10 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

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    Projeto de Alfabetização na Cela da Polícia Penal do Paraná começa a expandir ações

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    O Projeto de Alfabetização na Cela (PAC), implantado pela Polícia Penal do Paraná (PPPR) no segundo semestre de 2022, permitiu um grande avanço no programa de escolarização de pessoas privadas de liberdade (PPL) no Estado. O PAC se destina a casos específicos, quando o apenado, por questão de segurança, não pode participar de aulas em salas regulares com outros detentos.

    Nos primeiros seis meses de implantação, o PAC atendeu 2.436 PPLs com este perfil que cumpriam pena nos presídios do Estado. Neste ano, a ação passou a alcançar também os apenados custodiados em cadeias públicas. Com isso, o número de beneficiados saltou para 3.138 pessoas, sendo 2.316 com conteúdo de ensino fundamental e 822 cursando o ensino médio.

    O PAC atende a fase I do programa de educação no sistema, abrangendo alfabetização e ciclos iniciais. A metodologia prevê aulas com um preso monitor, que tenha perfil para a docência, com grau superior de escolarização e bom relacionamento com os demais apenados. O monitor recebe todas as orientações e materiais para atuar individualmente ou com um pequeno grupo de presos.

    O PPL monitor recebe uma remuneração, ganha horas para remição da pena e tem reuniões periódicas com o pedagogo da unidade prisional que realiza o acompanhamento, avaliação e encaminhamento para o processo de certificação junto ao Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBEJA). Os apenados que estudam em cela também têm direito à remição, conforme as regras da Lei de Execução Penal.

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    “O Paraná tem trabalhado firme para avançar em educação no Paraná. No sistema prisional não é diferente. Trabalhamos para dar oportunidade a todo o indivíduo que entre no sistema e não saiba ler e escrever, ou que seja alfabetizado mas queira avançar nos estudos”, afirma o diretor-geral da Polícia Penal, Osvaldo Messias Machado.

    PROGRAMAS EDUCACIONAIS – Os programas educacionais nas prisões abrangem a alfabetização, o ensino fundamental e médio, cursos profissionalizantes e até mesmo graduações universitárias em algumas instituições. Dados de agosto de 2023 mostram que, somados todas as ações de educação ofertadas pela Polícia Penal do Paraná, 22.863 PPLs são beneficiados, o que representa 71% dos 34.677 presos no sistema.

    A alfabetização e a Fase I do Ensino Fundamental são ministradas por meio dos nove Centros de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA), com professores concursados e habilitados. Esses professores contam com o apoio de material didático-pedagógico e de pedagogos que atuam em consonância com as políticas do Plano Estadual de Educação para Pessoas Privadas de Liberdade e Egressos do Sistema Prisional do Paraná (PEESP).

    O chefe da Divisão de Educação e Capacitação da PPPR, Juliano Prestes, explica que as ações realizadas por este setor desempenham papel crucial nos processos de ressocialização e reintegração de pessoas privadas de liberdade à sociedade. “Através da educação busca-se proporcionar oportunidades de aprendizado e desenvolvimento pessoal que podem contribuir significativamente para a redução da reincidência criminal”, explica.

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    A diversidade no nível de escolarização, abrangendo desde a alfabetização até o ensino superior, objetiva atender as necessidades individuais dos detentos e oferecer uma chance de adquirir habilidades e conhecimentos que podem ser úteis após cumprirem a pena. “A nossa atuação nos estudos dos presos representa uma oportunidade importante para transformar vidas e reduzir a reincidência criminal. É um investimento na construção de um sistema de justiça mais eficaz”, destaca Juliano.

    O CEEBJA atua em 32 estabelecimentos penais com Educação Básica de Jovens e Adultos há mais de 40 anos, quando foi feita a assinatura do Termo de Cooperação entre a Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria da Educação. Ao longo dos anos houve avanços, como concursos específicos para professores, pedagogos e agentes educacionais para os CEEBJAs, exigindo experiência em EJA e estatutário do quadro próprio do magistério.

    Também há um currículo específico, que segue as Diretrizes Nacionais para a Educação para Jovens e Adultos em situação de privação de liberdade.

    ENCCEJA – Neste ano, 10,1 mil pessoas privadas de liberdade vão participar do Encceja PPL, o que representa uma ampliação de 21% em relação à edição de 2022, que teve 8,4 mil inscritos. As provas serão realizadas nos dias 17 e 18 de outubro.

    Fonte: Governo PR

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    Polícia Penal do Paraná elabora novo protocolo para combate a incêndio nas unidades prisionais

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    A Polícia Penal do Paraná (PPPR) implementou um novo Protocolo de Emergência, uma medida que visa melhorar a segurança nas unidades prisionais do Estado. O protocolo organiza e padroniza as ações das brigadas de incêndio em todo o sistema prisional, qualificando as emergências por níveis de alerta que definem as ações.

    O nível branco, por exemplo, indica baixa complexidade, o nível amarelo compreende emergência com potencial evolutivo de progressão e o alerta vermelho se refere a emergências de alta complexidade de atendimento.

    O projeto foi desenvolvido após a conclusão do processo de formação de brigadistas, que conta com efetivo superior a 4.400 operadores em todo o Estado. São policiais penais que passaram por Curso de Formação de Brigadistas, ministrado pelo Sistema de Comando de Incidentes (SCI), por meio da Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen), e Monitores de Ressocialização Prisional, cuja formação como brigadista é pré-requisito para ingressar ao sistema prisional.

    O novo protocolo tem como objetivo alinhar as práticas de emergência com as técnicas específicas de combate a incêndios e desastres, considerando as peculiaridades do ambiente prisional.

    Os treinamentos com o efetivo da PPPR abrangem diversas técnicas, como a extração de vítimas de áreas sinistradas e abandono coordenado dessas áreas para ambientes livres, como os pátios, com exaustão dos gases resultantes da combustão, garantindo a integridade das vítimas, aliada à segurança prisional.

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    Além da atenção às pessoas privadas de liberdade, o plano atende a integridade dos profissionais que exercem atividades dentro das unidades, como a evacuação coordenada de pessoas não ligadas à segurança prisional, como advogados, oficiais de justiça, visitantes de custodiados, religiosos, professores e alunos de universidades.

    O chefe do Setor de Combate a Incêndio da PPPR, Alessandro Cidade Vieira, ressaltou a importância do novo protocolo, afirmando que ele representa um avanço significativo na segurança das unidades prisionais. “Estamos oferecendo qualidade no atendimento e nos preparando para antecipar qualquer situação que possa ocorrer em nossas unidades”, destacou.

    EM AÇÃO – O protocolo também visa facilitar o acesso das equipes táticas prisionais e das forças de segurança externas, como o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em situações de emergência. A intenção é garantir uma resposta mais ágil e coordenada, além de criar um ambiente mais seguro e organizado para a atuação das equipes especializadas.

    O Plano de Emergência abrange não apenas os policiais penais, mas também Monitores de Ressocialização Prisional (MRP) e servidores terceirizados e administrativos.

    A iniciativa atende às necessidades do padrão técnico da PPPR, priorizando a operacionalidade da Brigada de Incêndio das unidades, combinados com os grupos táticos de segurança prisional, procurando melhorar a gestão da ocorrência e aprimorar as estratégias de segurança.

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    “A implementação deste novo plano de emergência representa um avanço significativo na segurança das unidades. A padronização das ações de resposta a sinistros fortalece a infraestrutura operacional das unidades, garantindo maior eficiência na gestão de crises”, explica o chefe da Divisão de Projetos e Engenharia da Polícia Penal do Paraná (PPPR), Rodrigo Cordeiro Rodrigues.

    “Nosso compromisso é garantir que os projetos voltados à segurança prisional contemplem soluções estruturais e operacionais que promovam a integridade física e o bem-estar de todos no ambiente prisional. A associação entre planejamento, capacitação contínua e infraestrutura adequada é essencial para a construção de um sistema prisional mais seguro e resiliente”, disse ele.

    EFETIVO – Atualmente, a Polícia Penal do Paraná conta com cerca de 1.500 policiais penais brigadistas e aproximadamente 2.900 monitores de ressocialização prisional capacitados para atuar na prevenção e combate a incêndios.

    A PPPR avança na implementação do Plano de Emergência em todas as penitenciárias da Regional Administrativa de Curitiba até o dia 30 de abril, enquanto a próxima fase, que deverá contemplar as demais regionais administrativas, deve ser concluída até o mês de setembro.

    Fonte: Governo PR

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