NOVA AURORA

PARANÁ

Portos do Paraná faz história na B3 com recorde de concorrentes em leilão público

Publicado em

Três leilões de áreas portuárias, marcados para quarta-feira (30) na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, representam marcos históricos no setor público. Segundo dados da B3, a participação nas disputas bateu recorde, ao registrar seis concorrentes para uma das áreas e cinco para cada uma das outras duas. A Portos do Paraná, empresa pública responsável pelos Portos de Paranaguá e Antonina, também está prestes a romper uma barreira inédita: ao concluir os três leilões, será o primeiro porto público do Brasil a ter 100% da sua área regularizada, todas chanceladas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

As três áreas em disputa são denominadas PAR14, PAR15 e PAR25 e são destinadas ao armazenamento e à movimentação de granéis sólidos vegetais (majoritariamente soja, farelo e milho). O martelo será batido a partir do maior lance de outorga oferecido. Além desses valores, os vencedores se comprometerão a realizar, nas três áreas, o equivalente a R$ 2,2 bilhões em investimentos dentro do cronograma dos 35 anos do contrato. Contudo, os primeiros aportes estão previstos para ocorrer no período inicial da concessão.

Os leilões estão marcados para começar às 10 horas, com credenciamento iniciado às 9h30. São do tipo brownfield no Porto de Paranaguá e equivalem a 169 mil metros quadrados – área maior que a do Estádio do Morumbi, em São Paulo. Diferentemente de outros portos públicos no Brasil, a Portos do Paraná realiza seus próprios leilões. Essa conquista foi possível a partir de 2019, quando passou a ser a primeira autoridade portuária a obter autonomia administrativa. Desde então, cinco leilões de áreas foram realizados, somando cerca de R$ 60 milhões arrecadados em outorgas, totalizando outros R$ 1,3 bilhão em contratos. 

Leia Também:  Ferry boat de Guaratuba interrompe atividades devido a fortes rajadas de vento

“Isso demonstra a nossa força, a credibilidade da Portos do Paraná e a atratividade dos projetos. Uma clara demonstração da seriedade, do comprometimento, da robustez e da segurança jurídica das nossas iniciativas”, afirma o diretor-presidente da empresa pública, Luiz Fernando Garcia. “É mais uma prova de que a Portos do Paraná é uma referência internacional e um modelo para o Brasil em gestão e operação portuária. É uma clara demonstração de que o estado do Paraná inova e se moderniza a todo instante”, comemorou o governador Carlos Massa Ratinho Júnior.

DADOS EXPRESSIVOS – Outros números se somam ao momento histórico do Porto de Paranaguá, que completou 90 anos em março. É o segundo maior em movimentação de cargas no país e atingiu 66 milhões de toneladas em 2024. Atualmente, realiza a maior obra portuária do Brasil – o Moegão, sistema avançado de descarregamento, ao custo de R$ 600 milhões, com previsão de conclusão até o final de 2025 –, financiado pelo BNDES.

No mês passado, o governo do Paraná anunciou o maior investimento público em uma obra portuária: a construção de um píer em formato de T, que vai ampliar a capacidade de atracação no Porto de Paranaguá, com mais quatro berços. O aporte, no valor de R$ 1 bilhão, será o primeiro, em dinheiro público, em uma obra portuária no local nas últimas cinco décadas – o restante do valor necessário para o empreendimento virá dos vencedores dos três leilões desta semana. Ainda na linha de quebrar paradigmas, está em fase final o processo de concessão do Canal de Acesso ao Porto de Paranaguá, a primeira desse tipo já feita no Brasil. No último dia 23, o TCU autorizou o leilão que ainda não tem data marcada. 

Leia Também:  Asfalto Novo, Vida Nova: Governo libera mais R$ 20,8 milhões para cinco municípios

Detalhes dos leilões do dia 30/4

PAR14

  • 5 propostas de participantes para o leilão
  • Granéis sólidos de origem vegetal
  • 35 anos de contrato de concessão
  • Área de 82,4 mil metros quadrados
  • R$ 529 milhões (terminal) + R$ 477 milhões (infraestrutura pública) 

PAR15

  • 6 propostas de participantes para o leilão
  • Granéis sólidos de origem vegetal
  • 35 anos de contrato de concessão
  • Área de 43,2 mil metros quadrados
  • R$ 293 milhões (investimento) + R$ 311 milhões (aporte financeiro) 

PAR25

  • 5 propostas de participantes para o leilão
  • Granéis sólidos de origem vegetal
  • 35 anos de contrato de concessão
  • Área de 43,4 mil metros quadrados
  • R$ 233 milhões (terminal) + R$ 331 milhões (infraestrutura pública)

