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Sala Aberta: novo projeto do MAC Paraná cria espaço para “situações artísticas”

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De abril a julho deste ano, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná vai apresentar um novo projeto a partir da construção de um espaço para “situações artísticas” em uma de suas salas. O MAC-PR, que ocupa temporariamente parte do Museu Oscar Niemeyer (MON), promove a chamada Sala Aberta, a partir de 3 de abril, na Sala 9. Em três períodos – relativos à permanência de dois artistas e um coletivo convidados – o projeto será o ateliê de Rimon Guimarães, do Coletivo Brutas e de Nicholas Steinmetz.

Cada artista ou coletivo, em sua respectiva fase, ocupará a Sala Aberta para criar e apresentar seus trabalhos. O projeto tem como objetivo proporcionar um espaço dinâmico e relacional de práticas contemporâneas, onde artistas convidados possam desenvolver seus processos criativos e produzir novas obras, performances e atividades educativas, promovendo um ambiente de troca e aprendizado entre os participantes e os visitantes do museu.

A partir da relação com a sala do museu e sua estrutura, os artistas estarão em contato direto com os setores que compõem o MAC Paraná, especialmente o Setor Educativo.

A diretora do MAC Paraná e curadora, Carolina Loch, fala sobre a importância de proporcionar um espaço para situações de arte no contexto do museu. “O MAC Paraná entende que o museu não se limita às exposições em cartaz, é por isso que a Sala Aberta vai proporcionar tanto aos artistas quanto aos visitantes um espaço de formação, de troca e de experiências para além da experiência estética de se visitar uma mostra”, afirma.

Trata-se de um projeto dinâmico, com proposta de constante transformação e interação com o espaço. As obras serão construídas ao mesmo tempo que o público visita a sala de exposição. “Os artistas, que vão ocupar a sala durante um mês cada um, vão usar esse espaço como uma espécie de ateliê, como um espaço de criação, tendo como mote as próprias questões dos seus trabalhos, a arquitetura do espaço e a própria ideia de museu”, diz Joanes Barauna, diretora artística e uma das curadoras da ocupação.

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Confira os artistas convidados:

COLETIVO BRUTAS – (de 3 de abril a 1º de maio)

Formado por mulheres curitibanas, o coletivo surgiu em 2016, com Erica Storer, Estelle Flores, Gio Soifer, Jéssica Luz e Pac Calory. Ao longo de sua trajetória, o coletivo produz uma série de instalações, publicações independentes e performances em arte contemporânea. Suas criações abordam questões da esfera pública, originando-se de uma realidade intrinsecamente política.

Pela ação de compartilhar, elas unem forças, experimentando a utopia de se fundir em um único corpo coletivo e unificado. A experiência primordial das Brutas é forjada por meio da memória compartilhada de suas artistas, uma narrativa que se constrói sob múltiplas perspectivas.

RIMON GUIMARÃES – (de 1º de maio a 5 de junho)

Curitibano, artista multidisciplinar e autodidata, Guimarães iniciou sua jornada artística com lambe-lambes e colagens. Posteriormente, expandiu seu repertório de expressão artística para incluir pintura, desenho, gravura, fotografia, vídeo, instalações, performances e áudio.

Suas obras, que exploram temas de urbanização, acessibilidade e mídias contemporâneas, são reconhecidas dentro e fora do Brasil. Guimarães é particularmente conhecido por seus murais coloridos, com trabalhos espalhados por mais de 27 países, incluindo Malásia, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Bélgica, Bielorrússia e Síria. Por meio de seu trabalho, ele promove reflexões sobre o ambiente urbano e trabalha pela democratização do acesso à arte.

NICHOLAS STEINMETZ – (de 5 de junho a 3 de julho)

Artista paulistano, passou grande parte da vida em Curitiba. Nicholas iniciou sua carreira artística em 2016, dedicando-se à criação de histórias em quadrinhos e publicações independentes. Atualmente, por meio de pinturas e desenhos, ele desenvolve um imaginário próprio, povoado por figuras que exibem uma virilidade além do comum. Investiga temas como gênero, sexualidade e as complexas estruturas sociais, entrelaçando-os com a exploração de sua própria identidade como homem transgênero.

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QUARTAS PÚBLICAS – Em colaboração com a equipe do Setor Educativo do MAC Paraná, a ocupação Sala Aberta promove, nas quartas-feiras, uma série de atividades interativas para os visitantes. Este dia da semana foi escolhido por oferecer acesso gratuito ao MAC no MON a todos os públicos. Nesse contexto, uma variedade de ações será implementada.

