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Prudentópolis ganha Caminho de São Miguel Arcanjo com 16 igrejas ucranianas

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O Paraná ganhou mais uma rota do segmento de turismo religioso, o Caminho de São Miguel Arcanjo, em Prudentópolis, na região Centro-Sul do Estado. O trajeto contempla restaurantes, hotéis, pontos turísticos e, principalmente, templos e igrejas, sendo 16 delas igrejas ucranianas e com arquitetura bizantina. O caminho também passa por outras igrejas católicas, de arquitetura latina, igreja luterana, pelo túmulo da Serva de Deus Irmã Anatólia Bodnar, museus, orquidário, mirantes e cachoeiras, fazendo jus a outro título que a cidade carrega: a Terra das Cachoeiras Gigantes.

A iniciativa incrementa o turismo religioso no Paraná e amplia a oferta de infraestrutura e de divulgação deste segmento na região, atraindo visitantes, fiéis e entusiastas destas atrações. Estruturado pela prefeitura, o novo caminho de Prudentópolis, cidade que abriga a maior comunidade ucraniana no Brasil, percorre 122 quilômetros dentro dos limites do município, podendo ser realizado a pé, de moto, carro e até mesmo a cavalo.

Representantes da Secretaria do Turismo (Setu) e do Viaje Paraná – órgão de promoção comercial do setor –, participaram da solenidade de inauguração do monumento marco zero e abertura oficial desse caminho, que até funcionava de forma experimental.

Irapuan Cortes, diretor-presidente do Viaje Paraná, explica que o segmento de turismo religioso é um dos importantes ao Estado, aliando a fé, a cultura e as tradições paranaenses. “O segmento é responsável por muitas viagens internas realizadas em âmbito estadual, sendo importantes distribuidoras de viajantes e fomentando o fluxo turístico nas regiões”, disse.

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“A inauguração desse novo caminho, estruturado e com opções qualificadas, ajuda a divulgar ainda mais o turismo paranaense, por se tratar de um produto bem completo, que alia a fé com a movimentação dos serviços turísticos. Isso é importante, porque mostra mais das múltiplas faces da religiosidade e da cultura paranaenses, mostrando o Estado como um destino atrativo”, completou.

CAMINHO – Além das inúmeras igrejas e templos, o trajeto também abrange grutas, mirantes e belas paisagens, criando uma atmosfera única de espiritualidade. Aliado ao esplendor da natureza, museus e os sistemas faxinalenses (comunidades tradicionais) também são atrativos culturais que enriquecem a experiência de moradores, peregrinos e turistas.

Para Eliseu Rocha, coordenador do Grupo de Trabalho do Turismo Religioso no Paraná, além da união das comunidades em torno da fé, o Caminho de São Miguel Arcanjo será fundamental para o segmento. “A rota é importante para o nosso turismo religioso, tanto no quesito de fé quanto no aspecto de avanço econômico, com uma rota que já nasce totalmente organizada e pronta para movimentar o fluxo turístico em Prudentópolis e nas cidades vizinhas”, disse.

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“A primeira reunião para tratar da criação do caminho aconteceu num encontro do Grupo de Trabalho, em Foz do Iguaçu, quando os órgãos de Turismo do Estado demonstraram apoio à estruturação da rota. Felizmente hoje é uma grata realidade”, lembrou.

RELIGIOSIDADE – Com mais de 100 igrejas, Prudentópolis tem o título de Capital da Oração do Paraná, confirmado pela Lei 20.439/2020. Foi justamente isso que incentivou o município a criar o Caminho de São Miguel Arcanjo, com o objetivo de fazer do roteiro de fé e peregrinação também uma alternativa para a geração de emprego e renda na cidade através do turismo, com destaque às áreas rurais.

Para mais dicas de roteiros e destinos ligados ao turismo religioso, acesse o site do Viaje Paraná, clicando AQUI

Fonte: Governo PR

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Rede estadual de educação do Paraná acolhe professores e alunos autistas

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Quando ingressou como professor na rede estadual de ensino, aos 21 anos, Evalney Riely Horst sentia que havia uma barreira entre ele e os demais colegas. Interpretar simples entonações de voz ou outros sinais não verbais representava uma dificuldade para ele. Ao participar do planejamento de educação inclusiva da escola, anos depois, ele teve a oportunidade de conhecer mais a fundo o que era autismo. Tendo se identificado com muitas de suas características, resolveu ele mesmo procurar orientação profissional.

Em 9 de abril de 2024, Evalney, aos 37 anos, finalmente recebeu o diagnóstico de portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA). “No começo foi estranho, precisei de um tempo até aceitar. Mas depois tudo foi fazendo sentido”, lembra. 

Desde a época em que estudava, Evalney tinha dificuldade para se enturmar, exceto quando se envolvia com atividades que o interessavam, como xadrez, informática e jogos eletrônicos, e que o tornavam alvo de bullying. Faltavam ao ambiente escolar formas de acolhimento a alunos como ele. “Não havia suporte, nem ouvíamos falar sobre autismo naquela época. Foi bem complicado para mim”, afirma.

