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Primeira obra pintada por Alfredo Andersen no Brasil passa a incorporar acervo do Estado

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior recebeu, na manhã desta quinta-feira (04), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, a primeira tela pintada por Alfredo Andersen (1860-1935) no Brasil, retratando o Porto de Cabedelo, na Paraíba, no Nordeste. A obra foi doada pelo advogado Fernando Xavier Ferreira e irá compor o acervo do Museu Casa Alfredo Andersen (MCAA), na Capital, único museu dedicado ao artista fora da Noruega, local de nascimento de Andersen.

Ratinho Junior destacou a generosidade do atual dono da obra de entregá-la ao acervo cultural do Estado, e afirmou que ações como esta mostram a importância que o Paraná oferece a suas instituições culturais. “Uma obra tão valiosa como esta e que a partir de agora estará à disposição de todos os paranaenses para visita no nosso museu. Isso demonstra a confiança que nos foi dada e o tratamento que o Estado oferece para a cultura”, afirma.

Nascido em Kristiansand e radicado no Paraná, Alfredo Andersen é considerado o pai da pintura paranaense. Na ocasião da sua vinda da Noruega para o Brasil, o artista retratou o Porto de Cabedelo, na Paraíba, em uma das paradas da embarcação. Produzida em um pequeno formato, Andersen reproduziu a obra em uma tela maior, de 0.90 × 1.50m, sendo esta entregue ao acervo do MCAA.

“É com muita alegria que recebemos essa importante obra. Já temos um museu inteiro dedicado ao Andersen, e essa obra tem uma relevância muito importante, pois quando ele chegou ao Brasil foi a paisagem que o encantou para fazer daqui a sua casa”, explica a secretária de Estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira. “Nós precisávamos ter esse registro e agora ele está enriquecendo o nosso acervo.”

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Advogado e antigo proprietário da obra “Porto de Cabedelo”, Fernando Xavier Ferreira afirma que o fato do Paraná já contar com um museu dedicado ao artista motivou a doação. “O objetivo principal é reconhecer que o Andersen é o pai da pintura paranaense, e que a sua obra mais comentada e icônica, o Porto de Cabedelo, não poderia estar em um melhor local do que no museu que leva o seu nome”, diz.

Para o advogado e bisneto do artista, Wilson Andersen Ballão, ter essa obra no MCAA é motivo de orgulho. “Além de render homenagens a quem tanto fez pelas artes e a sociedade como um todo, é uma oportunidade a mais de os públicos paranaense e em geral tomarem ciência do primeiro registro de uma paisagem brasileira feita por ele”, conta.

“Esse quadro mudou a vida dele, fez com que ele se apaixonasse pelas cores, o sol, a luz do Brasil, e tenho a impressão de que isso pesou bastante na hora que ele decidiu ficar aqui. Ele era Alfred e aqui virou Alfredo”, finaliza.

O diretor do Museu Casa Alfredo Andersen, Luiz Gustavo Vidal, celebrou a chegada da tela. “O compartilhamento da obra com a sociedade possibilita a quem vai usufruir a construção da memória, conhecimento e pensamento crítico, reconhecendo o valor intangível de obra e aptidão desta para promover saberes e ampliar a compreensão coletiva sobre o passado e delinear os traços para o futuro”, afirma.

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DOAÇÕES – Esta não é a primeira doação de obras de arte feitas ao Estado. Durante esta gestão, o Museu Oscar Niemeyer (MON) recebeu uma grandiosa coleção de arte asiática, com mais de 3 mil itens, e uma coleção africana, com 1,7 mil obras de arte e que agora compõem o acervo cultural do Paraná.

No ano passado, o MON também recebeu a maior coleção já doada à instituição, com aproximadamente 4,5 mil obras assinadas por Poty Lazzarotto (1924 – 1998). São mais de 3 mil desenhos e 366 gravuras, além de tapeçarias, entalhes, serigrafias e esculturas, entre outros. A doação foi realizada pelo irmão do artista, João Lazzarotto. O museu foi escolhido devido a suas condições técnicas, capacidade de gestão e credibilidade da instituição.

MUSEU CASA ALFREDO ANDERSEN – O Museu Casa Alfredo Andersen (MCAA) é uma instituição administrada pelo Poder Público Estadual, vinculada à Coordenação do Sistema Estadual de Museus da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná. Ele tem sua origem na Sociedade de Amigos criada por pessoas que conviveram com Alfredo Andersen e o admiravam. O edifício onde hoje é a sede do MCAA remonta ao final do século XIX. Entre 1988 e 1989 foi totalmente restaurada e ganhou o aspecto que mantém até hoje.

PRESENÇAS – Estiveram presentes durante a cerimônia a assessora de Projetos do Museu Casa Alfredo Andersen, Patrícia Mannarino, os representantes da Artesil Galeria de Arte, Liliana Cabral e Sérgio Fernando Cabral, e a diretora da Sociedade Amigos do Museu Casa Alfredo Andersen, Marcella Souza.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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