NOVA AURORA

PARANÁ

Para ampliar ligação com porto, Nova Ferroeste é destaque em evento ferroviário internacional

Publicado em

A necessidade de fortalecer modais logísticos além do rodoviário é consenso entre a iniciativa privada e o poder público. A Nova Ferroeste surge como a principal solução para os estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul nesse momento, com impacto direto na movimentação de carga para além do traçado da nova ferrovia entre Maracaju (MS) e Paranaguá (PR), influenciando o Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Argentina e Paraguai. A execução do projeto pode alterar a participação do modal no porto dos atuais 20% para até 60%.

A Nova Ferroeste é composta por um contrato de concessão, firmado na década de 1980, ligando Guarapuava (PR) a Dourados (MS) e mais quatro contratos de autorização com a união, permitindo a conexão de Dourados com Maracaju, Cascavel e Foz do Iguaçu, Cascavel e Chapecó (SC), além de Guarapuava e Paranaguá, num total de 1.567 quilômetros.

Segundo o superintendente de Transporte Ferroviário da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Ismael Trinks, hoje a única ferrovia que alcança o Porto de Paranaguá é a Malha Sul e a vigência dela termina em quatro anos. “Além de licitar novamente essa ferrovia, precisamos de uma nova opção logística, senão corremos o risco de estagnar o crescimento portuário de Paranaguá”, destacou.

Para Trinks, o futuro do Porto de Paranaguá passa pela Nova Ferroeste. A importância do projeto passe pela posição geográfica. “O ramal de Chapecó vai captar carga desde o norte do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e o outro ramal indo para Foz do Iguaçu vai transportar cargas vindas do Paraguai, que hoje não têm uma saída marítima. Dessa maneira o Paraná concentrará o escoamento até o porto”, acrescentou.

Ele participou nesta terça-feira (28) de um painel sobre ferrovias autorizadas e o desenvolvimento do País, realizado na NT Expo-Negócios nos Trilhos, maior​ plataforma de negócios​ para o setor ferroviário do Brasil. A feira e o congresso representam o maior encontro metroferroviário da América Latina. Participam do evento representantes da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), da Associação Nacional das Ferrovias Autorizadas (Anfa) e do Plano Ferroviário do Paraná.

Leia Também:  Prorrogadas as inscrições para o processo seletivo dos corpos artísticos do Teatro Guaíra

O Congresso NT Expo é a atração principal do evento e será realizado até o dia 2 de março, com duas arenas para abordar temáticas do transporte de carga e passageiros sobre trilhos. Entre outros destaques, nesta quarta-feira (1º), será apresentado o painel “Tecnologias aplicadas: melhores práticas em manutenção e novas aplicações”, sobre o uso de impressão 3D, BIM, Digital Twins e Inteligência Artificial na manutenção de ferrovias.

PRÓ-TRILHOS – Outro destaque do evento foi a discussão sobre o modelo de autorização ferroviária. A modalidade foi incorporada pelo governo federal em 2021 com o lançamento do programa Pró-Trilhos. Até agora já foram assinados 39 contratos com a União para a liberação de novos trechos em todo o Brasil. A soma de investimentos previstos é de R$ 170 bilhões.

Na autorização é possível conseguir a liberação para um projeto de ferrovia sem a necessidade de leilão ou pagamento de outorga. Basta apresentar um projeto e submeter às análises legais e técnicas. Essa possibilidade aproxima o setor privado, que pode construir e explorar uma ferrovia com menor burocracia, assumindo os custos de construção e operação por 99 anos. Em dezembro de 2022 o Paraná aprovou na Assembleia Legislativa a Lei de Autorização Ferroviária Estadual.

“A legislação federal foi uma mola propulsora e hoje temos vários estados com legislação de autorização ferroviária, e o Paraná foi um dos pioneiros”, disse o superintendente da ANTT.

Leia Também:  Estado libera R$ 45 milhões para investimentos em saúde a 25 municípios da região de Cascavel

O diretor-executivo da Associação Nacional das Ferrovias Autorizadas, Jorge Vidal, considera que os pedidos serão enviados para a União ou para os estados de acordo com a necessidade de cada solicitante. “Muitas vezes a lei estadual vai atender melhor, ou porque a conversa com o governador é mais fácil, mas próxima ou porque o interesse do estado se demonstra de forma mais clara”, complementou.

Para o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, as leis federal e estaduais atendem a uma demanda do mercado que procura alternativas para reduzir o custo logístico e aumentar a competitividade da produção. “No Paraná nós vamos permitir que esse ganho possa ser acelerado na medida em que estamos falando de pequenos trechos ou ‘short lines’ que têm todo um processo acelerado porque não são ferrovias estruturantes, serão pequenas ferrovias que vão abastecer no futuro a Nova Ferroeste e a Malha Sul”, afirmou.

SOBRE O PROJETO – A Nova Ferroeste é um projeto do Governo do Paraná que visa a ampliação da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.. Quando a ferrovia estiver concluída, este será o segundo maior corredor de grãos e contêineres do País. O estudo de demanda indica a circulação de cerca de 38 milhões de toneladas no primeiro ano de operação plena. Deste total, 26 milhões seriam destinados ao Porto de Paranaguá para exportação. A maior parte da carga é de soja, milho e proteína animal.

Fonte: Governo do Paraná

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

Published

on

By

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

Leia Também:  Secretário Municipal de Agricultura fala sobre Programa de atendimento ao setor viário rural

De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

Leia Também:  MON promove atividades para profissionais da educação na próxima quarta-feira

Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA