio Gabardo e revisores Sergio Isidoro Canestraro Milani e Julio Shigeaki Omori.

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    NA PRÁTICA – O projeto da Copel consiste na modernização da rede operacional das 430 subestações da companhia em todo o Paraná. Está contemplada a instalação de novos roteadores, firewalls, sensores, componentes e ferramentas de detecção de vulnerabilidades integradas ao centro de operações de segurança. O investimento é em torno de R$ 120 milhões. O projeto está em fase de implantação, com planejamento de conclusão já em 2025.

    Yamada ressalta a relevância da proteção de informações para a estabilidade do sistema elétrico. “Na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, por exemplo, os russos invadiram subestações de energia e as desligaram de forma remota. Foi um ataque cibernético. Estamos investindo e nos protegendo contra ações que possam ser tomadas a distância”, explicou.

    O Centro de Operações da Copel contratado como parte do novo projeto já atua de forma preventiva em algumas situações básicas. Na etapa final, estima-se uma redução de R$ 24 milhões ao ano nos custos da contratação de circuitos de transmissão por parte da Copel, com avanços significativos na qualidade dos serviços, gestão de ativos e segurança.

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    Com modelo inédito no setor elétrico brasileiro, a Nova Rede OT ( Confiável Protegida Integrada) foi destacada na Categoria Alta no América Latina Telecom Awards. O destaque se deu com excelência de serviços e soluções, uso de inovações tecnológicas em prol da sociedade e melhorias operacionais nas empresas de Energia.

    UTCAL – A 12ª edição da conferência Utilities Telecom & Technology Council America Latina (UTCAL), realizada esta semana no Rio de Janeiro, reúne cerca de mil participantes, entre representantes do setor público, como agências reguladoras dos setores Elétrico e de Telecom (Aneel e Anatel), e profissionais de empresas de todo o mundo para tratar de Tecnologias de Telecomunicações e Automação para Utilities.

    Fonte: Governo PR

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