PARANÁ
Pesquisas nas universidades estaduais avaliam mudanças climáticas no Paraná
Publicado em
5 de junho de 2024por
Itajuba TadeuAs universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro) e do Paraná (Unespar) desenvolvem estudos científicos no âmbito do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) em Emergência Climática. O objetivo é avaliar o impacto de mudanças climáticas no território paranaense, a fim de contribuir para a redução da emissão de gases de efeito estufa provenientes de atividades industriais e agropecuárias.
A expectativa é que essas pesquisas viabilizem dados relativos a possíveis emergências climáticas, com possibilidade de sinalizar eventuais intervenções, considerando uma tendência de intensificação de fenômenos naturais extremos. O intuito é quantificar os impactos e a redução de riscos para as atividades econômicas e sociais da população mais vulnerável.
Esta matéria faz parte de uma série de reportagens voltadas para a divulgação científica e que tem como objetivo promover os resultados de estudos acadêmicos desenvolvidos por pesquisadores, professores e estudantes das sete universidades estaduais do Paraná. Os textos serão publicados semanalmente com o selo Paraná Mais Ciência, um programa estratégico do governo, previsto no Plano Plurianual do Estado (PPA), que viabiliza os recursos financeiros do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, administrado pela Secretaria da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
As pesquisas estão divididas em cinco eixos temáticos: perspectivas de mudanças climáticas globais e particularidades do Paraná; impactos de mudanças climáticas na biodiversidade e bases ecológicas do território paranaense; mitigação de emissões de gases de efeito estufa e poluentes climáticos de vida curta; adaptabilidade e resiliência humana para as mudanças e emergências climáticas no Paraná; ações e perspectivas educacionais no processo de sensibilização e conscientização para o enfrentamento da emergência climática no Paraná.
Um dos estudos do arranjo de pesquisa em emergência climática é desenvolvido na UEPG, coordenado pelo professor de climatologia Gilson Campos Ferreira da Cruz, do Departamento de Geociências. O docente analisa aspectos de mudanças climáticas, considerando a formação de ilhas de calor, por meio da termografia de superfície e do ar, técnica que permite mapear o calor de um objeto, exibindo uma imagem da distribuição de temperatura.
Com foco no clima urbano, a pesquisa está alinhada ao quarto eixo, para relacionar diferentes formas de uso do solo com aquecimento da superfície e do ar. O estudo envolve, também, perspectivas relacionadas a inundações, especialmente em áreas urbanas de cidades paranaenses, principalmente Ponta Grossa, nos Campos Gerais, Campo Mourão, no Oeste do Estado, e Maringá e Paranavaí, no Noroeste.
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Doutor em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP), o professor Gilson Cruz vem estudando essas questões desde a pós-graduação e já comprovou um aumento significativo da temperatura em conglomerados urbanos. Ele explica que a grande quantidade de pessoas, imóveis, vias asfaltadas e veículos nas cidades resulta em temperaturas mais altas e umidade do ar mais baixa.
O elemento climático da umidade, inclusive, interfere diretamente na precipitação pluviométrica (chuva) dos centros urbanos e regiões mais distantes. O pesquisador ressalta a relevância da ciência para evitar tragédias como as enchentes em diversas cidades do Rio Grande do Sul, depois das chuvas intensas que caíram sobre o estado, entre abril e maio deste ano.
O professor Gilson Cruz destaca a importância de adotar medidas ambientalmente mais sustentáveis. “É preciso buscar formas para equilibrar o clima nas cidades, por meio de estudos das condições locais e promover adequações, que vão desde a arborização de ruas até a construção de parques e utilização de materiais e técnicas construtivas que interfiram no conforto climático”, afirma.
A pesquisa da UEPG utiliza imagens captadas desde 1984 da série de satélites Landsat, que foram enviados para a órbita da Terra na segunda metade do século passado, num projeto desenvolvido pela Agência Espacial Americana (NASA), com o objetivo de observar os recursos naturais do planeta. As imagens servem para subsidiar pesquisas em todo o mundo, em diferentes áreas do conhecimento, incluindo a climatologia.
Com ajuda dessas imagens, os cientistas conseguem identificar mudanças que ocorrem na superfície da Terra, provocadas por eventos naturais ou pela intervenção humana. A cada 16 dias, imagens são capturadas às 10h15 e processadas para gerar um comparativo com o período anterior e determinar as temperaturas de superfície e uso do solo.
Na análise da temperatura de superfície, estimada com base em imagens dos últimos dez anos e no processo de urbanização de Ponta Grossa, o professor Gilson Cruz identificou um aumento da temperatura local, na medida em que as áreas verdes cederam lugar para áreas construídas. Em uma medição feita entre a zona rural e a periferia da área urbana da cidade, o pesquisador observou um aumento de três graus Celsius na temperatura do ar.
Segundo ele, se o percurso fosse ampliado provavelmente a variação teria sido ainda maior. “Se eu tivesse ido para o centro da cidade, essa temperatura provavelmente teria variado cinco graus Celsius”, afirma o pesquisador. “No próximo ano devemos apresentar alguns resultados e um panorama das condições de mudança climática no Paraná para subsidiar planejamentos e políticas públicas”, sinaliza. “Contudo, a grande tomada de decisão vai acontecer pelos gestores, que vão buscar condições e formas de enfrentamento daquilo que pode ou virá a acontecer”, diz o pesquisador.
Gilson Cruz destaca a importância da pesquisa científica para a sociedade. “A pesquisa científica torna viável identificar novas situações que podem ocorrer, fazer previsões e, de certa forma, possibilitar que a sociedade consiga viver melhor”, afirma. “É importante aproveitar o que a natureza oferece e, ao mesmo tempo, contribuir para que a natureza continue possibilitando à sociedade uma vida sustentável, com conforto, com qualidade”.
ENCHENTES – Vários fatores agravam o aumento de ocorrências de enchentes. Entre os principais está a falta de infiltração decorrente das edificações das cidades, que acarreta no escoamento mais rápido da água e, consequentemente, na cheia de rios num curto período de tempo. Da mesma forma, o assoreamento no leito de rios, com acúmulo de terra, lixo e matéria orgânica, reduz a capacidade de água e contribui para que transbordem com mais facilidade.
Para reduzir esse fenômeno, o ideal seria preservar a infiltração de água em calçadas e proteger as matas ciliares, que são as vegetações florestais que acompanham as margens dos rios. No Paraná, algumas cidades têm histórico de enchentes, como Cascavel, no Oeste do Estado, Jaguariaíva, na região dos Campos Gerais, e Londrina, no Norte paranaense.
O município mais conhecido pelos alagamentos é União da Vitória, no Sul do Estado, e que fica às margens do Rio Iguaçu. Nos últimos 40 anos, as cheias do rio provocaram quatro grandes enchentes na cidade: em 1983, 1992, 2014 e 2023. O evento climático mais marcante ocorreu em 1983 e afetou a vida de milhares de pessoas, além do fornecimento de energia elétrica e água potável.
Segundo dados da Defesa Civil do Paraná, na época, depois de uma semana de chuva, o nível das águas do Rio Iguaçu passou de 2 metros e meio de profundidade para mais de 10 metros, e inundou cerca de 70% da cidade. A média de chuva para junho e julho é de 138 milímetros, mas naquele ano choveu em torno de 800 milímetros.
ARRANJO DE PESQUISA – Mais de 40 pesquisadores estão engajados no arranjo de pesquisa, que deve ser finalizado até o final de 2025. Instituições de ensino superior públicas e privadas estão envolvidas, entre elas as universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro) e do Paraná (Unespar); além da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e o Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped), órgão de assessoramento da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, também participam do arranjo de pesquisa e inovação.
Fonte: Governo PR
PARANÁ
Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná
Published
4 semanas agoon
5 de maio de 2025By

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2.
Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.
O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor.
De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.
Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.
SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).
Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.
Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .
Fonte: Governo PR
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