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Parque das Lauráceas ganha câmeras para monitoramento de grandes mamíferos

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A fiscalização de espécies da fauna que habitam o Parque Estadual das Lauráceas, localizado em Adrianópolis e Tunas do Paraná, na Região Metropolitana de Curitiba, ganhou um reforço significativo nesta semana. Em comemoração ao Dia Internacional da Biodiversidade, celebrado nesta quarta-feira (22), quatro câmeras trap foram instaladas em pontos distintos da Unidade de Conservação (UC) para registrar e catalogar os mamíferos do parque, como a onça-parda e a anta, entre outros.

A ação faz parte do programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar, uma iniciativa do Instituto Água e Terra (IAT) em parceria com os institutos paulistas Manacá e Cananéia. A proposta busca o monitoramento de espécies nativas da região da Serra do Mar em São Paulo e no Paraná com o objetivo de fortalecer programas de conservação. O IAT, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), é quem administra as Unidades de Conservação do Paraná.

“É uma ação muito importante, que traz subsídios para as tomadas de decisão do instituto. Ter um monitoramento detalhado da ocorrência dos felinos no parque vai contribuir para tornar o Plano Estadual de Conservação de Felinos do Estado do Paraná mais efetivo, por exemplo” afirma a gerente de Biodiversidade do IAT, Patrícia Accioly Calderari da Rosa.

Como parte do processo de monitoramento, as câmeras, que possuem uma tecnologia de detecção de movimento, irão coletar automaticamente fotos e vídeos dos animais que passarem pelo parque por 60 dias. Após esse período, os responsáveis pelo programa vão avaliar e sistematizar os registros para compor o banco de dados da ocorrência da fauna nativa, com foco nos grandes mamíferos. Com isso, conforme a conclusão do monitoramento local, os aparelhos podem migrar para outros pontos de conservação do Estado.

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“Esses dados poderão ser utilizados para dar um direcionamento para estratégias de proteção focadas nesses grandes mamíferos, como alterações nos planos de manejo das UCs e até possíveis iniciativas de repopulação dessas espécies em determinadas áreas”, explica o coordenador do programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar, Roberto Fusco.

PARCERIA – Para conseguir vistoriar a grande extensão de área contemplada pela iniciativa, que é de 1,7 milhão de hectares de florestas protegidas na Serra do Mar/Lagamar, a Rede de Monitoramento do programa funciona de forma multi-institucional e colaborativa, com mais de 20 membros, incluindo instituições públicas, privadas, moradores locais e gestores de Unidades de Conservação.

A colaboração com o IAT foi iniciada em 2021 e foi fortalecida em junho de 2023 por meio da assinatura da Carta de Princípios do Programa de Monitoramento e Conservação de Grandes Mamíferos da Serra do Mar Com a adesão, todas as UCs estaduais do Paraná que ficam na Serra do Mar passaram a integrar a lista de territórios monitorados.

“O IAT possui várias parcerias com programas e projetos de pesquisa que estudam as Unidades de Conservação. Essas iniciativas são essenciais para obter informações que podem pautar iniciativas de preservação futuras”, ressalta Patrícia.

Além do Parque Estadual das Lauráceas, as câmeras já foram instaladas no Parque Estadual Roberto Ribas Lange, em Antonina, Campina Grande do Sul e Morretes; no Parque Estadual do Palmito, em Paranaguá; no Parque Estadual do Pau Oco em Morretes; e na Área de Proteção Ambiental Estadual de Guaratuba.

A previsão é que os equipamentos também passem a funcionar ainda neste ano no Parque Estadual Pico Marumbi, em Morretes, Piraquara e Quatro Barras; no Parque Estadual Pico Paraná; em Campina Grande do Sul e Antonina; no Parque Estadual da Graciosa, em Morretes; e no Parque Estadual do Boguaçu, em Guaratuba.

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LAURÁCEAS – O Parque Estadual das Lauráceas foi criado em 1979 para ajudar a proteger remanescentes da biodiversidade característica da Mata Atlântica. Com uma área de 30.001 hectares, o local é o maior parque estadual do Paraná.

O espaço abriga uma grande variedade de animais, com destaque para 76 espécies diferentes de mamíferos, um conjunto que reúne um número elevado de espécimes raros ou ameaçados de extinção, como a onça-parda (Puma concolor), anta (Tapirus terrestris), lontra (Lutra longicaudis) e espécies diferentes de veados (Mazama spp.). Além dos mamíferos, 291 aves têm o local como habitat, incluindo espécies ameaçadas como a jacutinga (Pipile jacutinga), o gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus) e o curió (Orizoborus angolensis).

O parque também possui 750 espécies de plantas, das quais 39 são ameaçadas de extinção, incluindo a imbuia (Ocotea porosa) e a canela-coqueiro (Ocotea catharinensis), além das lauráceas (Lauraceae) que dão nome ao parque.

COMO VISITAR – Para os interessados em conhecer essa biodiversidade, o Parque Estadual das Lauráceas pode ser visitado após um agendamento prévio pelo telefone (41) 3213-3428. O acesso ao parque pode ser feito por duas rodovias federais distintas: a BR-476, conhecida como Estrada do Ribeira; e a BR-116, rodovia Régis Bittencourt, que liga Curitiba a São Paulo.

Fonte: Governo PR

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Governo capacita 150 novos voluntários em prevenção e combate a incêndios

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Os 150 voluntários aprovados na primeira fase do Programa de Prevenção de Incêndios na Natureza (Previna), com aulas teóricas no formato a distância (EaD), seguem agora para a etapa prática. O objetivo é aumentar o contingente disponível para atuar em situações nas Unidades de Conservação (UCs), especialmente no segundo semestre do ano, período de maior registro de ocorrências.

A etapa prática do processo de formação dos novos integrantes do programa de Voluntariado em Unidades de Conservação do Paraná será no próximo dia 03 de maio. A maioria dos 150 participantes é da Região Metropolitana de Curitiba e do Litoral.

“Dentro das atribuições do Previna, uma delas é capacitar voluntários para atuar nessas ocorrências. O objetivo agora é reforçar os conhecimentos adquiridos na parte EaD e formar esses futuros brigadistas nas atividades práticas de combate a incêndios florestais”, explica major Daniel Lorenzetto, chefe da Divisão de Gestão de Desastres da Defesa Civil Estadual e coordenador do Previna.

“Quando finalizar, eles serão cadastrados como aptos para atender essas ocorrências em todo o Estado. Os novos brigadistas vão receber uma identificação e quando houver uma situação eles poderão atuar em conjunto com o Corpo de Bombeiros e o IAT”, detalha.

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FORMAÇÃO DOS BRIGADISTAS VOLUNTÁRIOS– Ao todo, são 40 horas de atividades, divididas em 25 horas de conteúdo teórico na modalidade de Ensino a Distância (EaD) e 15 horas de capacitação prática. As aulas online foram disponibilizadas em março e os aprovados nesta primeira fase seguem para o treinamento prático.

São repassados conceitos relacionados às ações de prevenção e controle de incêndios florestais, com especial atenção à segurança da população e das equipes de resposta, garantindo também o menor prejuízo a áreas verdes.

A prática de combate acontecerá na Floresta Metropolitana, em Piraquara, realizada em parceria entre a Defesa Civil Estadual, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) e o Instituto Água e Terra (IAT). O objetivo é reforçar o contingente disponível para atuar em situações nas Unidades de Conservação (UC), especialmente no segundo semestre do ano, período de maior registro de ocorrência.

“É sempre muito importante capacitar as pessoas que moram no entorno ou frequentam unidades de conservação para atuarem na prevenção e combate a incêndios, pois geralmente eles são os primeiros a identificarem e iniciarem o combate”, reforça o gerente de Áreas Protegidas do IAT, Jean Alex dos Santos.

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“Quando o foco ainda está começando, aumenta a chance de extinção do fogo antes de causar grandes impactos ambientais”, explica ele. Em 2024, o Paraná registrou mais de 13, mil casos de incêndios florestais, mais do que o dobro das ocorrências de 2023.

“A partir de maio, começamos a ter um tempo mais seco. É quando aumentam as ocorrências em quantidade e complexidade. Esta é uma das iniciativas do Estado para se preparar para o período crítico de ocorrências, entre julho e setembro, quando diminuem as chuvas”, destaca Lorenzetto.

Fonte: Governo PR

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