10 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

    PARANÁ

    Recursos do programa Casa Fácil viabilizam moradias para 42 famílias de Guamiranga

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    A Cohapar participou nesta quinta-feira (29) da inauguração e entrega das chaves do Residencial Pé da Serra, em Guamiranga, no Centro-Sul. O empreendimento é composto por 42 casas e contou com um investimento superior a R$ 5,8 milhões. Todas as unidades habitacionais receberam subsídio de R$ 15 mil cada pelo programa Casa Fácil Paraná, do governo estadual, para custeio do valor de entrada.

    O repasse dos R$ 630 mil em recursos do Estado foi coordenado pela Companhia de Habitação do Paraná e o público beneficiado é formado por pessoas com renda familiar mensal de até três salários mínimos. Elas também puderam acessar descontos variáveis pelo programa federal Minha Casa, Minha Vida, além da possibilidade de usar o saldo do FGTS para abater o montante financiado.

    O residencial possui imóveis com tamanho padrão de 41,25m², subdivididos em dois quartos, sala, cozinha, banheiro social e área de serviço externa, e os terrenos possibilitam ampliações futuras pelos novos proprietários. As moradias, vendidas a partir de R$ 140 mil, são financiadas pela Caixa Econômica Federal por até 30 anos, com taxa de juros reduzida e prestações médias de R$ 600 mensais.

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    INCENTIVO FINANCEIRO – Há cinco anos na luta por um lar, o caminhoneiro Andre Luiz Wojtiuk, 31 anos, destacou o incentivo financeiro do programa estadual como decisivo no processo de aquisição do bem. “Tudo na vida tem que ter um arranque. A gente não tinha e foi a Cohapar que deu o subsídio para poder dar a entrada. Então é muito emocionante, uma conquista para a gente, ainda mais a própria casa”, disse.

    Outra moradora do empreendimento é a servente de limpeza Jociane Moloto, 29 anos, que graças à ajuda do Casa Fácil hoje dá adeus ao peso do aluguel para viver em um novo lar com o filho. “Eu sou mãe solteira, crio meu filho sozinha e pagava aluguel há quase quatro anos. Esse é o sonho de todo mundo, conquistar uma casa”, afirmou.

    Fonte: Governo PR

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    PARANÁ

    Dois anos seguidos: relatório confirma Paraná como líder nacional em doação de órgãos

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    Pelo segundo ano consecutivo, o Estado lidera o País em doações de órgãos, com 42,3 doadores por milhão de população (pmp) em 2024 – mais que o dobro da média nacional, de 19,2 pmp. Esse é o principal indicador, que reflete a disponibilidade de doação. O Estado também lidera o indicador de doadores cujos órgãos foram efetivamente transplantados, com 36 pmp, contra 17,5 pmp da média nacional.

    Esse marco reflete não apenas números, mas histórias de solidariedade, amor ao próximo e esperança para centenas de pacientes que aguardam por um transplante. Os dados são do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), elaborado e divulgado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) nesta quinta-feira (10).

    No Brasil, a decisão de doar órgãos após a confirmação da morte encefálica depende de um momento delicado: a autorização da família. Mesmo quando o desejo de ser doador foi registrado em vida, a palavra final cabe aos familiares, que passam por uma conversa cuidadosa com equipes especializadas e treinadas pelo Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR). No Paraná, essa abordagem se mostrou mais eficaz, com o Estado registrando a menor taxa de recusa familiar do País—apenas 28%, frente à média nacional de 46%.

    “Para nós é motivo de muito orgulho manter esse destaque em doações e transplantes de órgãos. Os números demonstram mais uma vez que o Paraná é um Estado de gente muito solidária, que mesmo na dor, num momento de perda, ainda coloca a vida de outras pessoas em primeiro lugar”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

    Em números absolutos foram 500 doadores efetivos, que resultaram em 903 transplantes de órgãos e 1.248 transplantes de córneas. Com isso, o Paraná também atingiu o segundo lugar como Estado com maior número de transplantes de órgãos pmp com doadores vivos e falecidos, numa taxa de 76,4 pmp para doadores vivos (ficando atrás do Distrito Federal com 93,5 pmp) e 70,9 pmp para doadores falecidos (atrás também do Distrito Federal com 86,5 pmp).

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    Residente de Pato Branco, no Sudoeste, Márcia Soeli Pereira perdeu um filho de 37 anos, há oito meses, vítima de um aneurisma cerebral. Na época, mesmo com o luto, ela aceitou a doação de órgãos. “Eu aceitei doar todos os órgãos do meu filho e ele salvou três vidas com o fígado e os dois rins. Peço às pessoas que doem porque isso é um incentivo a mais para continuarmos vivendo, sabendo que uma mãe está feliz e que alguém vai viver graças a isso”, diz.

    TRANSPLANTES – Foram realizados 1.248 transplantes de córneas, 550 transplantes de rim (sendo 52 de doadores vivos e 498 de doadores falecidos), 304 de fígado, seis de pâncreas e 43 de coração no Paraná em 2024. O Estado ficou em segundo lugar com maior número de transplantes de medula óssea no País, num total de 410 procedimentos, atrás somente de São Paulo, com 1.664.

    O Paraná é o segundo Estado que mais fez transplantes de rim pmp, com taxa de 46,5 pmp, atrás do Rio Grande do Sul com 49,7 pmp; o terceiro com maior taxa pmp de transplantes de fígado, com 25,7 pmp, atrás do Ceará com 27,2 pmp e Distrito Federal com 42,9 pmp; e o quarto que mais realizou transplantes de coração, com 3,6 pmp, atrás de Minas Gerais com 3,8 pmp, Ceará com 3,8 pmp e Distrito Federal com 11,7 pmp.

    O Paraná também se destaca nos transplantes pediátricos. O Estado atingiu a segunda maior taxa pmp de transplantes de coração na população de zero a 17 anos, com 2,4 pmp (atrás do Distrito Federal com 3,4 pmp), terceiro lugar em transplantes de fígado, com 6,1 pmp (atrás do Rio Grande do Sul com 8,5 pmp e São Paulo com 9,2 pmp), e quinto lugar em transplantes de rim, com 5,2 pmp (atrás do Rio de Janeiro com 5,7 pmp, São Paulo com 8,5 pmp, Distrito Federal com 10,1 pmp e Rio Grande do Sul com 13,2 pmp).

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    Alessandra Rosa da Silva é moradora de Curitiba e tem 49 anos. Em 2022 recebeu a notícia de que precisaria de um transplante cardíaco. Dois anos e cinco meses depois, em outubro de 2024, Alessandra recebeu um coração. “O meu coração estava grande, inchado, como dizem, e ele estava pressionando o pulmão. Os meus batimentos cardíacos eram entre 19, 14, 33 por minuto. Então ele não estava mais trabalhando o suficiente. Precisei desse transplante, fiquei entre tratamento e fila do transplante e não é fácil”, conta.

    “Pra quem precisa de transplante sabe que é um momento triste, que a família do doador está passando, mas se puderem doar tem muita gente precisando mesmo, e para quem vai receber é uma bênção”, complementa.

    No caso de Jair Cabral de Souza, de 56 anos, morador de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, o processo foi mais rápido. Em abril de 2024, durante uma internação, Jair ficou sabendo que o seu coração só funcionava 19%. “Nunca pensei que precisaria de um transplante, ainda mais de coração, foi um baque muito grande na minha vida e fiquei no fundo do poço”, diz.

    Três meses depois, dia 25 de julho, ele recebeu o novo órgão. “A minha cirurgia foi um sucesso, hoje estou me sentindo bem e pra mim é uma nova vida”, afirma Jair. “Se não tivesse surgido essa doação, hoje eu não estaria aqui dando esse testemunho, por isso é muito importante que as famílias se conscientizem a doar. Eu não tinha esse propósito antes, mas hoje eu também sou um doador e muito grato a essa família que doou esse coração pra mim, que me deu e me trouxe uma nova vida”.

