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Segurança ambiental: esgoto tratado no Paraná devolve água de qualidade aos rios

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A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) opera um dos sistemas de tratamento de esgoto mais eficientes do país. A empresa consegue, desde 2022, garantir que 100% do esgoto coletado passe por um rigoroso processo antes de ser devolvido à natureza. O padrão de tratamento se mantém até hoje, de acordo com o Relatório de Resultados do quarto trimestre de 2024 divulgado pela Companhia. O trabalho se destaca em comparação ao restante do país, que tem uma média de 52,2% no tratamento do esgoto, segundo o Sistema Nacional de Informações do Saneamento (SNIS).

O tratamento realizado nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) paranaenses se sobressai ao estado de São Paulo, por exemplo, que coleta 93%, mas trata apenas 85% do volume coletado, de acordo com dados da Sabesp de 2024. No Paraná, a Sanepar tem cobertura de mais de 81% e, com o tratamento integral, desempenha papel essencial na preservação dos recursos hídricos e na proteção da saúde pública – e se aproxima da universalização do saneamento.

O tratamento realizado nas ETEs reduz significativamente a carga orgânica do efluente, o que remove as impurezas e agentes contaminantes. Isso impede a poluição dos rios e contribui para a qualidade dos cursos de água, promovendo um ciclo sustentável de uso da água.

Além disso, o processo adotado pela Sanepar segue normas ambientais rigorosas, garantindo que a água devolvida ao meio ambiente esteja dentro dos padrões de qualidade estabelecidos pelos órgãos reguladores. Cada vez mais aprimorado, o trabalho das ETEs atinge uma taxa de quase 90% de eficiência e de conformidade às normas em 2025. Uma diferença de mais de 30% em relação a 2018.

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O diretor de Meio Ambiente e Ação Social, Julio Gonchorosky, explica que o processo contribui para a resiliência dos rios. “Dada a qualidade de tratamento do esgoto hoje, conseguimos colocar água com melhor qualidade de volta aos rios. Portanto, quando ele chega ao final do seu curso, a água que antes era poluída e imprópria, se torna própria para outros usos,” afirma o diretor.

Com esse processo, além de gerar ganhos ao meio ambiente, o tratamento eficiente do esgoto impacta diretamente na saúde da população e protege ecossistemas aquáticos, reduzindo o impacto de substâncias que poderiam comprometer a fauna e a flora dos rios. “A exposição ao esgoto não tratado ou mal tratado e água de má qualidade pode gerar danos a todos, mas principalmente à população infantil”, reforça o Júlio.

A Sanepar investe continuamente em novas tecnologias para aprimorar seus processos, incluindo métodos avançados de filtragem e remoção de micropoluentes, reforçando seu compromisso com a sustentabilidade e a segurança hídrica do Estado.

IMPACTOS NA SAÚDE – O Instituto Trata Brasil lançou o estudo “Saneamento é saúde: como a falta de acesso à infraestrutura básica impacta na incidência de doenças (DRSAI)”. Os dados revelam que, entre 2008 e 2023, o Paraná teve redução de 3,6% nas mortes de crianças de zero a quatro anos e de 5,9% em crianças de cinco a nove anos. E o saneamento é responsável por grande parte dessa melhoria na saúde.

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Gonchorosky ressalta que os ganhos para a população com o esgoto bem tratado e com a melhoria no meio ambiente também deve gerar responsabilidade coletiva. Além do trabalho das ETEs, a conscientização da população sobre o descarte correto do lixo e de resíduos, como medicamentos e produtos químicos, é fundamental para manter a qualidade dos mananciais e garantir um futuro com água segura para todos.

COMO É O TRATAMENTO– Nas Estações de Tratamento da Sanepar ele acontece em diversas etapas. Primeiro, a água passa por um processo de separação dos resíduos sólidos mais pesados, como areia e detritos.

Em seguida, ocorre a remoção de materiais orgânicos e impurezas por meio de processos biológicos e químicos, nos quais os microrganismos degradam a matéria orgânica. Depois, a água segue para a etapa de desinfecção, onde recebe tratamento com produtos específicos para eliminar outros microrganismos nocivos à saúde.

Só então, após rigorosas análises para garantir que atende aos padrões ambientais, essa água tratada é devolvida aos rios, contribuindo para a manutenção do ciclo hídrico e para a preservação dos recursos naturais.

Conheça AQUI mais sobre o trabalho de coleta e tratamento de esgoto.

Fonte: Governo PR

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Com contêineres inteligentes, Recicla Paraná chega a Ponta Grossa, nos Campos Gerais

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Ponta Grossa, nos Campos Gerais, ganhou nesta terça-feira (15) o primeiro ponto de coleta seletiva de resíduos sólidos, no Parque Ambiental (Centro). O projeto, chamado de Recicla Ponta Grossa, se utiliza de contêineres inteligentes e instalados nesta terça-feira (15) no Parque Ambiental (Centro). A ação é coordenada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e integra o projeto Recicla Paraná, que visa, entre outros objetivos, a promoção da cadeia ética de reciclagem, a transformação de hábitos e o incentivo à geração de renda.

A iniciativa faz parte da contrapartida social aos incentivos fiscais oferecidos pelo Governo do Estado por meio do programa Paraná Competitivo, e funciona em parceria com a So+Ma Negócios Inclusivos e Heineken Brasil.

Ponta Grossa é o primeiro município a receber o ponto de coleta, já com o novo sistema do projeto que visa promover a inclusão social e ambiental por meio de um programa de vantagens. Ou seja, os resíduos recicláveis viram pontos no aplicativo Recicla PG, que podem ser trocados por produtos e benefícios em estabelecimentos cadastrados. O App já está disponível gratuitamente nas principais lojas de aplicativos como a Google Play Store e a App Store. Outros dois pontos de coleta ainda serão instalados no município nos próximos meses, além do projeto de capacitação de catadoras, o Empreendedoras da Reciclagem.

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Os contêineres são gerenciados pela Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Uvaranas (Acamaruva) em parceria com a prefeitura de Ponta Grossa. A estrutura conta com sistema inteligente que identifica os usuários e registra os resíduos entregues por meio do aplicativo.

Diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael Andreguetto explica que os ecopontos vão impactar positivamente na melhoria da coleta seletiva e no trabalho dos catadores e recicladores, promovendo a capacitação para mais de 100 pessoas da região. O projeto, segundo ele, será estendido para mais municípios do Paraná ainda em 2025.

“O que estamos fazendo é fomentar essa cadeia, dar condições para que esses coletores de reciclagem possam realizar seu trabalho com todas as condições possíveis, chamando a população a participar da reciclagem”, afirma Andreguetto.

De acordo com dados da Sedest, o Paraná conta com aproximadamente 443 associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis, com 6 mil associados, a maior parte mulheres.

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APLICATIVO – A So+Ma é uma das executoras da iniciativa e visa, com a tecnologia desenvolvida para o App, a ampliação da taxa de reciclagem e maior engajamento da população, com dados transparentes e indicadores de impacto socioambiental.

“Em um primeiro momento as pessoas querem os benefícios, mas, com o tempo, isso vai se transformando. O fato é que o aplicativo passa a materializar todo o impacto ambiental, toda economia gerada, e para onde está indo esse material. A partir disso, as pessoas passam a entender que são atores empoderados para fazer a transformação” destaca a CEO da So+Ma, Cláudia Pires.

Com participação em atividades que incentivem o consumo e descarte corretos, a Heineken Brasil é parceira e patrocinadora do Recicla PG. “Nada mais adequado do que lançar uma iniciativa que possa trazer uma solução para o consumidor, para cidade e para os catadores de materiais recicláveis. A nossa responsabilidade como companhia é continuar fazendo o bem para a população por meio dos nossos produtos e projetos”, ressalta a diretora de Sustentabilidade da empresa, Lígia Camargo.

Fonte: Governo PR

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