ESTUDANTES – Na intenção de estimular a formação e a produção poética de novos artistas, o projeto também abrirá uma seleção para que três estudantes de Artes acompanhem os processos criativos da Sala Aberta, junto aos artistas e a equipe educativa do museu.

Com o apoio da Associação de Amigos do MAC (AAMAC), o MAC Paraná oferecerá uma ajuda de custo no valor de R$ 800,00 a cada estudante selecionado. Esta iniciativa permitirá que eles compartilhem e refinem suas pesquisas em poéticas visuais, lado a lado com os artistas convidados durante o período de um mês. Os interessados podem se inscrever AQUI até 21 de março.

Serviço:

Sala Aberta

Abertura: 3 de abril

Visitação: até 3 de julho

Local: Sala 9 do MAC no MON

Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico – Curitiba

Terça a domingo, das 10h às 18h

R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). Acesso gratuito toda quarta-feira.

Todos os dias: gratuito para menores de 12 anos e maiores de 60 anos

www.mac.pr.gov.br

Fonte: Governo PR

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Centro de Documentação e Arquivo da Unicentro recebem acervo de Nivaldo Krüger

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O Centro de Documentação e Memória da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e o Arquivo Histórico de Guarapuava deram início a um projeto de resgate das obras do acervo de Nivaldo Krüger, que foi senador, deputado estadual, deputado federal e prefeito de Guarapuava. A iniciativa, coordenada pela professora Terezinha Saldanha, tem como objetivo resgatar, preservar e disponibilizar ao público o acervo pessoal do político.

O acervo inclui livros, registros políticos e documentos pessoais de grande relevância histórica. Esses documentos se tornam públicos e de fácil acesso para acadêmicos, incentivando novas pesquisas e agregando ao acervo local.

Parte da biblioteca pessoal do político, especialmente as obras sobre a história do Paraná, será incorporada ao acervo da Unicentro. Já os documentos ligados à trajetória de Krüger serão preservados no Arquivo Histórico da universidade. Materiais de assuntos diversos e outras temáticas serão doados a escolas, inclusive colégios do Rio Grande do Sul, para ajudar na reposição de materiais escolares perdidos nas enchentes de 2024.

“Além da relevância para a história guarapuavana, Nivaldo Krüger também participou de diversos projetos históricos em âmbito nacional, ele estava presente na CPI da Itaipu e na Constituinte de 1988”, diz Terezinha Saldanha.

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Além de assegurar a integridade da doação, o projeto tem por objetivo ensinar os extensionistas, na prática, os métodos de arquivamento. Todos os volumes serão catalogados e preservados. O processo inclui várias etapas, do congelamento do material – a fim de eliminar microrganismos e o mau cheiro – até a limpeza manual de cada página de um livro.

Ele faleceu em 14 de fevereiro de 2024 e logo em seguida a família entrou em contato com a Unicentro para que o restante da documentação também pudesse ser preservada. O projeto foi possível graças à vontade da família, que acompanhou de perto o processo de doação do acervo.

“Meu pai, ainda em vida, já fez uma doação para a universidade, já tinha esse desejo de compartilhar com o coletivo todo o acervo histórico que ele, ao longo dos anos, teve no escritório”, conta Lenita Krüger, filha do político.

“A gente se sente bem sabendo que esses livros não vão ficar parados. Era o jeito do meu pai servir à comunidade e ele ficaria muito feliz”, complementa Beatriz Krüger, também filha do ex-prefeito.

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TRAJETÓRIA – Nivaldo Passos Krüger nasceu em Canoinhas (SC), mas foi no Paraná, para onde se mudou ainda na infância, que iniciou a carreira política. O primeiro cargo veio em 1958, como vereador. Em 1964, foi eleito prefeito de Guarapuava, posição que assumiria mais duas vezes, em 1973 e 1983. Atuou também como deputado estadual (1970), deputado federal (1979) e, em 2002, assumiu uma cadeira no Senado pelo Estado do Paraná.

Em Guarapuava, foi o primeiro presidente da Associação Comercial e Empresarial (Acig) e ocupava uma cadeira da Academia de Letras, Artes e Ciências de Guarapuava (Alac). Além da próspera carreira política, Nivaldo Krüger foi autor de livros sobre a História do Paraná e um amante da fotografia. Faleceu em fevereiro de 2024, aos 94 anos, deixando esposa e cinco filhos.

Fonte: Governo PR

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