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Portos do Paraná oferece oficina gratuita para coleta e despolpa de açaí juçara

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A Portos do Paraná realizou em abril a primeira Oficina de Coleta e Despolpa de Juçara, fruta semelhante ao açaí amazônico. Ao todo, 80 moradores da comunidade da Ilha do Amparo, em Paranaguá, participaram do evento, realizado na Associação Comunitária dos Moradores de Amparo. A oficina quer fomentar a geração de renda aliada à conservação ambiental nas comunidades locais.

No primeiro dia, o Instituto Juçara de Agroecologia deu uma palestra sobre o tema e fez uma pesquisa de campo para a coleta dos frutos. No segundo houve a colheita, o preparo, a despolpa e o congelamento do produto.

“O curso é importante para o desenvolvimento sustentável do território, trazendo a consciência ambiental e a educação alimentar. É um momento de troca de conhecimento com a comunidade, no qual demonstramos uma nova forma de olhar para a palmeira juçara, que até então era derrubada para a retirada de palmito, condenando a espécie. Agora, com o conhecimento da despolpa dos frutos, é possível uma mudança cultural, trazendo renda às comunidades e incentivando o replantio das sementes”, destacou o diretor de Meio Ambiente da empresa pública, João Paulo Santana.

“Esse tema despertou muito interesse das mulheres da comunidade, das crianças, do pessoal da escola, que já estão querendo se organizar para quem sabe, conseguir adquirir uma despolpadeira para fazer esse trabalho e dar continuidade para que o trabalho não se encerre após o fim do curso”, enfatizou o coordenador de Sustentabilidade da Portos do Paraná, Pedro Pisacco Pereira Cordeiro.

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O fruto juçara é semelhante ao açaí da Amazônia, mas é produzido por uma espécie de palmeira diferente, a Euterpe edulis, nativa das áreas litorâneas de Mata Atlântica, principalmente no Sul e Sudeste do País. Esta palmeira é mais conhecida por ter sido explorada para produzir o palmito juçara. O “açaí” juçara é rico em antocianina, um antioxidante que dá a coloração mais escura de roxo, muito semelhante ao açaí amazônico.

“Tem mercados que já vendem o quilo da polpa pura por até R$ 50 o quilo, então ele é muito mais rentável do que o palmito, que você precisa cortar a árvore para extraí-lo, que você vai conseguir de R$ 10 a R$ 15 e ainda vai eliminar a planta”, explicou o vice-presidente do Instituto Juçara de Agroecologia, Rafael Serafim da Luz.

Na produção do “açaí” são selecionados os grãos maduros e sadios, que passam por um processo de lavagem com água sanitária para a esterilização das bactérias. Após o enxágue, ela vai para a despolpadeira, para remover os caroços, sementes ou cascas, e depois entrega o líquido engrossado e peneirado.

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OFICINA – A oficina faz parte do Programa de Educação Ambiental (PEA) da Portos do Paraná. Desde 2019, a empresa pública já realizou dezenas de oficinas de capacitação e cursos profissionalizantes gratuitos para comunidades litorâneas do Paraná. As iniciativas visam promover além de práticas permaculturais, a educação ambiental, a organização comunitária e a valorização ambiental ao tempo em que apresenta possibilidades de geração de renda para os membros das comunidades.

Entre os temas abordados estão os de comunicação e atendimento e o de introdução à maquiagem para jovens, pelo Senac. As mulheres das comunidades de Piaçaguera e do Valadares também puderam participar dos cursos de corte e costura. 

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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