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Paranaenses atendem mais de mil animais resgatados em hospital veterinário no RS

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Veterinários paranaenses mobilizados pela Rede Estadual para Atendimento de Animais em Situação de Desastre (Remad) montaram um hospital de campanha veterinário em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, para atender os animais que são resgatados nas enchentes do Rio Grande do Sul. A unidade foi estruturada de forma emergencial no início da semana passada e até esta segunda-feira (13) mais de mil animais tinham sido atendidos, principalmente gatos e cachorros, além de cavalos e até uma cobra.

Criada em outubro do ano passado, a Remad é fruto de uma articulação entre a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil e o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR). O objetivo é garantir o atendimento adequado aos animais domésticos e silvestres em situações de desastre como o que ocorre no Rio Grande do Sul.

Na semana passada, as aeronaves da Casa Militar levaram os veterinários até o Rio Grande do Sul para montar o hospital de campanha e gerenciar os abrigos. Duas equipes, cada uma com três profissionais, foram à campo nos primeiros dias da semana passada. Nesta segunda-feira (13), as duas equipes retornaram para Curitiba para reavaliação das estratégias e devem retornar ao Rio Grande do Sul na próxima semana.

“O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a montar uma rede especializada no atendimento, que se mobilizou rapidamente para ajudar nos resgates e atendimentos na tragédia que ocorre no Rio Grande do Sul”, explicou o coordenador estadual da Defesa Civil do Paraná, coronel Fernando Schunig. “Os animais que são encontrados nos telhados das casas e nas áreas de resgate são levados até esse local para serem examinados, alimentados, medicados e operados quando necessário. No futuro, será organizado o processo de adoção ou a devolução aos seus donos”.

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O trabalho em Canoas conta com apoio do Grupo de Resgate de Animais em Desastres (Grad) do Rio Grande do Sul, Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS), Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) do estado gaúcho, Ibama, ICMBio, além de ONGs de proteção animal e de voluntários. Além disso, há um hospital veterinário em Porto Alegre.

Segundo a médica veterinária Letícia Koproski, presidente da Comissão de Gestão de Risco de Animais em Desastres do CRMV-PR, que coordenou a força-tarefa, os profissionais que atuam no Rio Grande do Sul estão ligados ao trabalho desse colegiado.

“Em um primeiro momento a nossa equipe foi direcionada para Santa Cruz do Sul e após verificar a estabilização das ações de atendimento dos animais por lá, fomos redirecionados para a atuação nos abrigos instalados em Canoas. A segunda equipe já foi direcionada direto para Canoas, onde atualmente são mantidos cerca de 2.500 animais”, disse.

Ela também relatou os procedimentos que foram realizados logo após os primeiros dias das enchentes. “Nós fazíamos uma triagem, identificando as emergências e direcionando para o hospital de campanha. Nesse período em que fiquei lá a equipe do Paraná trabalhou no atendimento dos casos de baixa e média complexidade e no gerenciamento e manutenção dos animais do abrigo”, afirmou.

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Ela também reforçou a importância desse atendimento. “O manejo específico de animais em desastres é importante por questões sanitárias, além do relacionamento que têm com as famílias. Na resposta a esses incidentes é imprescindível atuar na manutenção da saúde animal para evitar surtos de zoonoses, que são as doenças que podem ser transmitidas dos animais para os humanos. Mantendo a saúde dos animais, é mantida a saúde das pessoas e do ambiente. Existe uma relação entre os organismos e o meio, somos conectados e formamos uma só saúde”, complementou.

RESGATES – Mais de 10,8 mil animais de estimação e silvestres já foram resgatados das enchentes no Rio Grande do Sul, conforme boletim da Defesa Civil do estado. Já são 147 vítimas nos temporais e cheias desde o final de abril. São 127 desaparecidos e 806 feridos. O número de pessoas fora de casa já chegou a 617 mil. No total, 79,5 mil estão em abrigos e 538 mil estão desalojados (em casa de amigos e parentes).

Fonte: Governo PR

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Transfusão de sangue imediata no local do acidente salvou vida de criança de 5 anos

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Primeira paciente pediátrica do Paraná a receber transfusão de sangue no próprio local do acidente, a menina Maria Laura Ferraz, 5 anos, vai receber alta nesta quinta-feira (26), após 14 dias internada no Hospital Universitário de Maringá, 12 deles na UTI. Ela vai reencontrar a mãe, Luciana, de 36 anos, que também ficou internada sete dias na UTI do mesmo hospital e recebeu alta na última quinta-feira (19).

Ambas voltavam de uma consulta médica da menina na cidade de Carlópolis, no dia 12 de dezembro, quando o veículo da prefeitura de Jabuti em que estavam se envolveu em um acidente grave com outro veículo na BR-153, perto de Ibaiti, que vitimou duas pessoas. Dois helicópteros, além de uma ambulância por terra, foram acionados para resgatar as vítimas. Com lesões graves no intestino, fígado e baço, Maria Laura não podia esperar: necessitava de uma transfusão de sangue imediata para ter condições de chegar ao hospital. O que foi feito na aeronave e a salvou.

“Esse equipamento de transfusão de sangue no próprio local fez toda a diferença para minha filha. Não fosse isso, minha família teria um Natal com muita tristeza, chorando a perda da nossa filha. Posso dizer sem dúvida nenhuma que minha filha nasceu de volta graças a esse equipamento”, comemora o pai da menina, o gerente de supermercado Josilei Ferraz, de 40 anos.

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O resgate de Maria Laura foi feito pela equipe do doutor Maurício Lemos, coordenador médico da operação aeromédica de Maringá. Ele lembra que quando chegou ao local do acidente, o batimento cardíaco de Maria Laura estava muito acelerado pela perda de sangue na região da barriga. “Até então, eu não havia transfundido nenhuma criança no local do acidente, apenas adultos. Mas ali não tinha escolha. Ou eu fazia a transfusão de sangue, ou a menina ia morrer pela gravidade em que ela se encontrava”, ressalta o médico, que visitou Maria Laura no hospital nesta quarta-feira (25) de Natal.  “Foi emocionante visitar essa menina, porque eu a vi morrendo e agora ela está pronta para voltar para casa graças ao procedimento que fizemos naquele momento exato”, relata Lemos.

Desde que o sistema foi implantado, a base de Maringá havia realizado 42 transfusões de sangue na aeronave que opera o sistema. Nenhuma, até então, em criança. “Naquele momento, avaliei todos os critérios técnicos e ela tinha condições de passar pelo procedimento. Tanto que quando passei o sangue ela já começou a estabilizar, o que permitiu que chegássemos até o hospital onde ela foi atendida”, explica Lemos.  

A diretora estadual da Rede de Atenção às Urgências, Giovana Fratin, enfatiza que a hemotransfusão maciça – como é chamado o processo – melhora a condição do paciente até a chegada ao hospital de referência. Portanto, é muitas vezes a diferença entre a vida e a morte do paciente. “São muitas ações dentro de uma estratégia de atenção à saúde, realizada pelo governo do Paraná, entre elas esse caso da hemotransfusão no pré-hospitalar”, aponta.

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SERVIÇO AEROMÉDICO – O atendimento aeromédico do Paraná é reconhecido nacionalmente. Operado pelo Sistema Estadual de Regulação de Urgência, cobre todo o estado com cinco bases estratégicas localizadas em Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.

Além de atender vítimas de trauma, o serviço realiza transporte de órgãos para transplantes, sendo uma peça-chave no sistema de saúde estadual.

A base de Maringá também se destaca por ser a primeira do Paraná a empregar hemotransfusão em vítimas graves diretamente na cena de trauma.

Até novembro, o serviço aeromédico do Paraná havia atendido 3.292 pacientes no ano de 2024. Em 2023, o estado registrou um recorde histórico, com 4.003 atendimentos. Além de resgates e transferências, esses números incluem o transporte de órgãos, reforçando o papel essencial do serviço na saúde pública.

“Sob a liderança do governador Ratinho Junior, estamos alcançando marcas históricas na rede de cuidado em urgência e emergência do Paraná. Há dois anos, esse esforço nos levou a atingir a cobertura total do território paranaense pelo Samu. Esse resultado assegura um atendimento ágil e eficiente, reforçando nosso compromisso com a missão de salvar vidas”, destaca o secretário de Saúde do Estado, Beto Preto.

Fonte: Governo PR

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