    DOAÇÃO

    Além do transporte terrestre e grande equipe de profissionais, o Paraná conta com uma estrutura aérea, com os aviões e helicópteros da Casa Militar disponíveis 24 horas por dia para o transporte de órgãos. Foto: Casa Militar

    CAPACITAÇÕES – Para garantir a excelência no serviço, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) por meio do SET/PR investe em capacitação e sensibilização. Durante todo o ano passado foram promovidos 28 cursos sobre determinação de morte encefálica para médicos, 19 cursos sobre o processo de doação de órgãos e tecidos, oito cursos de acolhimento e entrevista familiar para doação, três cursos de formação de coordenadores hospitalares e dois cursos específicos sobre atuação no centro cirúrgico.

    Também houve 75 palestras e ações de sensibilização que reforçaram a conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, capacitando mais de 1.100 profissionais de saúde.

    Este ano já foram três cursos sobre determinação de morte encefálica para médicos, oito cursos sobre o processo de doação de órgãos e tecidos, cinco cursos de acolhimento e entrevista familiar para doação, seis cursos específicos sobre atuação no centro cirúrgico, um curso de planejamento e resultados  e  uma oficina entre os servidores da Central Estadual de Transplantes e das Organizações de Procura de Órgãos, totalizando cerca de 565 profissionais capacitados.

    “As capacitações contínuas e a dedicação dos profissionais que atuam em todo esse processo de doação junto a toda essa organização, essa estrutura que o Paraná dispõe e, o mais importante, a solidariedade, a consciência das famílias em realizar a doação de órgãos, fazem do Paraná essa referência nacional em doação”, diz a coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes, Juliana Ribeiro Giugni.

    ESTRUTURA – O SET/PR é composto pela Central Estadual de Transplantes em Curitiba e quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), estrategicamente localizadas em Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel.  Ao todo, 700 profissionais participam do sistema, em cerca de 70 Hospitais Notificantes, 34 equipes transplantadoras de órgãos, 72 equipes transplantadoras de tecidos (córneas, valvas cardíacas, musculoesqueléticos, pele e medula óssea), cinco laboratórios de histocompatibilidade, três laboratórios de sorologia e três bancos de tecidos, sendo dois de tecidos oculares e um de multitecidos (córneas, valvas cardíacas, musculoesquelético e pele).

    Para agilizar a logística do transporte de órgãos no Estado, o Governo do Estado realizou a maior renovação de frota de veículos do SET/PR da história, com 18 automóveis novos, num investimento de R$ 1,9 milhão.

    Além do transporte terrestre, o Paraná conta com uma estrutura aérea, com os aviões e helicópteros da Casa Militar disponíveis 24 horas por dia para o transporte de órgãos e das equipes do sistema estadual. Essa agilidade é necessária porque os procedimentos devem ser feitos de forma muito rápida, por causa do tempo de isquemia dos órgãos, que é o intervalo entre a retirada do doador e a cirurgia no transplantado.

    Desde 2019 já foram realizadas 654 missões, com mais de 1,8 mil horas de voo para o transporte de milhares de órgãos. Ao longo de 2024, 832 órgãos foram transplantados no Paraná, segundo dados do SET/PR. Deste total, 250 precisaram de transporte aéreo em 133 voos, sendo 30 corações transplantados, 103 fígados e 117 rins. Este ano já foram realizados 34 voos para transporte de 42 órgãos.

    Cada um destes órgãos tem um prazo máximo de isquemia, que é o tempo que o órgão resiste entre a retirada do doador e o implante no receptor. O mais complicado deles é o coração, cujo prazo máximo é de 4 horas. Um fígado pode resistir cerca de 12 horas e um rim até 36 horas.

    FILA DE ESPERA – Segundo o RBT, 67.879 pacientes ativos aguardam por um órgão no Brasil, sendo 3.401 no Paraná. De acordo com o SET/PR, o número é ainda maior. Dados do relatório estadual, divulgado em março deste ano, apontam que 3.843 pacientes estão aguardando por um órgão no Estado, sendo 2.035 homens e 1.808 mulheres. A maior demanda é por rim, num total de 1.955 pessoas, seguido por córneas com 1.631, fígado com 201, coração com 28, rim/pâncreas com 19, pulmão com seis e pâncreas com três.

    Fonte: Governo PR

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