Com o objetivo de promover a inclusão e o combate à discriminação da pessoa autista, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 2008, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril. O TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico, caracterizado principalmente pela dificuldade de comunicação e interação social, podendo apresentar ou não déficits intelectuais e hiperfocos.

“Não tem cura, mas tem tratamento”, afirma a pedagoga e especialista em psicopedagogia e educação especial, Siana do Carmo de Oliveira Franco Bueno. “O maior desafio enfrentado pela pessoa com TEA é que muitas vezes ele é tratado de forma equivocada, apenas com medicação. Também é necessário que haja acompanhamento terapêutico e orientação adequada”.

O diagnóstico é feito por meio de avaliações, observações e acolhimento de relatos familiares e clínicos e deve acontecer o mais cedo possível. “Aos primeiros sinais atípicos no desenvolvimento infantil, pode-se iniciar o acompanhamento multidisciplinar objetivando uma avaliação completa do quadro”, explica o psicólogo Paulo Ricardo Ferreira.

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Segundo Siana, a importância do diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações ao longo da vida para a pessoa com TEA. “É para que o autista não venha a sofrer graves consequências na vida adulta, como depressão ou mesmo outros transtornos mais sérios, que poderiam causar prejuízos pela dificuldade de compreensão, tanto por ele como pelas pessoas de seu entorno”.

ENSINO DE QUALIDADE E INCLUSÃO – Juarez Gabriel Miranda Franco de Lima sempre gostou de ir ao circo. Um dia, em 2020, pendurou uma cortina na garagem de casa, botou um nariz de palhaço, apontou uma câmera para o palco improvisado e se apresentou como o palhaço JG. “Teve malabarismo com chapéu, piadas e muitas músicas infantis”, ele recorda. “Normalmente eu faço sozinho, mas às vezes deixo meus amigos fazerem uma apresentação”.

Aos 6 anos, Juarez era tratado como uma criança hiperativa. Até que Cleusa, sua mãe, orientada pela escola em que ele estudava, procurou ajuda profissional para o diagnóstico para TEA, que acabou se confirmando. A princípio preocupada – na adolescência, ela havia cuidado de uma criança com autismo severo –, Cleusa ficou aliviada com o apoio dado pela escola. “Ele conseguiu uma professora para ajudá-lo a se desenvolver nos estudos”, ela conta. “Tinham muita paciência e muito amor por ele. Ele é um menino muito inteligente e muito carinhoso com todo mundo”. 

Além das apresentações como o palhaço JG – devidamente registradas em seu canal no YouTube –, Juarez, que está no terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Wolff Klabin, é atleta, tendo competido em três edições dos Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná (Parajaps), representando o Centro de Referência Paradesportiva de Telêmaco Borba. Em 2023, ele foi campeão paranaense, tendo conquistado ouro nas modalidades de 100, 200 e 400 metros. Correr, diz Juarez, o ajudou a se tornar uma pessoa mais independente. “Consigo cuidar de mim mesmo e já saio sozinho. Eu costumava me isolar, mas agora saio e convivo com outras pessoas”, comemora Juarez.

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Essas conquistas de Juarez e de outros 12 mil estudantes com diagnóstico de TEA são possíveis graças aos serviços de acolhimento e assistência oferecidos pela Secretaria Estadual da Educação (Seed-PR). Esses serviços são distribuídos nas escolas levando-se em conta as necessidades dos estudantes.

Os Profissionais de Apoio Escolar (PAE), que ajudam estudantes com deficiência a participar das atividades escolares, e Professores de Apoio Educacional Especializado (PAEE), que atendem alunos com necessidades educacionais especiais, são contratados conforme estudo de caso. 

Já as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), que funcionam no contraturno e ajudam na integração social dos alunos, são autorizadas para todas as escolas que possuam estudantes da educação especial e que não sejam de educação integral.

“O Paraná desenvolve ações voltadas aos alunos com TEA desde a origem do atendimento educacional especializado”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “Com o aumento do número de estudantes identificados, as ações têm sido potencializadas para garantir a inclusão de todos eles”.

Hoje, para atender estudantes com diagnóstico de TEA, a rede estadual de educação conta com cerca de 3 mil SRMs, 1.400 PAEs e 4.100 PAEEs.

“Hoje em dia, eu percebo muitas coisas boas, como atendimento especializado com profissionais capacitados, salas de recursos multifuncionais e palestras para conscientização”, avalia Evalney, que hoje leciona no Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira, em Irati, no Centro-Sul do Estado. “Na escola, quando contei do diagnóstico, a direção me acolheu e inclusive me incentivou a usar o cordão do autismo, como forma de inspirar alunos autistas”.

Fonte: Governo PR

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