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Referência mundial, Santuário de Bandeirantes recebeu 20 mil pessoas nesta sexta-feira

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O Santuário de São Miguel Arcanjo, em Bandeirantes, no Norte Pioneiro do Paraná, recebeu mais de 20 mil fiéis nesta sexta-feira, 29 de setembro, data em que se comemora 11 anos de construção do local e também o dia deste santo, celebrado como o arcanjo que melhor representa a luta do bem contra o mal para a Igreja Católica. O Santuário é uma das principais atrações da rota de turismo religioso do Paraná, consolidada como uma das mais importantes do Brasil.

O espaço de Bandeirantes é o terceiro maior do mundo dedicado a São Miguel Arcanjo, atrás apenas de apenas do Santuário Monte Santo Angelo, na Itália, e do Mont Saint-Michel, na França, e atrai peregrinos de todo o País. “É um momento de alegria para muitos romeiros e peregrinos que visitam este santuário para agradecer graças recebidas ou mesmo para conhecer o local, que é um expoente da fé no Norte Pioneiro e tem se destacado pela grandeza e imponência, com um volume de visitantes muito grande”, afirmou o reitor do santuário, padre Rosinei Toniette.

Uma destas milhares de devotas era Rosana Ferreira, que foi ao templo para agradecer o nascimento do filho João, de dez meses. “Eu era estéril, tinha feito muitos tratamentos por mais de 12 anos, até que o padre disse que eu receberia um milagre e voltaria ao santuário com meu próprio São Miguel. Hoje estou aqui para celebrar esta conquista”, contou.

Marisa Vichoski, que pedalou quase 600 km por três dias para prestigiar a missa dedicada a São Miguel, também adorou o que viu. “Eu saí de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste do Paraná, na madrugada de terça-feira. Chegar perto e ver esta cruz e esta imagem, depois de uma viagem destas, sozinha, virou uma alegria que invadiu meu coração”, afirmou.

O local é uma referência inclusive para fiéis de outros estados. Vaniel de Almeida Campos, de Ourinhos (SP), peregrinou por cerca de 100 km para visitar o santuário. “Foi uma caminhada de fé e agradecimento, porque hoje é um dia especial para todos que vêm até aqui”, afirmou.

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Além de ser um importante templo aos devotos do santo, o santuário abriga uma das maiores estátuas religiosas do Sul do Brasil: um São Miguel Arcanjo de 19,2 metros feita em aço inox, que está sobre uma estrutura de 18,5 metros. Também chama a atenção uma cruz de 81 metros de altura que fica próxima ao local, na gruta de Nossa Senhora de Lurdes. Segundo o padre Roberto Roberto Medeiros, responsável pelo santuário, é a maior cruz do Brasil e uma das maiores do planeta.

Os dois monumentos ficam no alto de um morro e inspiram os romeiros que chegam de várias cidades a Bandeirantes. 

Nesta sexta-feira, o local também comemorou uma importante melhoria. O governador Carlos Massa Ratinho Junior inaugurou uma passarela sobre a BR-369, ligando a gruta de Nossa Senhora de Lurdes, onda fica a cruz, ao santuário. A estrutura dá mais segurança e agilidade ao deslocamento dos visitantes. Também fazem parte do investimento de R$ 7,8 milhões acessos rodoviários, uma rotatória e um retorno.

“Este é um santuário que cresceu muito, o fluxo de turistas e devotos é muito grande, portanto uma obra como esta é fundamental para a segurança dos peregrinos e para melhorar o fluxo de veículos aqui dos arredores”, afirmou o bispo da Diocese de Jacarezinho, Dom Antonio Braz Benevente.

ROTA DO ROSÁRIO O santuário faz parte da Rota do Rosário, que integra 15 santuários de cidades do Norte Pioneiro e dos Campos Gerais do Paraná, além de igrejas, capelas e paróquias. Ao todo, 22 municípios integram o roteiro religioso. O Santuário em Bandeirantes, é o mais visitado da Rota do Rosário, ao lado do Santuário Senhor Bom Jesus da Cana Verde, em Siqueira Campos.

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Também parte da Rota do Rosário os santuários de Santa Terezinha do Menino Jesus, em Bandeirantes; Mãe Rainha, Catedral de Nossa Senhora Imaculada Conceição e Nossa Senhora de Guadalupe, todos os três em Jacarezinho; Santo Inocêncio, em Tomazina; Diocesano do Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das Graças, ambos em Ibaiti; Senhor Bom Jesus da Pedra Fria e Santuário Santa do Paredão, em Jaguariaíva; São Vicente Palloti, em Ribeirão Claro; Divino Espírito Santo, em Ribeirão do Pinhal; Nossa Senhora das Graças, em Santo Antônio da Platina; Igrejinha de São João Batista, em Arapoti; Nossa Senhora das Brotas, em Piraí do Sul.

“Cada santuário tem uma atração diferente, uma espiritualidade própria. A rota é importante por ligar todos eles de alguma forma, promovendo a região como um todo. Por ser um dos maiores, o Santuário de São Miguel Arcanjo acaba sempre atraindo muitas das pessoas que visitam a rota. É comum, inclusive, que ele feche o roteiro dos romeiros”, contou o fundador do santuário, padre Roberto Medeiros.

O turismo religioso é uma atividade em crescimento no Estado. De acordo com um levantamento feito pela Secretaria do Turismo do Paraná, o segmento religioso é o terceiro mais procurado no Estado. Dos 2,4 mil atrativos turísticos listados pela secretaria, cerca de 300 estão ligados ao turismo de fé, divididos em quatro matrizes religiosas: ocidental, oriental, africana e indígena.

De acordo com o bispo-referencial da Pastoral do Turismo no Brasil, Dom Mário Spaki, as atrações religiosas têm o potencial de impactar as regiões que investem nesta atividade. “É um turismo que atrai muitas pessoas, de forma recorrente. E os santuários são grandes atrativos, mas evidentemente não sustentam, sozinhos, o turismo nas regiões para atrair multidões, então esta atividade movimenta uma estrutura de hotéis, restaurantes e serviços e transforma estas regiões em polos turísticos”, explicou.

SANTUARIO BANDEIRANTES

O espaço de Bandeirantes é o terceiro maior do mundo dedicado a São Miguel Arcanjo. Foto: Ari Dias/AEN

ECONOMIA De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 23% dos empregos de Bandeirantes estão relacionados às atividades de alimentação e alojamentos, que são geralmente fortemente impulsionados pelo turismo. A proporção está muito acima da média nacional, que é de 3,6%, e estadual, que é de 4%.

De acordo com o prefeito Jaelson Ramalho Matta, o aumento no fluxo de visitantes que chegam à cidade para conhecer os santuários impulsionou a economia local. “O município chega a receber mais de 40 mil romeiros no Santuário de São Miguel de Arcanjo e isso despertou empresários locais de outros setores a investirem na cidade”, afirmou.

Além do turismo religioso, a cidade também é procurada por visitantes interessados em turismo ecológico, rural e enoturismo, que está relacionado aos vinhos produzidos na região. “O turismo desenvolve todas as áreas do município, como educação, por exemplo”, completou.

Fonte: Governo PR

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Genomas Paraná já sequenciou 1,2 mil amostras da população de Guarapuava

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O projeto Genomas Paraná, financiado pelo Governo do Estado, apresentou nesta sexta-feira (11) os resultados preliminares do sequenciamento genético realizado em Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná. De novembro de 2024 até o momento, foram sequenciadas 1.242 amostras biológicas de um total de 3.105 fornecidas por moradores da cidade e também de residentes nos distritos de Palmeirinha, Entre Rios e Guairacá.

O estudo recebeu financiamento superior a R$ 6 milhões, entre recursos do Fundo Paraná, dotação orçamentária administrada pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e da Fundação Araucária. O projeto é desenvolvido por meio de uma parceria entre a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e o Instituto para Pesquisa do Câncer de Guarapuava (Ipec).

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, ressaltou que o Paraná tem investido financeiramente para contribuir de forma efetiva na melhoria da saúde pública. “A medicina de precisão é uma área em que buscamos a prevenção e também a resolução de doenças. O programa Genoma Paraná é de extrema importância para que possamos, futuramente, criar soluções para diagnósticos e tratamentos para a população, que é rica em diversidade étnico regional”, disse.

“Esse é um projeto de longo prazo. Estamos celebrando mil genomas sequenciados de um universo de quase quatro mil amostras coletadas. Esses dados com informações reais que vão influenciar a saúde pública não são para agora, pois isso ainda vai demorar de dois a três anos. O que temos certeza, porém, é que o que estamos construindo é inédito”, explicou David Livingstone Figueiredo, professor da Unicentro e coordenador do projeto.

O Genomas Paraná busca identificar marcadores genéticos associados a doenças prevalentes na população, abrindo caminho para a medicina de precisão. Com os dados recolhidos, será possível desenvolver tratamentos personalizados, reduzir diagnósticos tardios e implementar estratégias preventivas eficazes para os cidadãos.

“É um caminho sem volta. Hoje tratamos as pessoas como um todo e nós sabemos que o tumor de tireoide em um paciente X é diferente do tumor do paciente Y, porque são pessoas diferentes, com biologia diferente, com genética diferente. A ideia dos genomas é nos dar subsídio para a medicina de precisão, tratando o paciente na sua individualidade”, complementou Figueiredo. “Mas não só tratar. Vai nos permitir um diagnóstico mais preciso e assertivo, trazendo estratégias para medicina pública.”

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O projeto, que posiciona o Paraná na vanguarda da pesquisa genética aplicada à saúde, utiliza duas estratégias de amostragem: aleatória, ainda em andamento, realizada com pessoas com mais de 18 anos; e voluntária, já encerrada, destinada para diferentes gêneros, faixas etárias e também por idosos com mais de 80 anos, estes últimos indicados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

No caso da amostragem aleatória, endereços residenciais de Guarapuava são sorteados para participarem do projeto. Ao chegar ao endereço, o pesquisador da empresa contratada explica o que é o programa e convida os moradores maiores de 18 anos e que morem há mais de seis meses na cidade a participarem. Dentre os residentes, mais um sorteio é realizado, uma vez que apenas um morador de cada domicílio pode participar do programa.

Para as amostras por conveniência, já encerradas, a seleção dos voluntários aconteceu por meio de um cadastro de interesse e, depois de selecionados, por ordem de inscrição, de acordo com a faixa etária e sexo, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim como os candidatos sorteados, os voluntários responderam a um questionário epidemiológico.

Com relação à população idosa, foram escolhidas pessoas com mais de 80 anos, que apresentavam aptidão cognitiva (avaliado por Mini Mental e Pfeffer) e que residiam há mais de seis meses em Guarapuava.

Além de responderem a um questionário epidemiológico com mais de 300 perguntas, os participantes do projeto doam amostras de sangue, saliva e fezes, uma vez que há cada vez mais doenças associadas à microbiota do intestino. Essas amostras são enviadas ao Ipec, onde são extraídas moléculas como DNA e RNA e realizadas análises genéticas utilizando equipamentos de última geração, como sequenciadores com capacidade de processar 96 amostras simultaneamente.

O reitor da Unicentro, Fabio Hernandes, destacou a importância da instituição abrigar um projeto que poderá mudar os rumos da medicina pública no País. “É uma iniciativa encabeçada por pesquisadores da universidade e que auxiliará muito na saúde da nossa população. É um projeto inovador que a Unicentro, por meio de seus pesquisadores, está liderando”, salientou. “Só temos a agradecer e incentivar esses docentes, pois sabemos que este projeto trará muitos benefícios à saúde dos brasileiros.”

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PRÓXIMOS PASSOS – A coleta de amostras biológicas continua, com o objetivo de alcançar quatro mil até o fim deste ano. A expectativa, porém, é coletar mais 4 mil, somando 8 mil coletas em um trabalho que deverá ocorrer pelos próximos anos. Além disso, também será realizada a integração dos resultados com a rede estadual de saúde.

Entender o perfil genético do paranaense ajudará a avançar em diagnósticos precoces e até mesmo aperfeiçoar tratamento de doenças, como diabetes, obesidade, câncer, doenças neurológicas, cardiovasculares, autoimunes, hematológicas, endócrino-metabólicas e raras. No futuro, os profissionais de saúde terão acesso a informações cruciais sobre a predisposição genética de cada paciente a certas doenças, permitindo um diagnóstico mais rápido e preciso, e o planejamento de tratamento mais eficiente e personalizado.

Como parte dessa estratégia e em parceria com o governo federal, foi inaugurado nesta sexta-feira o Centro Âncora do Projeto Genomas SUS, também em Guarapuava, no âmbito do Programa Nacional de Genômica e Saúde de Precisão (Genomas Brasil), do Ministério da Saúde. O local será responsável pela coleta de amostras, sequenciamento genético e análise de dados genéticos. Com oito centros em diferentes regiões do País, o Genomas SUS pretende formar um banco nacional de dados genômicos e clínicos dos brasileiros.

“Este núcleo do Genoma SUS é uma conquista importante para o Paraná, que passará a ter dois, algo que somente nós e São Paulo possuem. Essa conquista se deu, sobretudo, por conta do programa Genomas Paraná e do investimento do Governo do Estado no complexo do Vale do Genoma”, afirmou o secretário Aldo Bona. “É uma conquista importante que coloca o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná como um braço executor de um programa nacional de grande relevância”.

Integram o Genoma SUS oito centros de pesquisa em seis estados, sendo dois deles no Paraná: em Guarapuava, com atividades desenvolvidas na Unicentro, em parceria com o Ipec, e em Curitiba, no Instituto Carlos Chagas (ICC), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Fonte: Governo PR

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