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:

Advertisement

PARANÁ

Museu Oscar Niemeyer promove exposição com o artista mexicano Gabriel de la Mora

Published

on

By

A exposição “Veemente”, do artista mexicano Gabriel de la Mora, é a mais nova promoção do Museu Oscar Niemeyer (MON). A mostra será inaugurada no dia 8 de maio, na Sala 1, com curadoria de Marcello Dantas. São 77 obras, entre instalações, telas com técnicas mistas e esculturas, a maioria produzida entre 2000 e 2025. O conjunto apresenta não só a estética do artista e sua evolução, mas também a diversidade e peculiaridade dos materiais utilizados, que vão além dos suportes e pigmentos tradicionais.

“A arte de Gabriel de la Mora provoca uma reflexão fundamental sobre o nosso tempo e nos convida a ressignificar o ordinário, olhar com mais atenção para o que descartamos ou esquecemos”, afirma a secretária de Estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira. “É uma exposição que dialoga com temas contemporâneos e reforça o compromisso do MON em trazer ao público experiências potentes e conectadas com as discussões da arte global”.

A diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, disse que o artista desafia nosso olhar e percepção com suas pinturas, instalações e esculturas feitas a partir de itens inusitados, descartados. “Nada em seu intenso e extenso trabalho é óbvio. Tudo é resultante de um perspicaz olhar sobre a natureza humana, seus sentimentos e sensações”.

No processo de criação, o artista transforma objetos encontrados em matéria-prima para singulares obras de arte, evocando o conceito ready-made. “Há sempre uma mensagem, abordando a sustentabilidade, a passagem do tempo e o ciclo da vida, traduzida em trabalhos repletos de beleza e movimento”, afirma Juliana.

Leia Também:  IAT faz vistorias técnicas em projetos de parques urbanos da região Norte do Paraná

O curador Marcello Dantas explica que a prática de Gabriel de la Mora envolve uma investigação sobre materiais, explorando os limites físicos e conceituais de um processo de coleta e reconstrução. “À primeira vista, suas obras podem parecer abstratas, com caráter escultórico ou até minimalista. No entanto, um olhar mais atento revela que nada é o que parece ser”, diz Dantas.

“Suas obras são compostas por elementos inesperados: fios de cabelo, fragmentos de espelhos, cascas de ovos, solas de sapato, asas de borboleta e outros vestígios da vida cotidiana”, informa o curador. “Sua técnica denota um processo quase obsessivo, que transforma a matéria-prima em novas formas, padrões e texturas. A repetição contínua do gesto artesanal – ora restaurador, ora destrutivo – revela um método que desafia a experiência visual e sensorial do espectador”, comenta.

GABRIEL DE LA MORA – Nascido em 1968, na Cidade do México, onde vive e trabalha, Gabriel é formado em Arquitetura pela Universidade Anáhuac del Norte e possui mestrado em Pintura pelo Pratt Institute, de Nova York (EUA). Concentra sua prática artística no uso e reaproveitamento de objetos descartados ou obsoletos, que parecem ter completado sua vida útil. Mais interessado na desconstrução e fragmentação de um objeto ou material ao longo do tempo, ele aposta na reconstrução a partir de práticas baseadas na passagem do tempo e dos processos, ecoando o conceito ready-made.

O CURADOR – Marcello Dantas é um premiado curador com ampla atividade no Brasil e no Exterior. Trabalha na fronteira entre a arte e a tecnologia, produzindo exposições e múltiplos projetos que proporcionam experiências de imersão por meio dos sentidos e da percepção. Nos últimos anos, atuou na concepção de diversos museus, como o Museu da Língua Portuguesa, Japan House (SP), Museu da Natureza (PI), Museu da Cidade de Manaus, Museu da Gente Sergipana (Aracaju, SE), Museu do Caribe e o Museu do Carnaval (Barranquilla, Colômbia).

Leia Também:  Com atendimento virtual, Paraná participa de projeto-piloto que moderniza contato com Rede Sine

Realizou exposições individuais de alguns dos mais importantes nomes da arte contemporânea mundial como Ai Weiwei, Anish Kapoor, Laurie Anderson, Michelangelo Pistoletto, Rebecca Horn e Tunga. Foi também diretor artístico do Pavilhão do Brasil na Expo Shanghai 2010, do Pavilhão do Brasil na Rio+20, da Estação Pelé, em Berlim, na Copa do Mundo de 2006.

SOBRE O MON – O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Serviço:

Exposição “Veemente” – Gabriel de la Mora

Abertura: 8 de maio, 19h

Sala 1

Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico – Curitiba

www.museuoscarniemeyer.org.br

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA