NOVA AURORA

PARANÁ

Paranacidade apresenta plataforma de Monitoramento e Metas de Ações dos ODS

Publicado em

No Dia Mundial das Cidades, comemorado em 31 de outubro, o analista de Desenvolvimento Municipal do Serviço Social Autônomo Paranacidade, Geraldo Luiz Farias, apresentou à secretária das Cidades, Camila Mileke Scucato a Plataforma de Monitoramento Ação x ODS x Meta: Secid – Paranacidade. A plataforma identifica as ações realizadas e os valores investidos em obras e equipamentos pelo Governo do Paraná vinculados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que integram a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) – plano de ação global que reúne 17 ODS e 169 metas com foco na erradicação da pobreza e na busca de vida digna a toda população.

Os resultados apontados na plataforma foram obtidos a partir de janeiro de 2016, quando os ODSs e suas metas entraram em vigor. No total, através das ações da Secid, o Paraná alcançou 12 dos 17 ODS e 30 das 169 metas, totalizando 10.082 ações. O investimento total foi de R$ 8,4 bilhões em todos os 399 municípios do Paraná.

Farias explicou a importância dos resultados obtidos e de atingir as metas. “Metas só são realizadas se houver planejamento de como atingi-las, e é isso que o Paranacidade faz em parceria com os 399 Municípios do Estado através de instrumentos de apoio ao Planejamento Urbano, como o Plano Diretor Municipal, o Portal dos Municípios e o Paraná Interativo, além do Sistema de Financiamento aos Municípios (SFM) e agora com o Monitoramento das ações implementadas, vinculadas aos ODS e suas Metas”.

Leia Também:  Inscrições abertas: UEM publica edital para contratar 23 professores temporários

Todo o trabalho de desenvolvimento da nova plataforma é fruto da integração da Assessoria de Informática do Paranacidade e do Grupo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e Nova Agenda Urbana, o GODSNAU do Paranacidade.

“Muito importante esse monitoramento detalhado, que mostra as ações vinculadas às ODS, bem como os valores investidos, visando apresentar o atendimento às metas dos ODS da Agenda 2030, das Nações Unidas”, destacou a secretária das Cidades, Camila Mileke Scucato.

METAS E INVESTIMENTOS – Os ODS alcançados pela Secretaria das Cidades e os valores investidos são: ODS 02: Fome Zero Agricultura Sustentável – com 68 ações e R$ 10 milhões de investimentos; ODS 03: Saúde e Bem Estar – com 86 ações e R$ 64 milhões investidos; ODS 04: Educação de Qualidade – total de 203 ações e R$ 186 milhões em investimentos; ODS 06: Água Potável e Saneamento – são 56 ações e R$ 27 milhões aportados; ODS 07: Energia Limpa e Acessível – com 274 ações e investimento de R$ 168 milhões; ODS 08: Trabalho Decente e Crescimento Econômico – duas ações e R$ 3 milhões investidos; ODS 09: Indústria, Inovação e Infraestrutura – 350 ações e investimento de R$ 291 milhões; ODS 10: Redução das Desigualdades – até o momento foram 117 ações com R$112 milhões em recursos; ODS 11: Cidades e Comunidades Sustentáveis – foram 6.703 ações e investimento total de R$ 7 bilhões; ODS 15: Vida Terrestre – 27 ações e R$ 24 milhões investidos; ODS 16: Paz, Justiça e Instituições Eficáveis – 2.196 ações, totalizando R$ 489 milhões investidos; ODS 17: Parcerias e Meios de Implementação – totalizando 10.082 ações e o valor total de recursos aplicados de R$ 8,4 bilhões.

Leia Também:  Em Guairaçá, Sanepar promove reunião com a comunidade e curso para professores

A plataforma do monitoramento de Metas de Ações dos ODS nos Municípios detalhada e atualizada pode ser acessada em https://sustentabilidadeurbana.org.br/monitorODS.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Rede estadual de educação do Paraná acolhe professores e alunos autistas

Published

on

By

Quando ingressou como professor na rede estadual de ensino, aos 21 anos, Evalney Riely Horst sentia que havia uma barreira entre ele e os demais colegas. Interpretar simples entonações de voz ou outros sinais não verbais representava uma dificuldade para ele. Ao participar do planejamento de educação inclusiva da escola, anos depois, ele teve a oportunidade de conhecer mais a fundo o que era autismo. Tendo se identificado com muitas de suas características, resolveu ele mesmo procurar orientação profissional.

Em 9 de abril de 2024, Evalney, aos 37 anos, finalmente recebeu o diagnóstico de portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA). “No começo foi estranho, precisei de um tempo até aceitar. Mas depois tudo foi fazendo sentido”, lembra. 

Desde a época em que estudava, Evalney tinha dificuldade para se enturmar, exceto quando se envolvia com atividades que o interessavam, como xadrez, informática e jogos eletrônicos, e que o tornavam alvo de bullying. Faltavam ao ambiente escolar formas de acolhimento a alunos como ele. “Não havia suporte, nem ouvíamos falar sobre autismo naquela época. Foi bem complicado para mim”, afirma.

Com o objetivo de promover a inclusão e o combate à discriminação da pessoa autista, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 2008, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril. O TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico, caracterizado principalmente pela dificuldade de comunicação e interação social, podendo apresentar ou não déficits intelectuais e hiperfocos.

“Não tem cura, mas tem tratamento”, afirma a pedagoga e especialista em psicopedagogia e educação especial, Siana do Carmo de Oliveira Franco Bueno. “O maior desafio enfrentado pela pessoa com TEA é que muitas vezes ele é tratado de forma equivocada, apenas com medicação. Também é necessário que haja acompanhamento terapêutico e orientação adequada”.

O diagnóstico é feito por meio de avaliações, observações e acolhimento de relatos familiares e clínicos e deve acontecer o mais cedo possível. “Aos primeiros sinais atípicos no desenvolvimento infantil, pode-se iniciar o acompanhamento multidisciplinar objetivando uma avaliação completa do quadro”, explica o psicólogo Paulo Ricardo Ferreira.

Leia Também:  Com cadeiras especiais, 51 pessoas com mobilidade reduzida aproveitaram as praias no Paraná

Segundo Siana, a importância do diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações ao longo da vida para a pessoa com TEA. “É para que o autista não venha a sofrer graves consequências na vida adulta, como depressão ou mesmo outros transtornos mais sérios, que poderiam causar prejuízos pela dificuldade de compreensão, tanto por ele como pelas pessoas de seu entorno”.

ENSINO DE QUALIDADE E INCLUSÃO – Juarez Gabriel Miranda Franco de Lima sempre gostou de ir ao circo. Um dia, em 2020, pendurou uma cortina na garagem de casa, botou um nariz de palhaço, apontou uma câmera para o palco improvisado e se apresentou como o palhaço JG. “Teve malabarismo com chapéu, piadas e muitas músicas infantis”, ele recorda. “Normalmente eu faço sozinho, mas às vezes deixo meus amigos fazerem uma apresentação”.

Aos 6 anos, Juarez era tratado como uma criança hiperativa. Até que Cleusa, sua mãe, orientada pela escola em que ele estudava, procurou ajuda profissional para o diagnóstico para TEA, que acabou se confirmando. A princípio preocupada – na adolescência, ela havia cuidado de uma criança com autismo severo –, Cleusa ficou aliviada com o apoio dado pela escola. “Ele conseguiu uma professora para ajudá-lo a se desenvolver nos estudos”, ela conta. “Tinham muita paciência e muito amor por ele. Ele é um menino muito inteligente e muito carinhoso com todo mundo”. 

Além das apresentações como o palhaço JG – devidamente registradas em seu canal no YouTube –, Juarez, que está no terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Wolff Klabin, é atleta, tendo competido em três edições dos Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná (Parajaps), representando o Centro de Referência Paradesportiva de Telêmaco Borba. Em 2023, ele foi campeão paranaense, tendo conquistado ouro nas modalidades de 100, 200 e 400 metros. Correr, diz Juarez, o ajudou a se tornar uma pessoa mais independente. “Consigo cuidar de mim mesmo e já saio sozinho. Eu costumava me isolar, mas agora saio e convivo com outras pessoas”, comemora Juarez.

Leia Também:  Em reunião com secretariado, governador reforça pedido de gestão guiada pela eficiência

Essas conquistas de Juarez e de outros 12 mil estudantes com diagnóstico de TEA são possíveis graças aos serviços de acolhimento e assistência oferecidos pela Secretaria Estadual da Educação (Seed-PR). Esses serviços são distribuídos nas escolas levando-se em conta as necessidades dos estudantes.

Os Profissionais de Apoio Escolar (PAE), que ajudam estudantes com deficiência a participar das atividades escolares, e Professores de Apoio Educacional Especializado (PAEE), que atendem alunos com necessidades educacionais especiais, são contratados conforme estudo de caso. 

Já as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), que funcionam no contraturno e ajudam na integração social dos alunos, são autorizadas para todas as escolas que possuam estudantes da educação especial e que não sejam de educação integral.

“O Paraná desenvolve ações voltadas aos alunos com TEA desde a origem do atendimento educacional especializado”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “Com o aumento do número de estudantes identificados, as ações têm sido potencializadas para garantir a inclusão de todos eles”.

Hoje, para atender estudantes com diagnóstico de TEA, a rede estadual de educação conta com cerca de 3 mil SRMs, 1.400 PAEs e 4.100 PAEEs.

“Hoje em dia, eu percebo muitas coisas boas, como atendimento especializado com profissionais capacitados, salas de recursos multifuncionais e palestras para conscientização”, avalia Evalney, que hoje leciona no Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira, em Irati, no Centro-Sul do Estado. “Na escola, quando contei do diagnóstico, a direção me acolheu e inclusive me incentivou a usar o cordão do autismo, como forma de inspirar alunos autistas”.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA