A Paralimpíada de Paris-2024 começa nesta quarta-feira (28) e o Paraná terá a maior delegação da história nos jogos, com 28 representantes, entre paratletas e técnicos. Desse total, 20 contam com apoio do Geração Olímpica e Paralímpica (GOP), do Governo do Estado, maior programa de bolsa-atleta do País e que está investindo, em 2024, R$ 5,2 milhões.
A disputa dos Jogos Paralímpicos e como o GOP tem contribuído para o crescimento do esporte no Paraná foram destacados pela coordenadora do programa, Denise Golfieri, em entrevista concedida nesta terça-feira (27) ao telejornal Paraná em Pauta, da TV Paraná Turismo.
“Entre Olimpíada e Paralimpíada, nós começamos com uma delegação de 12 bolsistas que foram para Londres-2012, 34 na Rio-2016 e 35 para Tóquio-2020. Esse ano foram 42 bolsistas, 20 deles na Paralimpíada”, afirma Denise.
Criado em 2011, o GOP é o maior programa de bolsa atleta do País, segundo pesquisa da Universidade Federal do Paraná (UFPR) divulgada na Revista Latino-Americana de Estudos Socioculturais do Esporte. Em 13 anos, o montante destinado a bolsas chega a R$ 55,2 milhões.
Denise explica que o GOP é um incentivo aos atletas, que podem se dedicar exclusivamente ao esporte, mantendo-se no alto rendimento. “Eles utilizam o valor da bolsa para viagens, material esportivo, e isso faz com que eles permaneçam no nosso Estado”, explica. “Quando não existe esse incentivo, eles acabam indo para outros lugares que oferecem esse recursos, então o programa tem mantido eles aqui e alavancado a carreira esportiva deles”.
Os editais das bolsas são abertos anualmente e a concessão delas acontece mediante a comprovação de bons desempenhos esportivos em diferentes competições. Os valores são pagos aos atletas por seis meses. Em 2024, foram contemplados 1.165 nomes para receberem o auxílio do Governo do Estado. A Copel patrocina o programa desde o início e, de forma exclusiva, desde 2013.
Um incentivo a mais é a bolsa, no valor de R$ 3 mil, destinada aos atletas que disputam Olimpíada e Paralimpíada. “Sempre no ano dos Jogos nós criamos uma categoria específica, chamada Olimpo. Nós esperamos sair a convocação dos atletas e técnicos e eles automaticamente já são elevados nessa categoria maior de bolsa que nós temos”, ressalta a coordenadora do GOP.
INCENTIVO NA BASE — Denise também salientou que o GOP tem contribuído para apoiar atletas na base. Para isso, conta com bolsas de Formador Escolar (R$ 250/mês), Técnico Formador Escolar (R$ 500/mês), Estadual (R$ 500/mês), Técnico Estadual (R$ 1 mil/mês), Nacional (R$ 1 mil/mês) e Internacional (R$ 2 mil/mês).
Isso faz com que crianças, desde cedo, possam iniciar no esporte e terem o apoio do Estado na sua trajetória. “Nós sabemos que o esporte ajuda a evitar que elas sigam em um caminho errado, e esses atletas de nível internacional são referência, então toda vez que você vê um atleta ganhando uma medalha, ele coloca uma sementinha naquele que está iniciando na carreira esportiva”, lembra. “Eles se interessam pelo esporte e começam a participar dos nossos jogos oficiais”.
Na Olimpíada de Paris-2024, duas bolsistas apoiadas desde pequenas se destacaram, uma delas trazendo medalha para o Paraná e para o Brasil: Barbara Domingos, a Babi, que pela primeira vez levou o Brasil a uma final na ginástica rítmica, e Julia Soares, bronze na disputa coletiva da ginástica artística.
“A Babi foi bolsista em todos os anos do programa e a Júlia Soares também. Elas iniciaram com quatro, cinco anos de idade. Quando a Babi está no ginásio é uma festa com as crianças, porque todas querem ser igual a ela, igual a Júlia”, comenta Denise. “Além de aumentar a procura pelas escolinhas. Nós vemos os olhinhos brilharem quando eles veem os atletas, os ídolos, nos representando nos jogos”, finaliza.
O Paraná conta com diversas iniciativas de práticas esportivas, como o Centro de Excelência em Ginástica do Paraná (Cegin), no bairro Capão da Imbuia, e o Centro Nacional de Treinamento de Skate (CNTSK8), no Complexo Esportivo Tarumã, ambos em Curitiba.
Em Japurá, Estado promove repovoamento do Rio Ivaí com 150 mil peixes nativos
Published
11 horas ago
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11 de abril de 2025
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O Rio Ivaí, em Japurá, na região Noroeste, ganhou nesta sexta-feira (11) mais 150 mil peixes de espécies nativas do Paraná. A ação integra o projeto Rio Vivo, desenvolvido pela Superintendência Geral das Bacias Hidrográficas e Pesca (SDBHP), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). Além disso, com apoio de crianças da rede pública de ensino, houve o plantio de mudas de espécies nativas do Estado para a proteção da mata ciliar.
O repovoamento foi feito com traíras e lambaris, todos em estágio juvenil de desenvolvimento, ou seja, com maior índice de sobrevivência se comparado às solturas de alevinos. Neste sábado (12), a partir das 8 horas, a atividade se dará em Doutor Camargo (Noroeste), também no Ivaí, com a soltura de mais 150 mil peixes.
“O Ivaí é um dos rios mais importantes do Paraná, sem barragens, um lugar perfeito para pesca esportiva. Um verdadeiro tesouro natural que ganhou ainda mais vida com a soltura dessa nova leva de peixes”, afirmou o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca. “Esse evento que foi uma verdadeira aula ambiental de um Paraná cada vez mais sustentável”.
O programa Rio Vivo segue os critérios estabelecidos pela Resolução Sedest/IAT nº 10, para evitar a introdução de espécies exóticas nos rios e selecionar peixes com genética e tamanho ideais para o repovoamento.
A ação ambiental no Noroeste integra a segunda fase do projeto, iniciada em novembro de 2024, e prevê a soltura de 2,626 milhões de peixes nas bacias dos rios Tibagi, Piquiri, Iguaçu e Ivaí – no ciclo inicial, entre 2021 e 2022, foram soltos 2,615 milhões de peixes. O investimento nesta nova etapa é de R$ 557,8 mil.
A meta do Governo do Estado é repovoar as bacias locais com 10 milhões de animais, de espécies como traíra, pacu e pintado, até 2026.
PROJETO RIO VIVO – O Rio Vivo é uma ação da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável em parceria com o Instituto Água e Terra, executada pela SDBHP a partir de 2021. O projeto prevê a conservação das principais bacias hidrográficas do Paraná, otimizando os usos da água e trabalhando na recomposição da ictiofauna e preservação dos ecossistemas locais.
Além dos esforços para com o meio ambiente, a proposta estimula ações de educação ambiental com a população lindeira e crianças em idade escolar, incrementando o caráter social do Rio Vivo.
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